Os preços, o que compro e o que não compro e algumas opiniões…

Alguns comentários aleatórios sobre mangás…

I – Uma questão “antiga”

Black Clover, The Promised Neverland, Fire Force, Dragon Ball Super, Boruto Dr. Stone. Todos eles têm em comum o fato de serem lançados pela Panini no segundo semestre de 2018, utilizando seu novo formato padrão com miolo em papel Offwhite, o que elevou os preços que giravam em torno de R$ 14,90 para R$ 21,90 do dia para a noite, um aumento de quase 50% no preço dos títulos em formato padrão.

E eu não comprei e não pretendo comprar nenhum deles por ora. Esses mangás não foram feitos pensados em mim como consumidor. Não há como pagar R$ 21,90 a cada dois meses por um mangá que eu tenho pouca familiaridade e que eu não sei para onde vai (durarão 30, 40 volumes?). Em outras palavras, quando a Panini decidiu mudar o seu formato padrão, ela decidiu me excluir da sua lista de clientes. No antigo formato e preço a maioria desses títulos podiam ganhar uma chance comigo, agora não mais.

II – A explicação

Já escrevi mais de uma vez em postagens anteriores que nem tudo é feito pensando em nós como consumidores. Assim se um mangá é lançado a R$ 21,90, ele tem um público. Se é lançado a R$ 94,00 ele tem outro.

Mas existe outra questão: no geral o valor de um produto se resume a eu posso ou eu não posso pagar bem como a estou disposto ou não a pagar. Assim, se eu vejo um livro e me interesso por ele, mas ele é muito caro, eu simplesmente deixo ele lá e vou embora. Poderia até parecer um livro muito bom, mas se o preço não era convidativo, eu não iria me arriscar em algo que poderia não ser tão bom assim. Se, por outro lado, o tal livro for um que eu já conhecia e queria muito adquirir e, mesmo assim, eu não podia pagar, eu tentaria dar um jeito de conseguir, deixando de comprar outras coisas, até ter o valor disponível.

Preço do livro: R$ 163. Mesmo com desconto, saindo a R$ 100, o valor é muito alto para que eu arriscasse a comprar. Os comentários sobre ele também são desanimadores…

Quando a Panini lançou seus vários mangás em offwhite a R$ 21,90, ela me excluiu da sua lista de clientes, pois o valor das obras era muito alto. Ainda que eu me interessasse por um título ou outro, como no exemplo do livro acima, não dava para arriscar a compra, mesmo porque não se tratava de um volume único e sim de uma série com vários e vários volumes. Quando era R$ 14,90 dava sem problema, mas esse aumento de sete reais praticamente de um mês para o outro me convidou a me retirar.

Entretanto, se a Panini anunciar um título que eu espero há muito tempo e que eu já perdi as esperança de ver no Brasil (algo como Bokurano ou Nodame Cantabile), eu irei comprá-lo independente do preço e do formato. Mesmo se a editora lançar em meio-tanko, papel jornal e quiser cobrar R$ 29,90 por volume, eu tentarei arranjar um jeito de comprar (e comprarei feliz e sem reclamar).

A questão é que esse novo preço e formato, em um momento de crise com um aumento no número de desempregados e com o salário não subindo tanto, significou apostar em um público mais elitizado que desejava um papel de melhor qualidade. Talvez tenha sido uma boa decisão, mas ela inibiu a mim e a várias pessoas a iniciarem uma coleção nova de todo um grupo de mangás, pois o preço não é o único detalhe nessa questão. O modo como a Panini trabalha, sempre existindo a possibilidade de volumes sumirem de uma hora para outra, é outro grande inibidor que faz com que eu não comece a colecionar esses novos mangás.

Para ficar mais claro, eu conseguiria facilmente começar umas duas ou três coleções dos mangás em offwhite e depois ir comprando os demais tomos aos poucos (a cada 4, 5 ou 6 meses mais ou menos), talvez até aproveitando promoções aqui e ali. É algo que eu faço constantemente já há um bom tempo com todos os mangás, porém qual a garantia que tenho de que os mangás em offwhite ficarão disponíveis? Até o momento nenhum deles ficou raro, mas até quando isso irá durar?

