Biblioteca Brasileira de Mangás

BBM Responde: Há faculdades de mangá?

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E mais perguntas sobre autores e publicações nacionais!

Voltamos com mais um BBM Responde, uma coluna voltada para responder perguntas que encontramos nas redes sociais e sites. A proposta aqui é responder questões simples, mas que muitos leitores e colecionadores brasileiros têm dúvida. Igualmente a coluna tem como objetivo ajudar aquele novo leitor de mangá a navegar pelo nosso mundo que às vezes pode ser muito exclusivo.

Começaremos com um ritmo semanal, respondendo algumas perguntas dentro de um mesmo tema, dando dicas e ajudando os usuários a encontrarem as informações que precisam. Aproveitamos e convidamos também nossos leitores mais antigos a dividir suas dicas e experiências. Além disso sintam-se livres para usar esse espaço como um FAQ e perguntar qualquer coisa.

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No Japão autores são chamados de Mangaká, já os coreanos de Manhwagá. A tradução de ambos seria quadrinista ou cartunista. Às vezes também são chamados de Cartoonist, em inglês mesmo.


Sim, vários. Não são poucos os autores que se especializam em criar os argumentos, histórias e roteiros. Enquanto outros se especializam em desenhar e ilustrar. Um dos casos mais bem sucedidos, até mesmo aqui o Brasil são Tsugumi Ohba (o escritor) e Takeshi Obata (o ilustrador), autores de Death Note e Bakuman. 

Além disso, há aqueles especializados em ilustração e criação de designs, especialmente para light novels. Outros especializados em escrever light novels e livros, etc. Outros ainda formam grupos de várias especializações diferentes, um caso célebre é o CLAMP.


Sim, no Japão há cursos profissionais de mangá e similares, inclusive gerenciados por pessoas de pompa e experiência no mercado. Entretanto, a maioria esmagadora dos autores não presta esses cursos. Um exemplo de alguém que prestou é a autora da Inu-Yasha e Ranma 1/2, Rumiko Takahashi.

No Brasil há cursos, a maioria de como desenhar o estilo, mas não focado em como escrever um quadrinho. Comumente, quem deseja ter ensino superior, que de alguma forma ajude na carreira de quadrinista, presta as áreas de artes plásticas, designs ou letras.


Temos poucos mangás nacionais, todos publicados pelas editoras Draco, HQM, Jambô, JBC e NewPOP. Alguns exemplos: Zucker, Helena, LEDD, Holy Avenger, DBride, 20 Deuses, Quack, Starmind, Vitral e Henshin Mangá.


Há duas formas “padrões”, a forma independente e a através de editoras. De forma independente, ou você tem dinheiro para bancar a si mesmo ou utiliza de sites e campanhas para levantar o montante, como o site Catarse. Através das editoras, você deve apresentar seu projeto a elas, basta entrar em contato via e-mail e se informar. Algumas delas possuem ajudas em seus sites, como a NewPOP.

Há também o BMA (Brazil Manga Awards) da JBC, que seleciona todos os anos as melhores histórias lhes enviadas e as compila em um volume chamado Henshin Mangá. Veja mais notícias e posts sobre o BMA aqui.


Ser “mangá” não é um ciência, mas apenas uma forma de se caracterizar certos tipos de quadrinhos, mas visto que mesmo no Japão os mangás variam imensamente, se é ou não acaba sendo uma decisão do autor e leitores. Um caso desse, por exemplo, é Eu Mato Gigante, graphic novel americana que foi reconhecida pelo governo japonês como mangá e recebeu um prêmio internacional como tal.

No fundo, havendo pelo menos uma mínima similaridade entre os estilos e o autor escolhendo identificar sua obra como mangá, não há o que discutir, é mangá.


Há pouquíssimos exemplos de estrangeiros que publicam no Japão, mas em sua maioria, ou são pessoas ganhadoras de concursos internacionais, ou são pessoas que se mudaram para o Japão e seguiram o mesmo caminho que os japoneses, ou ainda são autores que tiveram suas séries traduzidas e publicadas por lá com sucesso.

No primeiro caso temos novamente o desenhista de Eu Mato Gigantes, JM Ken Niimura, que após ter sua obra premiada publicou algumas obras por lá. No segundo caso, não há como não citar o autor de No Game No Life, Yuu Kamiya, e, também brasileiro, Angelo Mokutan, ambos se mudaram para o Japão em algum momento de suas vidas e seguiram a carreira de desenhista. Por último, o terceiro caso fica claro com os autores coreanos de Freezing e Defense Devil, todos autores que saíram do mercado coreano e se mudaram para o japonês.

Mesmo para os japoneses, publicar uma obra é algo muito difícil, ser estrangeiro com certeza coloca muitas barreiras, mas também pode ser algo positivo, já que pode trazer consigo algo inédito que nenhum japonês seria capaz de criar ou visualizar.


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