Desmistificando: A variedade de fontes tipográficas nos mangás

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Vamos discutir seus usos e origens!

Há vários aspectos que mudaram na forma como as grandes editoras trabalham com mangás, podemos citar as reconstruções em oposição às caixas brancas, o formato tankoubon em oposição aos formatos de revistinhas, o sentido de leitura oriental e não espelhamento, mas outro recurso visual que passou a ser incorporado também foi as fontes tipográficas.

Um Recurso Visual

Olhe com cuidado uma página de um mangá atual das principais editoras e veja como certos balões ou tipos de diálogos e textos vem numa fonte diferente. Há pessoas que quase não as percebem, outros que criticam as escolhas dos profissionais e outros ainda que acham que essa variedade toda é uma grande poluição.

De onde vem essas fontes todas? Seria uma mania brasileira? Na verdade, essa variação de fonte tipográfica vem direto dos japoneses, mais precisamente é um recurso típico dos Shounens e Shoujos. Também é usado nos mangás mais adultos, mas de forma menos exagerada. Para você ter uma ideia, a depender do autor um mangá infantojuvenil pode chegar a ter mais de 20 fontes numa obra só. Já os mangás adultos tendem a não passar de 5.

Em geral mangá para jovens são exagerados nesse quesito, eles usam muito mais onomatopeias e efeitos sonoros (on’yu), muito mais fontes tipográficas, muito mais padrões, retículas, fundos temáticos e todo tipo de destacador. Conforme passamos para os Seinens, por exemplo, toda essa purpurina é deixada de lado e as obras ficam mais realistas ou simplistas, passando a ter cenários bem desenvolvidos em contraposição aos planos de fundo temáticos; expressões e rostos bem definidos, fazendo-se desnecessário os efeitos sonoros de realce de expressões e caricaturização.

Em todo caso, as fontes tipográficas são um recurso tão importante quanto os formatos dos balões e os efeitos sonoros para o mundo dos mangás. É através desses dois elementos que é passado o tom, volume, sentimentos e demais características dos diálogos.

Embora em certas situações possa parecer desnecessário e até exagerado, esse recurso permite coisas interessantes. Lembra daqueles curtas da Disney onde certos personagens apareciam na tela sentados como se estivessem assistindo num cinema? Você não via os rostos e expressões deles, mas sabia como eles se sentiam por causa do tom da voz. Com um recurso como esse, é possível fazer a mesma coisa no mangá. Não é necessário mostrar a cara do personagem para se saber exatamente como aquilo está sendo dito com total clareza.

Sabe aquelas situações incômodas de pessoas não compreendendo ironia ou interpretando mal o que se fala nas mensagens digitais? Este recurso some com esse perigo. Imagine que toda vez que você falasse ironicamente sua mensagem mudasse de fonte? Adeus desentendimentos. Inclusive, vale a pela comentar, os emoticons, emojis e toda aquela parafernália de coisas que colocamos nas mensagens são exatamente o mesmo recurso, as “carinhas” são formas de se passar nossas expressões, tons e sentimentos, de deixar claro como estamos nos sentindo e falando.

Nos mangás eles também usam essa tática de colocar ícones, alguns mais, outros menos. Os mais famosos de todos são os corações, as estrelas e as notinhas musicais, mas você pode encontrar uma infinidade, com direito a autores que desenham carinhas dos personagens nos cantos dos balões.

Essa mudança de estilo também vai acontecer com as onomatopeias e efeitos visuais, como já comentamos em: As mimeses e onomatopeias japonesas.

b89c5fe3Variações Dentro de Famílias

Muitas pessoas acabam incomodadas por essa variação toda ou ocidentais ao tentar reproduzir esse recurso acabam produzindo páginas bem poluídas ou pesadas visualmente. Será que isso não acontece também com o japonês? Ninguém acha estranho 20 fontes em 30 páginas?

Arial_Pro_CompletePara responder isso, temos que antes considerar um pequeno detalhe importante, quando falamos de “variação de fontes tipográficas” podemos estar considerando tanto as mudanças de famílias diferentes, quanto as mudanças dentro da mesma família.

