Resenha: As loucas aventuras de Joy Comet (Henshin Mangá #02)

img_20161003_174850Por que você ainda não começou a ler esta resenha?

Em setembro, a editora JBC lançou o Henshin Mangá #02, coletânea de histórias vencedoras do segundo concurso nacional de mangás realizado pela editora. Adquiri o volume e vim comentar minhas impressões aqui. Resolvi, entretanto, fazer um pouco diferente e realizarei cinco postagens, uma para cada história. Decidi dessa forma, pois me pareceu mais justo com cada one-shot poder analisar mais detidamente cada história em vez de ter que me preocupar com o número de linhas  e cansar vocês, leitores.

Nesta postagem, analisaremos “As loucas aventuras de Joy Comet”, de João Eddie, a segunda história do Henshin Mangá #02.

henshin mangá 02

As loucas aventuras de Joy Comet

Todos sabem que a Polícia galática é encarregada de resolver problemas no espaço dos mais variados tipos, desde uma rebelião contra o rei de Jurai, até uma colisão entre duas aeronaves. Mas até aqui não estamos do Henshin Mangá, estou falando da primeira lembrança que me veio assim que comecei a lei “As loucas aventuras de Joy Comet”, a Polícia Galática de Tenchi Muyo, um interessante desenho animado que passava nas tardes da Band.

Pois bem, no one-shot a protagonista Joy Comet é uma oficial da Polícia Galática totalmente desleixada e despreocupada e possui como companheiro Gatinho, um gato falante que a ajuda em suas missões. Neste mangá acompanhamos as aventuras de Joy e Gatinho buscando sanar o conflito existente entre o Planeta Feijão e o Planeta Soja. Entretanto, as coisas não parecem dar muito certo….

Se existe uma coisa que se pode elogiar muito em “As loucas aventuras de Joy Comet” é aquela metalinguagem dos personagens saberem que estão dentro de uma história. A narrativa foi feita para se desenvolver em torno de camadas de humor que envolvem a própria ficção. O próprio término do mangá e a descoberta do causador do conflito e o motivo pelo qual ele causou o conflito é característico disso. E o autor faz muito bem essa parte da história. Ele nos faz rir cada vez que lembra que se trata de uma ficção.

O problema é que a obra tem o outro lado e isso não fica tão bom. Eu não consegui achar graça das confusões de Joy Comet. Ficou superficial demais, parecendo que estava faltando alguma coisa que nos fizesse rir ou, pelo menos, nos importar mais com a história. Em outras palavras, a técnica metalinguística está excelente, o autor a domina, só precisa agora criar uma história que nos chame mais a atenção, que nos prenda pelo todo, não só pela metalinguagem.

Nota: 06 de 10

***

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2 Comments

    • Eu teria que reler a primeira para dizer com exatidão. Mas pela minha lembrança, eu diria que duas das histórias do #2 são melhores que todas do #1, enquanto as outras 3 são piores.

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