Memória: Os 5 anos do primeiro mangá com capa variante no Brasil

Venha relembrar…

2013. No mês de abril daquele ano, a editora JBC anunciava que iria publicar no Brasil o mangá Genshiken, de Kyo Shimoku. A obra – que segue o cotidiano de um grupo de estudantes universitários que têm como hobby a cultura otaku – foi vendida pela editora como o “””sucessor””” de Bakuman no Brasil, mas que em vez de vermos a produção de mangás no Japão, veríamos o lado dos fãs.

A comparação não foi mais das felizes.  Genshiken é mais bem construído do que Bakuman, tem uma história mais redondinha, uma evolução melhor dos personagens, mas Bakuman é muito mais agradável e palatável ao grande público, de modo que muita gente começaria a ler Genshiken e acharia bastante enfadonho.

São obras para públicos totalmente diferentes e para Genshiken talvez tivesse sido melhor não ficar à sombra do mangá de Takeshi Obata e Tsugumi Ohba. Até hoje, os fãs de Genshiken aguardam a continuação do mangá, Genshiken Nidaime, e não parece que ela virá.

Apesar de tudo, os fãs fervorosos da obra de Kyo Shimoku tiveram a alegria de ver a obra publicada em nosso país e, não somente isso, de ter até mesmo um volume sendo lançado com capa variante, algo até então inédito em nosso mercado de mangás pelo que sabemos. Aconteceu na edição número 6, publicada em janeiro de 2014. Abaixo vocês podem ver a capa e a quarta capa das duas versões.

Genshiken #06. Foto: Blog BBM

Além da capa variante, esse sexto volume ainda contou com algumas páginas coloridas, item que as demais edições não tiveram.

Capa variante não chega a ser um item necessário (na verdade, se pensar bem, nada é necessário), mas é um produto diferente para os colecionadores e fanáticos de uma série. É bastante comum em outras áreas, é bastante comum em outros países, mas no Brasil quase não acontece. Como fã de Genshiken, eu realmente gostei muito de ter a possibilidade de comprar o mesmo mangá duas vezes apenas pela capa diferente. Colecionar é isso no final das contas.

Desde Genshiken #06 o mercado nacional não teve mais mangás com capas variantes. Houve, porém, duas light novels que tiveram esse item colecionável, Re: Zero #01 e No Game No Life Practical War Game, os dois pela NewPOP.

Agora em 2019, a JBC publicará o volume 26 do mangá BTOOOM! também com duas capas diferentes, mas aqui a situação é diferente, pois não são apenas duas capas, com duas imagens diferentes, e sim duas histórias também diferentes, com dois finais para o mesmo mangá. Então, por ora, capa variante, com duas imagens diferentes, em mangá no Brasil continuará sendo exclusividade de Genshiken.


Memória é a nossa postagem de curiosidades em que buscamos relembrar algum fato, episódio ou época do passado do nosso mercado de mangás. Ela é publicada sempre uma vez por mês. Você pode conferir todas as postagens dessa série clicando aqui. Para ver outras curiosidades em geral, clique aqui.
*Nos lembraram que o primeiro volume de Blade – a lâmina do imortal pela Conrad teve uma edição especial com capa metalizada, vendida exclusivamente em um evento. A imagem de capa, porém, era a mesma, então pelos nosso critérios não entraria na contagem, mas sem dúvida é um item de colecionador. Não encontramos imagem para ilustrar. 

2 Comments

  • Thyago Daniel

    Eu mesmo fui enganado! Comprei pensando ser nos mesmo moldes de Bakuman e não chega nem perto. Guardei os volumes em uma caixa de tão decepcionado que fiquei…

  • Ken-Oh

    A JBC e essa mania de tentar vender mangá usando outro de muleta. Quantas pessoas devem ter se decepcionado com comparações idiotas como essa ou então um singelo “Do mesmo autor de…”. YAHAAHAHAHAH!!!
    Seria mais legal eles tentarem me convencer q a obra é boa pelos méritos dela.

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