Uma fantasia comum?
Depois de falarmos de Sumi Izumi e A Bruxa Noturna, é hora de fechar a tríade de títulos recentes da editora Mythos com O Baile de Máscaras do Miasma, de longe o mangá mais diferente dessa leva da editora. Ou seria o mais comum?
A obra é um mangá de fantasia que se passa no planeta terra (no Japão, especificamente) após algum acontecimento catastrófico, em que uma substância estranha chamada Miasma apareceu, transformando animais em monstros e fazendo os humanos morrerem em pouco tempo se o respirarem.
Os seres humanos conseguiram sobreviver construindo redomas livres desse miasma, mas o ambiente externo continua inabitável.
As redomas, entretanto, não são 100% seguras e, vez ou outra, elas podem se quebrar e algum monstro aparece podendo causar mais transtorno e morte para a população. Nisso existem indivíduos prontos para lutar, acabando com monstros do lado externo e, até mesmo, salvando pessoas dentro do local, quando alguma eventualidade surgir.
A história do mangá, então, acompanhará Kenga Yuuki, um adolescente que é salvo em uma dessas eventualidades, e que fica tão fascinado pela pessoa que o salvou, Ryo Hyuga, que decide se tornar tão forte quanto e lutar para proteger todos.
Assim que consegue sua licença junto à guilda de magos, ele já quer sair por aí para combater e matar monstros, de uma forma muito imprudente.
O Baile de Máscaras do Miasma é uma história de fantasia, com lutas, momentos de tensão, reviravoltas e mais um compêndio de coisas que uma narrativa assim costuma ter. Você consegue ver facilmente os estereótipos dos personagens, como o protagonista bobão (mas forte), a amiga enciumada, dentre diversas coisas clichês, como uma guilda de aventureiros típica.
A história é bem desenhada e o primeiro volume passa voando de tão dinâmica que é a narrativa. Sem dúvida, é um título daqueles perfeitos para uma pessoa que gosta de ação e aventura e está entrando agora no mundo dos mangás, pois ele terá uma narrativa relativamente bem estruturada e conseguirá se empolgar com os acontecimentos, mesmo que não ligue para um ou outro personagem nesse início.
Entretanto, para os demais, O Baile de Máscaras do Miasma é apenas uma fantasia comum e que não tem nada a mais que nos convença a ler. O Cliffhanger do primeiro volume, por exemplo, fica claro bem antes com uma frase dita por uma personagem e quando chega o final, o que deveria ser um enorme baque, é só algo que você já tinha previsto e que agora não conseguiu ligar.
Não acho que o mangá seja ruim (ele tem seus pontos positivos), mas a graça da trama se perde muito para quem é leitor a mais tempo e acaba vendo na hora apenas um amontoado genérico. Por esse motivo, esse mangá eu realmente só aconselho para pessoas mais novas, adolescentes, ou quem está entrando no mundo dos mangás agora. Para os demais, a própria Mythos têm mangás muito melhores.
Essa resenha foi feita a partir de um exemplar cedido a nós pela editora Mythos, a quem agradecemos a parceria.
Ficha Técnica
Título Original: 瘴気のガスマスカレイド
Título: O Baile de Máscaras do Miasma
Autor: Mizuki Mizushiro; Yoshiki Tanaka
Tradutor: Gabriela Takahashi
Editora: Mythos
Número de volumes no Japão: 3 (completo)
Número de volumes no Brasil: 2 (ainda em publicação)
Dimensões: 14,5 x 21 cm
Miolo: Papel offset 90g
Acabamento: Capa cartão
Páginas: 198
Classificação indicativa: 16 anos
Preço: R$ 37,90
Onde comprar: Amazon
Sinopse: Em um Japão devastado, numa era em que o mundo foi corroído por um gás altamente venenoso chamado miasma, humanos mascarados caçam e matam seres que foram transformados em monstros pelo terrível gás! Aqui tem início uma fantasia cativante, sombria e aterradora, retratada em uma escala sem precedentes!
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