Em junho, a editora JBC lançou o mangá Wish, do aclamado grupo Clamp. Wish era um título pedido há muito tempo pelos fãs e, agora, em 2015 finalmente os nossos desejos foram atendidos. O preço de R$ 14,50 tem se tornado uma constante na editora para mangás em papel jornal e com páginas coloridas, mas será que o mangá vale o preço?
Assim como eu disse quando falei de Chobits, quem vos fala é um clamp-fanático e, talvez, a minha opinião seja embaçada pelo meu gosto pessoal, mas tentarei ser o mais imparcial possível.
I
Questões técnicas: Wish é publicado em papel Pisa-Bright 52g e possui páginas coloridas em todas as edições, sendo estas impressas em papel Couché. Formato 13,5 x 20,5 cm. Antes da disparada do dólar e do aumento da inflação um mangá da JBC com estas características deveria sair por R$ 13,90. E não havia motivo de reclamação, pois tanto as páginas em papel Jornal, quanto as de Couché eram de muito boa qualidade.
Agora, mangás deste tipo estão começando a ser lançados pelo preço de R$ 14,50. E, para piorar, Wish parece publicado em um papel de pior qualidade. Algumas pessoas têm reclamado de que alguns mangás estão realmente com uma qualidade menor e acham que houve uma diminuição da gramatura dos mesmos. A editora, porém, disse que não houve diminuição de gramatura e sim uma mudança de marca:
O problema é que, aparentemente, essa marca não é tão boa quanto as anteriores. O acabamento de Wish está impecável. Capa, contracapa e capas internas estão perfeitas. Páginas coloridas também estão ótimas, mas o papel bright está nitidamente inferior. Algumas pessoas chegaram a dizer que estaria no mesmo nível ruim de Kobato, porém isso é um exagero. As páginas não estão ruins! Elas são boas e a impressão está ótima, porém estamos acostumados a um padrão de qualidade muito superior e naturalmente uma mudança acaba provocando um grande baque: cadê aquele papel superior de antes?
Houve gente que não acreditou na “desculpa” da editora, mas mudança de marca é uma realidade visível e não dá para contestar. Basta comparar, por exemplo, Another com Lúcifer e o Martelo e, agora, com Wish. Os três possuem exatamente a mesma gramatura de papel e são nitidamente diferentes uns dos outros.
Ainda acho o papel de Wish melhor do que a maioria dos mangás da Panini. E acho, sim, que vale a pena pagar o preço, mas eu preferia que a JBC fosse buscar um papel bright de melhor qualidade. Infelizmente, talvez nem seja possível…
Que fique claro que isso é uma impressão de um leigo, de um leitor comum igual a você e, logicamente, não sou dono da verdade e nem tenho pretensão disso. Há quem não tenha notado nenhum problema com o papel usado em Wish.
II
Mas e a história? Vale a pena? Tudo depende do seu gosto, mas eu digo com toda certeza: Sim, e muito! Não importa se você prefere battle shonen ou se prefere romance escolar, você irá apreciar, nem que seja um pouco, a história desse mangá.
Wish é um shoujo e conta a história do médico Shuichiro e do anjo Kohaku. Kohaku veio à terra para procurar um arcanjo sumido, mas, em sua busca, acaba tendo problemas e é salvo por Suichiro. Em recompensa, o anjo decide conceder um desejo para o médico, porém ele recusa o presente e Kohaku deseja permanecer na casa do médico até conseguir realizar um desejo.
A história se desenvolve com a presença de demônios, combates, um pouco de comédia, e amores não aceitos pela “sociedade”. Kohaku conseguirá realizar um desejo de Suichiro? E o que acontecerá ao arcanjo sumido?
O mangá tem um tom bem descontraído e divertido. A relação entre os personagens é bem harmoniosa ( mesmo entre os inimigos) e tudo caminha de um modo tão interessante que, de repente, o primeiro volume acaba e você sente a necessidade de ler o resto imediatamente. Creia em mim, vai ser um suplício esperar pelos outros volumes.
Os personagens são bastante interessantes, apesar de clichês. Kohaku é o típico personagem atrapalhado, lembrando um pouco a Kobato ou a Serena. Por sua vez, Suichiro é aquele personagem forte e condescendente aos erros dos outros. Kouryu é aquele personagem que parece malvadão (e até faz maldades), mas de repente não assusta tanto assim. Ruri e Rari, por seu turno, são as servas brincalhonas que oferecem a maior parcela de humor no primeiro volume. Wish é um típico mangá do Clamp e quase impossível de não agradar.
Sim, leitor amigo, sendo você um clamp-fanático, um apreciador da demografia shoujo, ou qualquer outra pessoa, você deve dar uma chance ao título. Ele realmente vale muito a pena, é uma leitura que todos precisam ter….
Hm… Pra quem gosta de yaoi, é um prato feito. Eu não sou fã deste tipo de gênero, no entanto dei uma olhada neste mangá, na banca. E, sim, parece que o papel tá mais inferior que o anterior, mas ele está muito mais branco que o utilizado anteriormente. Eu gosto bastante deste traço em Wish, que é o mesmo de Guerreiras Mágicas e de O Homem de Várias Faces, porém… Mesmo se eu quisesse, não o pegaria. A grana anda curta. E quero dar prioridade aos lançamentos da NewPOP com qualidade superior incontestável, como Puella Magi Kazumi Magica – The Innocent Malice e Alice Hearts. Se eu resolver pegá-lo, será num futuro meio distante.
Também como amante da Clamp, acho que vele muitoooo apena a compra desse mangá e como você disse está difícil aguardar o próximo volume ahahaaha. Já fiz uma resenha dele no meu blog *w*
Agora em relação ao papel eu não me incômodo, acho que é o importante e ter o mais títulos e não o papel usado, pelo menos e a minha opinião. E vale lembra se fosse um papel fosse de maior qualidade o preço ia ser alto, isso que pelo papel usado ele já ta meio carinho, mas como são poucos volumes nem vale apena reclamar eu acho.