NI 348. Mangá “One Piece” atinge a marca de 450 milhões de cópias impressas

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Nesta segunda-feira, 04 de março de 2019, foi lançado no Japão o 92º volume do mangá One Piece e, com ele, veio a informação de que a obra de Eiichiro Oda possui mais de 450 milhões de cópias impressas em todo o mundo, sendo 380 no Japão e 70 no restante do globo. A informação foi divulgada pela área de notícias da Crunchyroll americana.

Não é a primeira vez em tempos recentes que se divulga a tiragem de One Piece em todo o mundo. Em outubro de 2017 um editor da Shueisha havia divulgado que o mangá possuía 430 milhões de cópias impressas. Na ocasião, fora informado que eram 360 no Japão e 70 no restante do mundo. Em maio de 2018, o jornal Asahi Shimbum deu outros números, mostrando o mangá já com 440 milhões de cópias impressas, sendo 365 no Japão e 75 no exterior. Os novos dados, agora divulgados, contradizem essa informação anterior em relação ao número de cópias nos países fora do Japão. De todo modo, a obra de Eiichiro Oda chega a marca de 450 milhões impressas, um número impressionante.

Vale lembrar que esse número não é o de exemplares vendidos e sim o de cópias que foram impressas e postas em circulação.


One Piece está em publicação no Japão desde 1997, agora contando com 92 volumes publicados. No Brasil,  ele começou a sair em fevereiro de 2002 pela editora Conrad, na época em que ele ainda tinha apenas 22 volumes no oriente. A empresa decidiu por lançar o mangá no que se convencionou chamar de formato meio-tanko em que cada volume japonês viraria dois no Brasil.

Essa primeira publicação passou por alguns percalços curiosos, a começar por uma mudança de papel no meio da publicação. Lançado inicialmente em papel offset (aquele branquinho), a Conrad passou a adotar o papel jornal a partir de determinado número. Era óbvio que a medida visava apenas cortar custos, mas a justificativa dada pela empresa era que com a mudança emularia melhor a experiência de leitura original.

Apesar disso, a publicação de One Piece seguiu normalmente até outubro de 2007, quando atingiu a edição 66. A série, então, foi suspensa por problemas de renovação de contrato com a Shueisha, mas voltou a sair ainda em 2008, foram 4 volumes durante o ano chegando ao volume 70 (equivalente ao 35 original) e a série não retornou mais. Em maio de 2011, a editora Conrad oficializou o cancelamento de One Piece. Tudo indica que foi um cancelamento unilateral por parte da Shueisha, pois em comunicado a empresa brasileira disse que a japonesa tinha “exigências impossíveis de serem satisfeitas”. Apesar de os fãs ficarem anos sem ver o mangá nas bancas, não demorou muito para que outra editora anunciasse a aquisição do título. Em fins de 2011, a Panini divulgava que tinha adquirido a licença de One Piece.

A republicação do mangá começou em 2012 e a empresa utilizou-se de um estratagema para lá de curioso, lançaria a partir do volume 1 mensalmente para os novos leitores e também a partir do volume 36, bimestralmente, para quem já acompanhava pela Conrad e quisesse continuar a ler a história. A ideia da editora era que uma versão encontrasse com a outra posteriormente e virasse uma só. Isso nunca  chegou a ocorrer de fato, apenas uma das versões sumiu do nada e ficou por isso mesmo. Agora em fevereiro, a Panini lançou o volume 87 do mangá. Ele agora é publicado bimestralmente nos meses pares (Fevereiro, abril, junho, etc).

4 Comments

  • Victor Marcondes Zavecz

    Kyon,

    Até onde eu sei a estratégia da Panini deu certo. Eu comecei a comprar OP com eles, sempre comprando o 1 e o 35, o 2 e o 36 e assim sucessivamente… E hoje eu tenho a coleção completa.
    A ideia não era lançar até o 34 e parar essa primeira “parte”?

    • Não, não era nada disso. A ideia da editora era que as duas versões se transformassem em uma só quando os números de ambas coincidissem. Ou seja, quando em um dado mês, a versão mensal e a versão bimestral tivessem o mesmo número. Desse modo, você poderia:

      1) ir comprando as duas versões
      2) comprar apenas a versão do volume 1
      3) comprar apenas a versão avançada (para quem tinha o da Conrad e não queria comprar de novo).

      Veja o que você fez: você comprou as duas versões, você faz parte do grupo 1. Aí você não tem buracos na coleção. A pessoa do grupo 3 também não tem buracos na coleção. Mas e a pessoa do grupo 2???? Esse foi o problema. Se ela só comprou a versão a partir do volume 1 SE FERROU totalmente. A Panini parou de lançar essa versão entre o 51 e 52. Ocorreram diversos atrasos, a editora deu diversas desculpas na época e tal. Depois disso nunca mais. Uns 3 ou 4 números chegaram a aparecer sem aviso em algumas bancas de alguns lugares apenas. Mas um monte de lugares não recebeu, um monte de gente não viu, e ficou um buraco na coleção. A outra versão já estava no volume 62 ou 63. Ou seja, ficaram 10 volumes para as pessoas se virarem para comprar. Chamo de isso de mal planejamento, bola fora da editora e falta de compromisso com o consumidor.

  • Clayton

    As vendas de One Piece são absurdamente enormes no Japão! Acho que a Shueisha não permitirá o fim do mangá nem que o Oda quisesse.

    Me tira uma dúvida: Fora do Japão, One Piece já superou Dragon Ball? Ouvi boatos sobre Dragon Ball ter vendido 90 milhões fora do Japão, mas com tanto fake news por aí, não dá pra saber se é verdade.

    • Eu não tenho esses dados.
      Não lembro de ter visto nenhuma notícia sobre isso.
      Então não posso confirmar por ora.

      Mas assim, a gente pode dizer que “One Piece” ainda não superou “Naruto”. Estamos citando ele, pois os números são maiores do que esse que você falou de “Dragon Ball”. Em meados de 2018, foi divulgado que o mangá tinha 235 milhões de cópias no mundo, sendo que 95 milhões era fora do Japão (cerca de 40%).

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