A Panini até hoje não deu esse tipo de segurança ao consumidor. Quem tava colecionando o recém encerrado Lovely Complex sofreu com isso. O volume 10 simplesmente desapareceu pouco tempo depois de lançado e ainda hoje encontra-se raro. Por coisas assim, eu preferi nem começar essas coleções em offwhite por ora. Daqui a um ou dois anos se eles estiverem disponíveis, talvez eu dê uma chance a eles, talvez…

II B – Explicação da Explicação (ou quase isso)

O que realmente espero é que as obras da Panini fiquem disponíveis por mais tempo e não seja tão difícil colecionar os mangás da editora. Atualmente, o sistema da empresa “te obriga” a comprar no lançamento, sob pena de não conseguir encontrar depois, ou só encontrar a preços exorbitantes no Mercado Livre, vide os diversos volumes de Berserk.

Eu não gosto disso e evito esse tipo de coisa. O meu método de compra é bem simples. Os meus títulos favoritos, independente de editora, eu compro no lançamento (faço até assinatura se tiver disponível) para que a empresa saiba que aquela obra tem público e vendem rápido, fazendo com que talvez ela traga outras obras do autor ou do gênero.

Os demais títulos que eu coleciono eu deixo acumular e vou comprando aos poucos, um volume aqui, outro ali. Em geral, eu sigo o seguinte esquema: compro mangás da NewPOP, depois da JBC e, por último, da Panini. Não é algo que eu siga estritamente já que às vezes há promoções de um título específico aqui e outro ali, mas esse esquema serve para mostrar que eu não privilegio os mangás da Panini com medo de que eles esgotem. Se esgotarem, paciência, deixa para lá. Mas com mangás a R$ 21,90 não dá para iniciar uma coleção e depois “deixar para lá” por terem ficado raros…

O meu modo de pensar hoje em dia é que eu devo comprar no lançamento para ajudar a esgotar e não com medo de que esgotem^^. Por isso (e também pelo fator “dinheiro não dá em árvore”) eu compro apenas e tão somente os meus títulos favoritos no lançamento.

III – Sword Art Online

A primeira light novel da Panini teve seu preço revelado e custará R$ 39,90. Ela terá pouco mais de 200 páginas por volume e virá na mesma dimensão dos mangás da editora (13,7 x 20 cm), mas terá miolo em Papel Polén Bold (muito usado em livros), além de algumas em couchê (para as ilustrações).

Houve muita reclamação. Disseram que a Panini estaria ficando louca, que ela é mercenária, entre outras coisas. Eu compreendo o choque, sei que se trata de um valor muito alto para a grande maioria dos consumidores, mas não acho R$ 39,90 um absurdo tão grande assim para livros. A gente sempre tende a comparar com o “barato”, mas o grande leque de produtos não faz parte deles. Já comprei livros com menos páginas e que ficam nessa faixa de preço. Um exemplo é As cidades invisíveis, de Italo Calvino, que custa atualmente R$ 44,90 e tem só 152 páginas.

O que pesa em SAO é que ele não é volume único. Uma coisa é conseguir dinheiro para comprar um volume de um livro que custa 40 reais, outra é ver esse valor em uma série longa e sem previsão de fim. Sword Art Online possui 20 tomos atualmente no Japão e comprar 20 volumes a 40 reais cada não é lá muito atrativo para ninguém. Fora que novamente existe a questão da disponibilidade. Poderei comprar de forma muito espaçada, sem que seja difícil encontrar o produto? A Panini precisa passar esse tipo de informação ao seu consumidor.

Por outro lado, a Panini não deu uma periodicidade para o lançamento das light novels. Ela sequer deu uma confirmação de que lançará Fairy Dance, Phantom BulletMother Rosário e os demais arcos. Então talvez ela publique os livros de forma bem lenta e se assim fizer (3 ou 4 volumes ao ano) talvez não pese tanto.

De minha parte pretendo comprar apenas e tão somente os dois volumes que formam Sword Art Online – Aincrad que a editora publicará agora em dezembro. Se a Panini publicar Fairy Dance e os demais arcos provavelmente irei passar. Não sou um fanático por SAO. Eu apenas gostei muito da primeira temporada e quero conferir a obra original.

IV – Edens Zero e Erased

Agora parece que o novo preço padrão dos mangás da JBC será R$ 23,90. OU pelo menos Edens Zero e Erased, dois títulos de dezembro da empresa, serão lançados a esse valor, tendo o miolo em papel Lux Cream, o que deve indicar que pelo menos uma parte dos títulos da empresa virá nesse formato e a esse valor.

A grande diferença do que eu comentei em relação à Panini é que os mangás da JBC a gente sabe que ficarão disponíveis. Não somente isso, a editora promete que a partir de agora se um dado volume esgotar, ela irá repor mais rapidamente.

