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BBM Lista: 5 mangás já relançados no Brasil que deveriam ser relançados de novo

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Queremos um Re-relançamento…

Sou colecionador de livros e mangás há mais de dez anos e, nesse meio tempo, já me desapeguei de muita coisa, doando alguns volumes, vendendo outros e assim por diante. Há coisas que eu realmente não preciso, não tenho tanto apreço, não irei reler, não tem utilidade no dia a dia, então o melhor é me desfazer sem o menor peso na consciência.

Isso tudo sem contar a questão do espaço que é bem diminuto, com vários de meus livros e mangás estando dentro de caixas por eu não ter onde colocar. Não à toa tenho dado preferência a livros em ebook, assim como um ou outro mangá em formato digital. Hoje a maioria do que compro é ebook, assim posso ter e ler os produtos sempre que quiser e não preciso me preocupar com ter onde colocar.

Entretanto, todavia, meu hábito colecionista é daqueles bem influenciados pelo capitalismo consumista e se uma de minhas obras favoritas ganha uma reedição, lá estarei eu comprando novamente. Mudaram a capa? Vamos comprar de novo; Tradução nova? Quero também; Lançaram um BOX? É claro que vou adquirir.

Certamente não sou o único. É realmente muito comum ter mais de uma versão de uma mesma obra porque a arte de colecionar passa tanto pelo nosso amor àqueles títulos quanto pelo nosso desejo consumista. A gente quer algo novo, ao mesmo tempo em que a gente quer algo que goste. Esse é um dos motivos de obras serem constantemente republicadas, porque existe público constante.

No Brasil, o número de mangás que tiveram relançamento, com um novo formato, com novas capas, é bem pequeno, mas ainda assim é um número considerável. A postagem de hoje vem entrar no fundo do nosso colecionismo e listar cinco obras já relançadas no Brasil que, em nossa opinião e por nosso gosto, deveriam ser relançadas de novo.

O mangá Card Captor Sakura, do grupo CLAMP, já foi publicado no Brasil em duas oportunidades, uma em 24 volumes entre 2001 e 2002 e outra em 12, entre 2012 e 2013, em ambas as ocasiões pela editora JBC. Eu gosto das duas versões, a primeira pelo seu caráter mais simples e a segunda por ser uma das primeiras coleções que eu fiz quando comecei a colecionar lançamentos (até então eu não acompanhava o mercado e só comprava obras mais antigas).

Apesar de já existir essas duas versões eu queria uma outra. Dessa última publicação para cá saiu no Japão uma nova edição do mangá, a edição de aniversário da Revista Nakayoshi, com capas novas lindíssimas (imagem abaixo) e reduzindo o número de volumes para apenas 9.

Eu sou mais fanático pela adaptação em animê de Card Captor Sakura, mas sem dúvida alguma eu gostaria de ter essa versão do mangá. Ela já está sendo lançada em outros países e pelos vídeos que a gente vê dela, é um primor. Sem dúvida alguma teria um lugar na estante de minha coleção.

SinopseCard Captor Sakura conta a história de Sakura Kinomoto, uma menina comum que cursa o quarto ano e treina para ser líder de torcida em sua escola. Um dia, ela encontra um misterioso livro no escritório de seu pai. Ao abri-lo, Sakura libera as Cartas Clow – 19 cartas criadas pelo mago Clow Lead, que atribuiu poder a elas misturando magia inglesa e chinesa. O Guardião do Lacre do Livro, Kero, também desperta e avisa à menina que as cartas deveriam ser capturadas, senão uma grande desgraça poderia acontecer. Então, Sakura se torna uma Card Captor com a difícil missão de capturar todas as cartas que escaparam!

Outro mangá que eu gostaria de re-relançamento é a comédia romântica Love Hina, de Ken Akamatsu. A obra já foi publicada no Brasil em duas oportunidades, a primeira entre 2002 e 2003, em um total de 28 volumes, e a segunda entre 2013 e 2015, em um total de 14, ambas publicadas pela editora JBC. Só tenho a segunda versão e gosto bastante dela, mas uma nova com novas capas, um papel melhor, seria bem vinda.

No Japão, foi feita recentemente uma nova edição da obra, com capas novas (imagem acima) muito bonitas e reduzindo os 14 volumes originais para apenas 7. Uma edição BIG para lá de interessante.

No ocidente essa nova versão já saiu em alguns países como a Espanha e México e já está anunciada na Argentina. Por aqui, no entanto, a chegada de uma nova edição da obra talvez seja sonhar demais a curto prazo. Afinal a última publicação acabou há poucos anos e ele não é nenhum Naruto da vida para ganhar republicações constantes.

