To love-Ru – volume 1

to love ruUma divertida (ou não) comédia romântica…

To love-Ru é um mangá de autoria de Saki Hasemi e Kentaro Yabuki e foi publicado nas páginas da revista Shonen Jump de 2006 a 2009 e rendeu, ao todo, 18 volumes encadernados. Posteriormente, a história ganhou uma continuação na revista Jump SQ, intitulada To love-Ru Darkness, e está em publicação até hoje.

Em meados deste ano, a editora JBC anunciou a publicação da “primeira parte” da história e seu primeiro dos dezoito volumes previstos foi lançado no mês de novembro. O título foi publicado pelo selo Ink Comics, sob os cuidados de Marcelo del Greco. Como é o título e como ficou a edição nacional você confere agora:


to love ru 01

I

To love-Ru é chamado pelos fãs como o melhor mangá ecchi da atualidade e só esse dado já coloca um certo preconceito na cabeça de muitas pessoas que não conhecem a obra e costumam passar longe de títulos desse gênero. Uma pequena folheada na banca e ver uma garota nua já serve para corroborar mais ainda o preconceito. Entretanto essa característica é uma das menos importantes da obra, ao menos nesse primeiro volume.

Em To love-Ru acompanhamos a história de Rito Yuuki e de seu amor platônico por sua colega de classe Haruna Sairenji. Rito busca incessantemente se declarar a ela, mas por medo ou infortúnio ele não consegue concretizar o seu desejo.

E no meio disso aparece Lala! Lala é uma alienígena filha do rei de Deviluke – praticamente o comandante de toda a galáxia –  e está fugindo de seu “país” para não precisar se casar com os pretendentes arranjados por seu pai e nem herdar o trono. E nessa fuga Lala se teletransporta e acaba parando justamente na banheira em que Rito tomava banho.

A partir daí uma série de acontecimentos, mal entendidos (e bem entendidos também) começam a acontecer com Rito e a história do mangá se desenvolve. O amor dele por Haruna que parecia ser meramente platônico mostra-se recíproco, mas a presença de Lala acaba por ocasionar muitos problemas e ele não consegue se declarar a ela, e nem ela consegue perceber que ele gosta dela.

Nesse ínterim, Lala acaba se apaixonando por Rito e deseja casar-se com ele. O rei de Deviluke – pai de Lala – acaba por aceitar o casamento dos dois, desde que ele proteja a garota e impeça que os demais pretendentes da princesa a raptem. Para piorar a situação inusitada de Rito, o pai de Lala diz que se ele não proteger a princesa, ele e a terra inteira serão destruídos…

No fim do volume já aparece um desses pretendentes e Rito é posto frente a uma importante decisão. Como se desenvolverá a trama? As lutas torna-se-ão constantes? E o triângulo amoroso envolvendo o rapaz irá se desfazer ou ficará mais forte ainda? Essas são cenas para os próximos volumes…


rito yuuki

II

To love-ru é um mangá de comédia. Uma parte comédia romântica, outra parte comédia ecchi e mais uma parte de comédia non sense. Além de ter uma dose muito pequena de ficção científica.

Nessa mistura toda, seus personagens acabam por ser genéricos demais e não é difícil imaginar eles em outros mangás. Rito lembra um pouco o Youta de Video Girl Ai e de Junta Momonari, de DNA² – dois mangás de Masakazu Katsura que foram publicado na shonen jump – por ser um tanto quanto atrapalhado e se envolver em confusões “sem querer”. Rito, na verdade, lembra demais muitos outros protagonistas de obras da Jump e de mangás em geral, com aquela determinação de ajudar alguém apuros, por exemplo.

Isso não é ruim de todo. Afinal já vimos muitas vezes personagens que pareciam genéricos se transformarem em excelentes protagonistas. O que é importante destacar é que, no volume 1, Rito não mostrou a que veio ainda. Ele é só mais do mesmo entre diversos outros protagonistas de diversas outras séries.

Já Haruna é uma personagem que não tem personalidade própria. Ainda não sabemos nada dela, seus padrões de comportamento, seus desejos. A única coisa que descobrimos é que ela parece gostar de Rito. E isso é pouco demais para uma das personagens que parecem ser do elenco principal.

Já Lala teve grande destaque e parece ser a grande musa que uma grande parte dos fãs do mangá admiram. Porém, ela também não escapa do seu traço genérico, com uma personalidade um tanto quanto avoada e sem grandes preocupações, como também já vimos muitas e muitas vezes. Quem não lembra da Rioko de Tenchi Muyo?


Ink comics

III

Então To love-Ru é um mangá ruim? Nunca dissemos isso. To love-Ru é bem divertido de acompanhar e foi uma leitura muito interessante. Em alguns momentos sentimos algum desconforto por causa do clima nonsense, mas fora isso a obra é bastante aprazível.

Comparando com Savana Game e Bullet Armors – dois mangás do selo Ink muito diferentes entre si – To love-Ru é de longe o melhor deles. Embora apresente uma história bastante convencional, com personagens genéricos, esse mangá consegue fazer bem a sua função de entreter e, no final das contas, é isso o que importa.


IV

A edição nacional está no nível básico. A obra tem o formato 13,5 x 20,5 cm e custa R$ 13,50, com periodicidade mensal. O mangá possui capas internas coloridas e miolo em papel jornal. Um papel jornal bem ruinzinho, muito parecido com o utilizado pela Panini em títulos como SAO Fairy Dance, por exemplo, mas não afeta em nada a leitura.


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BIBLIOTECA BRASILEIRA DE MANGÁS

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