Isso dá confiança de ir acompanhando Erased de forma bem espaçada. Ainda que a editora vá lançar os três primeiros volumes em dezembro, eu apenas comprarei o volume 1 agora. Daqui uns 3 meses compro o 2, daqui a 6 meses o 3 e assim por diante. Eu não gostei muito dessa ideia da editora de lançar mangás em blocos de 2 ou 3 volumes por vez, mas se ela prometeu que irá repor os volumes se esgotarem, essa medida não me afetará tanto.

V – Boa Noite Punpun

Os BIGs também sofreram reajuste. Desde 2013, quando a JBC lançou Death Note Black Edition, os mangás 2 em 1 da editora saíram na faixa dos 40 reais. Agora os valores foram reajustados para R$ 44,90. Primeiro foi a mais recente reimpressão de DNBE, depois o lançamento de Boa Noite Punpun.

Como agora todos os mangás da editora são de livrarias e o preço padrão deve ser R$ 23,90, pela primeira vez os BIGs estão proporcionalmente custando mais barato que os volumes normais.

VI – O lançamento em blocos e as assinaturas

A JBC começou a lançar mangás em blocos de 2 a 3 volumes. Boa Noite Punpun terá dois tomos publicados agora. Erased terá três e assim vai. Ao mesmo tempo e por causa disso a editora irá cessar as assinaturas e passará a fazer pré-vendas desses blocos de volumes em sua futura loja online.

Em geral, o lançamento em blocos não me prejudica em nada, porém ele altera uma das minhas políticas, a de comprar meus mangás favoritos no lançamento, como comentei nos tópicos anteriores. Punpun e Erased, por exemplo, terei que comprar apenas um volume em dezembro e depois comprar de forma espaçada.

Não gostei de nenhuma das duas medidas, mas lançar mangás em blocos não é nenhum problema já que a editora garantiu que os volumes estarão disponíveis e poderei comprar a qualquer momento. Por outro lado, não ter assinaturas é limar dos consumidores uma das maiores praticidades desse mercado de mangás, a de pagar antes e ir recebendo quando lançarem sem ter que se preocupar de ir comprando quando saem novos volumes. Eu pretendia assinar ou Erased ou Boa Noite Punpun e, para mim, essa medida da JBC foi bem decepcionante.

VII – Citrus, Dia Game, Shakugan no Shana

Por fim, não foram só os mangás da JBC e da Panini que sofreram reajustes nos últimos tempos. Os novos mangás pockets da NewPOP estão vindo dois reais a mais do que o usual, antes custavam R$ 16,00, agora Citrus, Dia Game e Shakugan no shana saíram a R$ 18,00. Não será surpresa se as novas light novels e os novos mangás com dimensões maiores também vierem com um preço reajustado.

Ainda assim, esses mangás da NewPOP são os mais baratos entre os títulos novos. Ao que tudo indica, a era dos mangás a vinte reais veio para ficar e, por ora, apenas a NewPOP tem conseguido manter o preço abaixo desse valor.


Essa foi uma postagem de opinião referente à minha forma de consumo. Não é uma análise do mercado de mangás, basta ver que existem diversas pontos sobre as questões levantadas que não foram abordadas propositalmente, pois desviariam do foco e acabariam tornando o texto bem mais longo.

23 Comments

  • Mike

    Meu maior problema é espaço para guardar tantos mangás. Gostaria mesmo é de promoções no estilo Steam ~30-40% em assinaturas e packs de mangás digitais.

  • Sobre a qualidade física, eu achei que melhorou em relação ao papel jornal, assim o mangá demora mais pra estragar e pode ficar mais tempo nas prateleiras das livrarias, em vez de rapidamente descartado nas bancas afora. O mangá enfim tratado como livro.

    Sobre os preços de capa, nunca valorizei tanto os descontos ou promoções, aí vale a pena ter paciência e pesquisar. Até porque há muitas opções de leitura, pra quem não lê só mangás fica praticamente impossível acompanhar tudo. Mas melhora nossos critérios de seleção.

    • Roses

      Esse é um bom ponto, com um papel que não via degradar em 1 ano, você consegue manter estoques por um bom tempo.