Uma família de fonte tipográfica é uma porção de fontes com características padrões, mas que mudam num certo aspecto. Por exemplo, as fontes “bold” são totalmente em negrito, as fontes “italic” são em itálico, atualmente dificilmente são usadas pelos usuários comuns, já que os programas passaram a reproduzir esse negrito e itálico automaticamente, mas ainda é usado e muito no ambiente profissional. Aí ao lado você vê um exemplo da família de fontes da Arial.

Mas não é o itálico e negrito que nos interessa aqui, existem vários outros aspectos que variam, como a largura das fontes (como a condensed e narrow acima), ainda mais estilos e temas (como oblique, roman, rounded, mono), a espessura da fonte e vários outros pontos. Se você for estudar tipografia a fundo vai perceber o quão complexo a coisa é.

Em especial, os japoneses usam mesmo é a espessura da fonte. Basicamente, é a mudança da espessura do traço, como se imitasse a espessura da ponta dos lápis e canetas. Veja um exemplo abaixo de uma fonte japonesa típica chamada Kozuka na versão Gothic e Mincho em diversas espessuras:

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Na imagem acima estão alguns dos nomes e espessuras padrões, como a espessura chamada Bold, representada pela numeração 700. O número na esquerda é um valor numérico representativo (sendo o 100 o mais fino possível), se você trabalha com programação isso lhe deve soar familiar, o velho “fontweight”. Isso não é uma lei e muitas não possuem algumas variações ou trabalham com outros valores. Na Kozuka acima, por exemplo, não existe as espessuras múltiplas de 3 (300, 600 e 900).

E qual a importância disso tudo? Essas enormes variações de fontes são em grande parte dentro da mesma família. Ou seja, não são 5 fontes totalmente diferentes, mas 5 variantes de uma mesma fonte. Vendo por esse aspecto, aquela variação absurda de 20 fontes não parece mais tão monstruosa, não é?

Por exemplo, sabe essa variação Mincho e Gothic ali em cima? Mincho é o nome do tipo de fonte que imita a pressão da mão ao escrever, isso causa pedaços mais grossos e mais finos, leves resquícios onde se para a mão ou muda-se a direção, geralmente mais angular e reto. Já a Gothic é uniforme, todos os traços com a mesma espessura, num formato geralmente mais arredondado, sem nenhum resquício.

Essas duas são as mais famosas variações, uma lembrando uma caligrafia e a outra algo mais impresso. A oposição delas é usada muito nos mangás para diferenciar os textos e falas diretos e os indiretos. Por exemplo, a Mincho é usada em diálogos dos personagens, falas fora dos balões (embora alguns sejam feitos à mão mesmo), cartas e caligrafias; a Gothic é usada nos quadros de narração, nos balões e textos de pensamento, nos comentários, livros e placas, também pode ser usado para gritos e volumes altíssimos.

Imagine uma situação fictícia onde você, um mangaká japonês, estaria organizando as fontes que vai usar no seu mangá. Talvez chegássemos a algo assim:

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Um total de 9 fontes diferentes, sendo 6 delas variações de uma mesma família em diferentes espessuras nas versões Gothic e Mincho, apenas 3 sendo realmente fontes diferentes. Lembrando que o autor ainda pode mexer em cores (como um balão negro com fala branca), tamanho de fontes, sublinhado e várias outras ferramentas de texto em cima dessas variações.

Se você está com dificuldade para visualizar as diferenças entre as fontes em japonês, não se desespere. É bem mais difícil de se perceber diferenças quando não estamos acostumados com as letras e vemos uma porção de pauzinhos. Se esse é o seu caso, experimente comparar as explicações acima delas, que também estão escritas nas fontes japonesas.

Talvez você esteja pensando em como e por que os japoneses passaram a usar esse tipo de ferramenta que nós mesmos mal sabemos que existe (tirando o negrito/bold). A resposta é bem simples, japonês não possui a quantidade de estilos de “letras” quanto nós ocidentais. Você no dia a dia usa coisas como letra de fôrma, letra de impressão e letra cursiva, sem contar na variação de maiúscula e minúscula. De fato você já nem se surpreende com a quantidade de grafias diferentes para uma mesma letra, mas em japonês a liberdade é muito menor e mais restrita, pois existe uma ordem de traços e posições muito rígida.

