Piratas que não estão em busca do One Piece…
Você conheceu a editora Opera Gráphica? Sabe quais títulos ela publicou? Não? Então vamos apresentar a vocês mais uma editora que, um dia, publicou mangás no Brasil.
A editora Opera Gráphica é originária de uma loja que vende – até hoje – quadrinhos dos mais variados tipos, europeus, americanos, japoneses, etc. Estamos falando da Comix. Todo colecionador de mangás e quadrinhos em geral já ouviu falar dessa loja, já comprou nela pessoalmente ou mesmo teve o desprazer de comprar na loja online. Poucos sabem, no entanto, que seu dono se aventurou em publicações próprias.
Em 1996, o dono da Comix, Carlos Mann, ao lado do editor Franco de Rosa, fundou um selo chamado Opera Gráphica, que publicou alguns fanzines. Foi, no entanto, em 1998 que a Opera Gráphica se tornou um “estúdio” profissional, inicialmente prestando serviços para a editora Escala. Somente um tempo depois é que o estúdio se tornou verdadeiramente uma editora.
Segundo diz o Guia dos quadrinhos, a editora “se notabilizou pela publicação de álbuns de luxo voltados para livrarias e comic shops, além de uma gama variada de livros teóricos sobre HQs, com destaque para as obras de Marco Aurélio Lucchetti, Roberto Guedes e Gonçalo Junior”. A editora encerrou suas atividades em 2008, mas voltou ao mercado em 2012. Hoje, a editora publica um título aqui e outro aqui, de forma bastante esparsa…
Mas e os mangás? Sim, a Opera Gráphica publicou mangás aqui no Brasil, inclusive títulos hentais. Porém a publicação dessas obras esteve envolta em polêmicas. Diz-se que as licenças não teriam sido adquiridas de forma legal e ao menos uma delas se tem certeza absoluta de que era pirata, Gunnm, lançado posteriormente pela JBC.
De todo modo, a editora publicou alguns títulos e merece um mínimo de recordação por sua história em nosso mercado.
2002
- Alita Battle Angel Gunnm, de Yukito Kishiro (1 vol) – Cancelado
- Jam – as justiceiras, de Sora Inoue (1 vol) ©
- Toshiki’s sensual girls, de Toshiki Yui – Março (1 vol) ©
- Komdom’s Safadinhas, de Teruo Kakuta – Março (1 vol) ©
Aproveitando a “deixa”, se alguém souber me responder por que o frete da Comix é absurdamente caro ficarei agradecido.
Teve comentários que o mangá Super Taboo seria trazido pro Brasil, mas acabou não aconteceu.
O Franco de Rosa depois fundou a Kalaco, tentou reviver a Opera entre 2013 e 2014, publicando o livro E Benício criou a mulher de Gonçalo Júnior e as reedições de A Insólita Família Titã de Gian Danton e Joe Bennett e Zodiako Premium do Jayme Cortez. O Carlos Mann fundou a Criativo, que presta serviços pra Escala (como a revista Neo Tokyo) e publica livros de desenho e teóricos sobre quadrinhos.
eles seriam censurados como os originais japoneses? com que eles conseguiam o material original para publicar??? esse eh um misterio da fe….
Komdom’s Safadinhas? Quero