  • Pedro

    Eu, assim como o redator da matéria, fiquei com um pé atrás em relação a comprar mangás que agora custam R$21,90, é um salto exorbitante nos preços, quando comecei a colecionar mangás giravam em torno de R$11,90-12,90, que era um bom preço, depois foi aumentando e, até R$16,90, ainda era um preço aceitável, porém R$21,90 é demais, ainda mais vindo da Panini, que sempre complica na reposição, até hoje não tenho os 2 primeiros volumes de Ore Monogatari porque não há reposição e eu duvido que algum dia tenha e graças a isso provavelmente nunca completarei a minha coleção. Recentemente eu comecei a colecionar o Made in Abyss, já com um pouco de receio por conta do preço, mas sabendo da qualidade do produto e do quão bom é eu quero continuar, mas tenho medo de aumentar o preço que já não é muito convidativo. Mas fazer o que, nosso mercado ainda tá um caco e instável, só espero que as novels também não sofram reajustes, acho o preço das mesmas ótimo e espero que a NewPop continue publicando mais e mais. E esse preço do Eden’s Zero me assustou, mas esse infelizmente terei que comprar pelo menos o primeiro volume, porque depois vai ficar um roubo assim como o primeiro de Fairy Tail é hoje. Lástima.

  • Bruno dos Anjos

    Gostei bastante dessa nova política de distribuição da JBC, mas acho válido lembrar que só funciona porquê a editora (pelo menos se depender da promessa) será rápida em repor os volumes, porque se fosse a Panini seria um verdadeiro desastre (a NewPOP e a Devir acho que se dariam bem com essa nova política também).
    Só acho decepcionante mesmo a paralisação das assinaturas. Era prático e você pagaria menos pelo mangá caso tivesse reajustes no decorrer do tempo. Triste

  • Muito caro para um alight novel, que deveria custar no máximo 25, reais estourando. Se for no site da cd japan uma light novel vai sair por 20 a 25 reais, como o dolar afetou o mercado em si, o preço do yen elevou, antes uma light novel que custava 15 reais, agora passou a ser 25 reais. Light Novel não é como um livro, é diferente, principalmente na escrita e portanto não deveria ser tão caro assim, é só seguir o preço que a editoras colocam nas obras no japão. Fora que como empresa não algo bom fazer isso, possivelmente há chances de levar a falência pelo preço desorbitante, um exemplo disso é a conrad. Boa editora, mas que errou ao cobrar muito caro por certas obras. Eu gosto muito de mangá e da cultura pop japonesa, até deixo de pagar contas, para comprar meu mangás, mas pagar esse preço se torna um circulo vicioso, e vai acabar que esses preços desorbitante vai virar padrão. Ou seja, me recuso a pagar esse preço em uma light novel, custei pagar log horizon que custa 30 reais. Não apoio isso. oncordo plenamente com o Kyon.

    • SIRIUS BLACK

      Não é desorbitante, cara… Aprenda a escrever. A palavra certa é EXORBITANTE!

  • Marcio

    De fato, eu também não me animo a começar a comprar séries longas. Não tenho Naruto, Bleach entre outros. Infelizmente é centrar fogo em algumas e deixar o resto para lá. Light Novels vou continuar a comprar mesmo pq foi muito pedido e é sacanagem agora dizer não, não quero. Claro que correrei atrás de promoções. Mas não deixarei de comprar. Bem é isso.

  • Victor Lucas Brito de Andrade

    Só não compro no lançamento, pra incentivar, minha politica é minimo de 12% de desconto com frete gratis. De resto bate com o meu perfil de compras… Sobre os blocos só me preocupa se a jbc vai conseguir medir direito o mercado e acertar as tiragens para garantir que as coleções realmente estejam sempre disponíveis. Outro ponto que detesto são os box de “encalhados”, logo antes de lançarem fica impossível completar a coleção se você só precisava de um dos volumes que estavam no meio.

  • Enzo Brasil

    Eu comprei alguns mangas que estão vendendo por esse preço e n ta valendo a pena

  • anon

    Estava pensando, será que a estratégia da JBC de publicar em blocos não seria também para tentar diminuir a necessidade de reajuste de preços com tanta frequência? Porque com o preço do papel e outras coisas aumentando toda hora, as editoras não tem muita opção além de terem que reajustar os preço, só que como isso está acontecendo a cada duas, três edições, isso desanima os consumidores. Pelo menos já publicando vários volumes de uma vez, tem mais chances da coleção ser lançada com o mesmo valor do começo ao fim.

    Mas uma pena que eles vão acabar com as assinaturas, porque o serviço da JBC nunca me deu problema e eu pretendia assinar Punpun e Erased também.