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Acima está um grupo de letra “A” escrito em diferentes fontes, seguido do hiragana de “A” em várias fontes também. Perceba como você tem todo tipo de A ocidental, desde os mais redondos, até os mais pontudos, com firula e extensões decorativas, sem contar as variações em minúsculo. Em oposição, o A do hiragana é mais estável, é sempre uma “cruz” seguida de um laço inferior. A cruz entorta um pouco, fica mais larga, mas não deixa de ser a mesma cruz; o laço por sua vez também retorce, afina, engorda, mas continua aquele mesmo laço saindo de uma certa posição, passando pela cruz e finalizando uma volta. Não importa qual fonte você usar, o hiragana de A sempre terá essa cruz e o laço, somando 3 traços. O mesmo não pode ser dito do A no nosso alfabeto, é impossível fazer qualquer descrição que funcione para todos eles, mesmo se focarmos em maiúsculo ou minúsculo.

Sendo assim, essas variações internas de espessura e estilo nas famílias de fontes se tornaram o padrão para mudar a cara do seu texto, ainda mais no início da revolução tecnológica japonesa quando existiam pouquíssimas opções de fontes tipográficas disponíveis. Atualmente você já acha mais opções super estilizadas, criadas por amadores, mas a mania já criou raízes.

Poluição Visual

Talvez você possa estar se perguntando por que as editoras não fazem a mesma coisa no ocidente, em vez de usar fontes às vezes totalmente diferentes criando aquela poluição visual. O problema aqui é na verdade uma longa história…

Quadrinhos nasceram no ocidente, na época todos os autores escreviam cada balão na mão utilizando de ferramentas próprias como os normógrafos e ames guides (tipos de réguas para desenhar letras e linhas). Para garantir a legibilidade e economizar espaço, os autores chegaram no tipo de estilo típico chamado de “comic” que conhecemos na atualidade, caracterizado por letras maiúsculas, mais especificamente de fôrma, com traços uniformes e simples, todas de mesmo tamanho, sem extensões ultrapassando a linha de base (como acontece com os “g” e “p” normalmente).

Com o avanço tecnológico e o uso dos computadores para diagramação, surgiram fontes tipográficas imitando a caligrafia desses profissionais, chamadas de fontes comic, a “odiada” Comic Sans é uma dessas.

Busiek, Kurt and George Pérez. The Avengers #27 (Apr. 2000), Marvel Comics. Print.

Quando os mangás passaram a ser traduzidos e trazidos para o Ocidente, as editoras passaram a utilizar essa mesma fonte comic nos mangás, fonte essa que raramente possui variações internas com exceção do negrito e do itálico. Ou seja, toda vez que os japoneses mudavam a fonte para algo além do que o negrito e o itálico conseguem passar, os responsáveis tiveram que procurar mais fontes.

Para piorar, virou uma “regra” que quadrinhos fossem escritos em letra de fôrma, assim várias editoras começaram a utilizar fontes comuns (especialmente as tipo Sans), mas toda em maiúsculo. O problema aqui é que fontes com maiúsculo e minúsculo geralmente tem o maiúsculo mais pesado e estiloso, com letras até mais espaçadas e maiores (já que a grandíssima maioria do texto é em minúsculo), o que acaba cansando para ler, isso sem contar com os problemas de espaçamento entre linhas e letras ultrapassando a linha de base. Já as fontes de letra de fôrma são leves e claras, minimalistas, feitas para serem fáceis de ler.

Uma diferença típica entre fôrma e maiúsculo é o “I”, na letra de fôrma ou comic o “I” minúsculo é apenas um traço, lembrando um “L” minúsculo ou um “1”; já o “I” maiúsculo possui aqueles dois traços verticais em cima e embaixo, o “I” romano. De fato, ler um texto todo como o “I” romano pode ser muito cansativo, já que ele ocupa mais espaço. Nas fontes comic o I romano só aparece na variação em maiúsculo por causa da característica inglesa de escrever o pronome reto eu em maiúsculo, When I get home.