SinopsePode-se dizer que Keitarô Urashima não é a pessoa mais sortuda do mundo. Aos 19 anos, jamais beijou uma garota e já bombou três vezes no vestibular da Toudai, a concorrida Universidade de Tóquio. Desiludido, ele sai de sua casa e vai para a Pensão de sua avó. O que ele nem imaginava era que o lugar havia sido transformado em um dormitório só para meninas. Como sua avó decidiu dar uma volta ao mundo, Keitarô acaba se tornando o gerente da Pensão Hinata. Em meio a muita confusão, pouco a pouco, ele vai conquistando cada uma das moradoras. Ao mesmo tempo, passa a se esforçar muito mais para entrar na Toudai e cumprir a promessa que fez a uma garotinha na infância. Os dois entrariam juntos na Universidade e viveriam felizes para sempre. Essa é trama básica de Love Hina, mangá criado por Ken Akamatsu, lançado em 1999 no Japão pela editora Kodansha.

Death Note, de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, também foi lançado no Brasil em duas oportunidades, uma entre 2007 e 2008, totalizando 12 volumes no total, e outra entre 2013 e 2014, completo em 6 tomos, nas duas pela editora JBC. Possuo apenas a segunda versão que comprei inteira nos áureos tempos da extinta loja Liga HQ, na qual eu consegui comprar a obra (que custava R$ 39,00) pagando apenas R$ 1,40 (um real e quarenta centavos) por volume já incluso nesse valor o frete.

Os defeitos da história de Death Note são claros, mas ele é um dos meus shonens favoritos e a adaptação em desenho animado é um dos animês que eu mais revi na vida(só perdendo para Sakura e Nodame Cantabile). Então eu tenho um apreço muito grande por essa obra e gostaria de uma nova edição.

Desde a publicação da última edição brasileira surgiu no Japão uma nova edição do mangá reunindo todos os volumes em apenas um tomo (imagem acima) que já foi até publicada nos Estados Unidos. É uma versão para lá de excêntrica, mas eu NÃO gostaria dela.

Na verdade eu queria uma nova versão do mangá do jeito mais premium possível. Uma edição em 12 tomos com as ilustrações originais, mas em capa dura e com uma sobrecapa ainda por cima. Seria a edição perfeita para o fã e colecionador que eu sou. Uma edição para ler, reler e guardar na estante durante anos.

Eu duvido muito que algo assim aconteça, pois Death Note Black Edition (o nome da versão mais recente do mangá) vem sendo reimpresso constantemente pela JBC, com ela sempre esgotando e sendo reposta. Ao mesmo tempo que isso mostra o sucesso da série, também parece ser um empecílho para uma edição mais luxuosa. De todo modo, fica aí a dica para alguém da JBC que por ventura venha a ler esse texto.

SinopseSem nada de interessante para fazer no Mundo dos Shinigamis, o Deus da Morte Ryuk deixa cair intencionalmente na Terra o seu Death Note. O caderno possui poderes macabros: a pessoa que tem seu nome escrito nele, morre! O Death Note acaba indo parar na mão de Light Yagami. Aluno exemplar, porém entediado, ao descobrir os sinistros poderes do caderno negro, decide virar um justiceiro e varrer a criminalidade da face da Terra. As seguidas mortes de criminosos em vários países diferentes acabam chamando a atenção da Interpol, que, por sua vez, pede ajuda ao maior detetive do mundo, conhecido apenas por “L”, para resolver o caso. Inicia-se assim um frenético jogo de gato e rato entre Light e seu perseguidor implacável , enquanto Ryuk diverte-se com os acontecimentos que se desenrolam em decorrência do uso do Death Note.

Ranma 1/2 foi um dos primeiros mangás publicados no Brasil, tendo antecedido a publicação de Dragon Ball pela Conrad. Lançado originalmente pela editora Animangá, Ranma 1/2 foi publicado em um formato de revistinhas com poucas páginas por edição e acabou cancelada por volta de 2004. O título seria relançado entre 2009 e 2013 pela editora JBC, dessa vez de forma completa, concluindo-o em 38 volumes.

A versão da Animangá eu já vi pessoalmente, mas nunca adquiri. A versão da JBC eu também não pude acompanhar na época. Tenho alguns volumes que fui comprando aos poucos, mas falta muito para conseguir completá-la. Uma nova versão seria de grande ajuda.