  • Ruan

    Já comprei várias vezes na JBC, em assinatura ou box completo, nunca tive grandes problemas, apenas raros pequenos problemas, mas que foram facilmente resolvidos.

    Mas já na Panini nunca finalizei uma compra pq sempre desanimo no processo. Faltam informações demais, vc fica sem saber qual é o número do volume que vai começar a receber. Tem vários mangas da Panini que gostaria de colecionar, mas o jeito deles de vender me convenceu absolutamente a comprar nenhum, e preço ou dinheiro nem é o pior dos problemas.

  • Herbert

    Achei excelente essa ideia da JBC de blocos já que compro 99% dos títulos online e fico ansioso pelo próximo e então poderei economizar no frete, além da excelente disponibilidade que me permitiu pegar BLade e Terra Formars, NIjigahara HOlograph, Nigeru Otoko, All You Need Is Kill e por aí vai. A Panini tem muito a aprender mas parece estar sinalizando de forma diferente agora por pressão do mercado, mas ela tem muito a melhorar e pra mim só não está atrás da New Pop porque na minha opinião os erros gramaticais,de concordância e de revisão da New Pop em todos os mangás que li dela me incomodam demais e hoje só tenho Street Fighter dela aqui na minha coleção, gostaria de destacar que o formato da New Pop pocket de GTO possui letras em casos recorrentes extremamente difíceis de ler o que me fez deixar de colecionar ainda que eu relevasse os meus problemas com ela anteriormente apontados.Portanto agora que os mangás em papel jornal parecem ter cessado isso me deixou feliz, afinal quando compro algum título quero revisitá-lo e tê-lo em minha estante por mais tempo além da forma descartável, e também sou alérgico e papel velho, faz mal pra minha saúde além de ter rasgado vários por serem finos demais, amarelarem rápido e descolarem rapidamente. Mangá nunca foi barato por isso acho excelente a implantação do papel lux cream e off white que preservarão os mangás por mais tempo por uma diferença de preço não tão grande já que os valores subiriam de qualquer forma de 14,90 e 13,90 como vimos para 17,90 em alguns títulos ou até mais em outros. Também sou um daqueles que ralou com Berserk e acabei abandonando a coleção por não achar alguns volumes de forma alguma que não fossem preços exorbitantes.

    • Rafael

      Em relação a Berserk na Black Friday a loja Panini disponibilizou vários volumes, agora só falta 7 pra mim ficar em dia com a coleção. Acho que ainda deve ter disponível. Esses 7 (volumes 1, 5, 6, 14, 17, 19, 20) que tão em falta acredito que terão reimpressão como foi o caso do volume 13.

    • Pedro Oliveira

      Estranho, eu acompanho a NewPop desde que a mesma comçou a publicar No Game No Life no finalzinho de 2014, se não estou enganado, e nunca tive problemas, seja na qualidade do produto ou em relação a erros gramaticais. Ano passado comecei a colecionar Re:Zero e também não tive problemas, é claro que só comprei Novels lá então não posso opinar sobre a qualidade dos mangás, mas recentemente comprei Made in Abyss lá e estou no aguardo da entrega pra conferir o produto. Em relação à Panini, eu não acho que ela esteja na frente da NewPop exatamente porque a reposição de produtos da Panini é horrível, faz anos que espero a reposição de alguns volumes do Ore Monogatari e nada, provavelmente e infelizmente nunca vai acontecer. Você teve problemas foi com mangás ou novels da NewPop?

  • Daniel de Oliveira

    Eu gostei da ideia do bloco de mangás, isso é bom pra quem é fã da obra e tem condições de pagar por mais volumes e completar a coleção mais rápido, quem não tem condições, pega depois, já que a JBC prometeu que vai ter estoque o suficiente.

    Infelizmente ou felizmente, as editoras parece que estão investindo mais no público que é assalariado, o pessoal que trabalha e tem condições investir verdadeiramente nesse hobby, aquele adolescente que compra mangá com o dinheiro da mesada tá cada vez com o poder de compra reduzido. Talvez no final isso seja bom pra filtrar melhor o público, vamos ver as editoras investindo cada vez mais em gêneros mais adultos como seinen e josei.

    E recomendo bastante The Promised Neverland, mesmo sendo da Jump, é algo bastante diferente deles, algo mais puxado pra um suspense psicológico, e que não deve ultrapassar dos 20 volumes(parece que já esta no arco final), é recomendável que compre logo, quando começar o anime, isso vai bombar de popularidade e vai esgotar rapidinho os estoques do mangá.