Algumas editoras chegam a usar até versalete nas obras, que é quando você escreve a forma da maiúscula em caixa menor, o que é também algo cansativo e poluído. Abaixo você pode ver uma comparação entre uma frase normal, uma toda em maiúsculo e uma em versalete. Mais embaixo você vê a comparação de “caixas”, as minúsculas ficam no que se chama de caixa baixa e as maiúsculas na caixa alta. No caso do versalete as formas das letras maiúsculas são diminuídas para a altura das minúsculas.

aaOu seja, passou de uma leve variação dentro de uma família no original japonês, para variações de famílias e fontes diferentes (às vezes absolutamente diferentes) em caixa alta na versão ocidental. A má escolha aqui acaba então causando essa poluição visual que alguns reclamam.

Conclusão

Discutir as fontes dos mangás é algo muito, muito curioso, pois é exatamente o centro de um conflito entre uma cultura americana de quadrinhos e uma cultura japonesa. Há o esforço de se diferenciar as fontes assim como o japonês, mas ao mesmo tempo de usar as fontes comics ou emular seu estilo.

Infelizmente isso cria conjuntos de fontes muito destoantes e que podem acabar incomodando certos leitores. Eu, por exemplo, particularmente não gosto da fonte que a JBC utiliza nos balões e textos de pensamento, que diga-se de passagem não é uma fonte comic, mas uma fonte sans toda em maiúsculo (alguma parente das fontes Lucida Sans e  Calibri).

É possível notar abaixo como elas são completamente diferentes em vários quesitos, como: o espaçamento entre linhas padrão, esse vão maior na de pensamento (esquerda) acontece porque as minúsculas da fonte ultrapassam a linha de base, logo num texto normal esse vão estaria cheio de pernas de “p”, “q”, “g”, “j”, “ç” e “y”, mas como está tudo em maiúsculo o único utilizando um pouco o espaço é o “Q”; o tamanho padrão da letra, note no exemplo abaixo como uma é bem menor que a outra, compare os “R”, por exemplo; a uniformidade da espessura, aquilo que comentamos de a letra ter traços com espessura variável; espaçamento entre letras; largura das letras; letras passando da linha de base; etc. A única coisa que elas têm em comum é ser caixa alta e não ter Serifs (que são os “pezinhos” nas letras, a imagem do topo mostra alguns).

fontSe você é daqueles que tem dificuldade para visualizar, tente focar em letras diferentes, como os R, E, M, S, etc. A sensibilidade para visualizar esse tipo de coisa é algo que se treina, é igual identificar tons de cores, uma pessoa que trabalha com design, artes e costura facilmente identifica tons diferentes que para você é tudo amarelo.

A Panini por outro lado, utiliza duas fontes comic diferentes para essa oposição entre pensamento e diálogo, criando uma diferença leve e sutil, assim como o original japonês. Esse tipo de estratégia causa menos poluição e diminui as chances de parecer muito destoante para o leitor que realmente enxerga fontes diferentes. De fato, não são poucos que tem dificuldade ou não conseguem mesmo identificar as diferenças entre as duas fontes, se você é um desses, fiz umas comparações abaixo para tentar ajudar:

zpyrkxw7 copyVeja então que o problema de poluição não vem do fato de se usar fontes diferentes, mas dá má escolha das editoras, unido aos seus gostos pessoais e sensibilidades que podem causar desconforto na hora da leitura. Por isso mesmo que vai ter gente reclamando e achando ruim, enquanto o outro acha tudo muito similar, com direito a alguns que nem tinham percebido que as editoras trocavam de fontes tipográficas.

Em todo caso, a chave de se agradar gregos e troianos está na competência do letrista. Já comentei isso antes, mas os letristas são os principais responsáveis pela harmonia das páginas, é uma forma de arte e design. Você enxerga isso desde as centralizações, escolha de fontes, posicionamento e alinhamento, até nas quebras de linhas, quebras de palavras e efeitos de textos. Um bom letrista faz TODA a diferença.

Inclusive existem vários estudos que trabalham exatamente com essas questões tipográficas do que é mais fácil ou difícil de ler, o que cansa mais ou menos, qual a melhor espessura de letra, qual o tamanho ideal de uma linha, etc. Coisas que acabam sendo muito usadas nos designs de revistas, jornais, propagandas, sites e, é claro, livros.