Uma nova versão seria importante, pois hoje é meio difícil encontrar a edição da JBC e essa versão também era bem simpleszinha. Como fã de uma boa comédia romântica eu gostaria de apreciar a obra de Rumiko Takahashi em uma edição melhorada. No Japão, há uma versão em 20 volumes, mas mesmo assim parece um número muito alto para uma editora investir nos dias de hoje. De todos os títulos aqui listados, esse é o que eu menos acredito que volte um dia, mas a torcida ainda existe.

SinopseRanma Saotome é um jovem estudante de artes marciais. Certo dia, ele e seu pai partem para uma jornada de treinamento em Bayan Har Shan (Montanhas Bayankala), na província de Qinghai, na China. O local é extremamente perigoso, pois abriga inúmeras fontes tidas como amaldiçoadas. Diz a lenda que pessoas e animais morreram nelas e por isso, quem cair numa, passa se transformar na vítima que se afogou nelas. Para o azar de Ranma e de seu pai, Genma, ambos caíram em fontes durante o treinamento. O resultado é que o jovem artista marcial agora se transforma em garota sempre que se molha em água fria, voltando ao normal somente quando entra em contato com água quente. Já seu pai transforma-se em um imenso panda. De volta ao Japão, o pai de Ranma, sempre pensando em seu bem-estar, arruma um casamento para o filho com umas das filhas de seu velho amigo Soun Tendo. Este por sua vez, quer que uma de suas filhas case para dar sequência ao Estilo Vale-Tudo de Artes Marcias, criado por sua família. Akane, a mais temperamental das três filhas de Tendo, acaba sendo a escolhida. O problema é que nem ela nem Ranma aceitam o casamento arranjado. E não é só isso, Akane e a versão mulher de seu noivo ainda dividem o coração do veterano Kuno, o valentão da escola. Pior ainda é que Ryouga, antigo desafeto de Ranma, também se apaixona por Akane. Sem contar as outras “noivas” do herói que surgem ao longo da história ? em sua grande parte por causa de alguma falcatrua passada de Genma. E assim, a confusão está instaurada na Academia Tendo de Artes Marciais.

Assim como Card Captor Sakura, Guerreiras Mágicas de Rayearth também é do grupo CLAMP e igualmente foi publicado no Brasil em duas oportunidades pela editora JBC. A primeira foi entre 2001 e 2002, em um total de 12 volumes, e a segunda entre 2013 e 2014, em um total de 6, seguindo o número de volumes originais.

Eu não tenho nada contra as edições lançadas anteriormente no Brasil e, na verdade, eu nem sabia que queria uma nova versão. Para mim, as duas estavam de bom tamanho e eu estava completamente satisfeito com elas. Mas aí veio a Argentina. O mangá será lançado por lá pela Ivrea e olha capa maravilhosa do primeiro volume:

Ver isso foi o suficiente, eu quero uma nova versão com essa capa. Se a JBC (ou qualquer outra editora) relançasse Rayaerth no Brasil com essa exata imagem eu estaria comprando com gosto. Essa capa é baseada em uma reedição japonesa do mangá (veja abaixo), mas a capa hermana ficou muito melhor.

Não fosse um absurdo de caro importar da Argentina (é mais barato importar mangás da Europa do que de um país vizinho, vai entender…), eu iria pegar a versão da Ivrea com toda certeza. Esse caso de Guerreiras Mágicas de Rayearth é o suprassumo do consumismo e do colecionismo^^.

Sinopse: A história gira em torno de três garotas ginasiais que são transportadas para um mundo fantástico repleto de seres mágicos e criaturas inimagináveis. Lá, as jovens recebem a inesperada missão de salvar aquele mundo à beira do colapso. Enquanto lutam para restabelecer a paz e a ordem em um mundo mergulhado no caos, as garotas embarcam em uma jornada de autoconhecimento, aprendizado e amadurecimento. O mangá é repleto de cenas de ação, com belíssimas armaduras, espadas e monstros, mas ainda assim é carregado de emoção, momentos de reflexão e romance. Até hoje, a obra se mantém como uma das mais cultuadas pelos fãs do CLAMP.


Esta é uma postagem de OPINIÃO e não visa refletir o desejo geral das pessoas. Como toda opinião, ela é pessoal e representa apenas e tão somente os anseios do escritor. Não existe nenhuma perspectiva de que as obras citadas aqui venham a ser relançadas no futuro. Se, por ventura, isso acontecer, o redator ficará feliz, mas será mera coincidência.

Quais os mangás já relançados no Brasil que você gostaria que fossem relançados de novo?

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