  • Alexandre K

    Os preços mudaram pois o mercado mudou… antes os mangás eram vendidos como entretenimento de massa, com tiragem alta (barateando o preço, consequentemente), com distribuição em bancas e várias livrarias (Saraiva, Fnac, Cultura), hoje as bancas quebraram, grandes livrarias quebraram ou saíram do país, restando aqui somente a Amazon com seu agora monolólio (que tende a ser péssimo para o consumidor a médio e longo prazo), consequentemente as editoras foram obrigadas a reduzir a tiragem, tendo por consequência o aumento dos preços dos mangás. Isso sem falar nos sucessivos aumentos do preço do papel, na crise de distribuição (Dinap e tal), em dificuldades com gráficas… é o fim da era dos mangás como meio de entretenimento popular, massificado e barato. O desafio agora das editoras é como sobreviverão nesse mercado a longo prazo, com menos consumidores e maiores preços… a NewPOP aposta no mercado de nicho, a JBC nos mangás digitais e a Panini no modelo tradicional. Como falei, é o fim de uma era…

  • Acho pesado cobrarem 40 reais em uma light novel, porque sai o mesmo preço de livros normais. Light novels são diferente de livros normais no sentido de que costumam ter bem mais volumes, além de serem bem mais simples na escrita. Não faz sentido light novels custarem o mesmo que livros comuns.
    Além disso, por esse preço dá para comprar a mesma light novel na gringa, que passa confiança na tradução e eu sei que mesmo se demorar muito tempo pra comprar, os volumes ainda estarão disponíveis.
    Vou me abster de comprar o SAO da Panini e comprar da gringa mesmo.
    Sinceramente, a Panini devia ter apenas copiado o formato das LNs da New Pop.

  • JMB

    Sobre a JBC: o que me anima a comprar os novos mangás da mesma (Erased e Punpun) é justamente esse compromisso (que espero que honrem) de estar repondo edições que eventualmente se esgotem (apesar de que vacilaram feio com Fullmetal vol. 23. Um vendedor me disse que se esgotou MUITO rápido e que só vão repor no final desse mês – leia-se janeiro). Eu mesmo só vou pegar os citados mês que vem.

    E novamente a NewPOP é a melhor editora atualmente para se colecionar. Mantendo um preço bom em relação á qualidade física (só precisam melhor na revisão) e sempre repondo estoques.

    Sobre a Panini, realmente é triste esse problema da disponibilidade dos titulos. Não se pode nem fazer um planejamento a médio prazo com o risco de algum título sumir (especialmente Neverland, que vai ganhar anime mês que vem e fatalmente vai ser buscado e garimpado pela galera, principalmente pq pode ser a nova “modinha” em 2019). Espero que melhorem isso rapidamente, senão perderão cada vez mais potenciais novos consumidores.

  • Rafael

    Gostei bastante da nova política da Jbc, como compro mangas a pouco tempo e estou colecionando 20 títulos, (Inuyashiki e Novo lobo são os únicos completos) comprei meus em várias compras de vários volumes com desconto. Acho excelente a idéia de lançar 2,3 volumes por vez e principalmente deixar os volumes disponíveis para eu decidir o melhor momento de comprá-los e não por pressão como a Panini faz. Panini que aliás só dá bola fora. Hokuto no Ken com certeza vou colecionar e Pun Pun tenho muito interesse tb pela edição que tá top e bem avaliada. Erased talvez dê uma chance. E é nesse ponto que a Jbc brilha, se um dia quiser Erased eu conseguirei colecionar.

  • RPM Souza

    Pessoalmente, gostei da ideia da JBC dos blocos de mangás já concluídos ou muito longe do Japão. Talvez por comprar tudo online, vez ou outra compro um volume de algo que estou acompanhando ansioso para continuar a leitura, mas quando chega eu acabo esperando acumular uns 2 ou 3 volumes.

    Quanto à Panini, também já deixei de comprar algumas coisas pelo mesmo motivo, é muita dor de cabeça! Acho que a Panini ainda não tomou prejuízo o bastante pra começar à respeitar os consumidores. MERCADO DE MANGÁS, AME-O OU DEIXE-O!

    • JMB

      “MERCADO DE MANGÁS, AME-O OU DEIXE-O!”

      Melhor (embora triste) definição da nossa realidade.

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