Tipografia é uma área milenar de estudo e criação que influência e muito nas coisas ao seu redor, mas você nem sabia. É parte do design gráfico e considerado uma forma de arte. É um tema super complexo e discutido desde a Grécia antiga, se quiser entender mais a fundo esta problemática, recomendo ir atrás do assunto!

Por fim, se você gostaria de ver e conhecer mais fontes comic, sugiro dar uma olhada no site Comicraft, uma loja virtual de fontes tipográficas para quadrinhos.


E esse foi o Desmistificando de hoje, a coluna semanal, lançada nas quintas-feiras, sobre o mercado e mangás brasileiros e internacionais. Você pode ver todas as outras postagens anteriores desta coluna aqui. Se você tem sugestões ou comentários utilize o formulário abaixo, são sempre bem-vindos! 🙂

9 Comments

  • Franzinha Kawaii

    legal o blog.
    Agora escreve um ensinando a escrever a mão livre fontes utilizadas no mangá ‘-‘)/

  • Shizuo

    É, um bom letrista faz falta mesmo! 95% dos scans brasileiros andam precisando de um urgentemente (sim, eu sei que não costuma haver um cargo de “letrista” em scan, mas vocês entenderam).

  • Roses

    O problema desses negritos é costume e conseguir ler como um americano, usando o tom deles.

    O “YOU guys better SLOW DOWN” ela diz o “you” de forma mais clara, pois ela está chamando a atenção deles, similar ao uso de um “ei” e o “slow down” ela também fala de forma mais lenta e clara, destacando. Algo como “Ô vocês dois, dá para ir MAIS DEVAGAR?!”.

    O PROBLEMA de se traduzir esse tipo de coisa é que NEM SEMPRE o tradutor entende COMO está sendo dito ou o que É e fica tacando essas coisas no local onde eram ORIGINALMENTE, mas nem sempre NÓS brasileiros fazemos dessa forma. 😉

    • Fabio Rattis

      fiquei curioso com uma coisa, Roses,desculpa perguntar. mas você trabalha com o que? esse seu conhecimento detalhado é fruto de pesquisa (google) ?

      • Roses

        Atualmente meu trabalho integral é cuidar de animais resgatados, já faz uns 3 anos, na minha casa no momento tenho 10 animais. Mas faço freelances de todo o tipo possível, quando não estou ocupada com isso.

        Meu conhecimentos de mangá e essa parte de produção vem de algo muito mais antigo. Desde que meu pai comprou o primeiro computador da casa, fonts era a minha paixão. Eu quem fazia os convites das festas do sindicato, das mensagens de boas festas e bons feriados. Depois na adolescência eu fiz muito scanlation, muito mesmo. Esse conhecimento todo é uma questão de experiência e curiosidade em ler tudo que vejo sobre o assunto. Os trabalhos que consegui depois graças a isso (envolvendo tradução, impressões e tal) e o curso na área de letras que fiz na faculdade só aumentou ainda mais esse conhecimento. Infelizmente eu sou muito melhor na produção e criação do que no gerenciamento, licenciamento e financeiro. Nesses casos me baseio em infos que existem por aí, no que os gerentes falam e alguns funcionários dispostos a conversar, rs!

        Mas, dificilmente esse é o meu único interesse. Converse comigo sobre antropologia, biologia, ética e astronomia… Há anos que assisto, literalmente, todos os documentários da NG, BBC e DC. Fora acompanhar várias revistas científicas e palestras. Sou uma devoradora de informação, rs! Dá para assistir muita coisa enquanto dou de mama pros gatinhos ou fico pondo compressa quente. XD

  • Bruno

    Eu não me importo muito com essa parte na verdade, eu simplesmente passo o olho por cima e leio

    o que realmente incomoda são os comics americanos, eles usam um negrito/itálico pra destacar várias palavras mas eu simplesmente não entendo o motivo pra maioria deles

    http://2.bp.blogspot.com/VdL72243s7jmZU7735PY_qmYM9hrKuZGrO_sia36o27PCrAR3XrIUeqJiui6FkwitiJOo-gAaO6_=s0

    a voz da minha mente que lê, fala as palavras assim de um jeito diferente, e na maioria das vezes simplesmente não encaixa, aí eu sempre penso “em mangá não tem isso, é bem melhor” haha

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