Lançar mangá, muitas editoras lançaram. Concluí-los é outra história…
Se, assim como nós, você é um desses fanáticos pelo mercado brasileiro de mangás, provavelmente já deve ter ouvido falar que o primeiro mangá a ser lançado no Brasil foi o clássico Lobo Solitário, lá no distante ano de 1988, pela editora Cedibra. Era o início da primeira leva de quadrinhos japoneses no Brasil.
Essa primeira publicação de Lobo Solitário não foi para a frente e acabou cancelado. Durante os anos que se seguiram -e perpetuando-se até hoje – muitas outras editoras começaram a lançar mangás, mas acabaram não indo para a frente, deixando histórias inconclusas.
Pensando nisso, veio a pergunta a nossa mente: qual foi o primeiro mangá a ser concluído no Brasil? E qual o primeiro mangá que as editoras tradicionais conseguiram levar até o fim? É isso o que a postagem de hoje vem mostrar a vocês. Obviamente, volumes únicos não entram na conta.
- Primeiro mangá a ser concluído no Brasil
O primeiro mangá que se tem registro de ser concluído no Brasil foi Mai – a garota sensitiva, de Kazuya Kudo e Ryoichi Ikegami. A obra teve seus 6 volumes originais divididos em 8 tomos no Brasil que foram publicados pela editora Abril quinzenalmente entre agosto e novembro de 1992, segundo o site Guia dos Quadrinhos. Esse é o primeiro mangá a ter sua história completa lançada em nosso país.
Antes, porém, o mangá Crying Freeman, de Kazue koike e Ryoichi Ikegami (sim, ele de novo), foi “concluído” pela editora Nova Sampa. Entretanto, a Sampa publicou apenas um arco do mangá, colocando na capa “mini-série mensal em quatro edições”. O Guia dos Quadrinhos não oferece as datas exatas da publicação dos volumes, mas todos teriam ocorrido em 1990.
Ok, como só era intenção da empresa lançar esse arco, a publicação foi a primeira a ser completada, mas obviamente Mai – a garota sensitiva merece mais esse posto, visto que a história toda apenas Mai teve. Vale lembrar que, como todos os mangás lançados por aqui no início dos anos 1990, os dois foram publicados com leitura ocidental. O primeiro mangá a ser concluído com leitura original japonesa vocês verão a seguir^^.
- Primeiro mangá concluído pela JBC
O primeiro mangá que a JBC concluiu foi Guerreiras Mágicas de Rayearth, do grupo CLAMP. O título teve seus 6 volumes originais divididos em 12 tomos que foram publicados mensalmente entre julho de 2001 e junho de 2002. Aos que não sabem Rayearth foi um dos quatro primeiros mangás publicados pela JBC,e por ter poucas edições foi o primeiro mangá a ser concluído pela editora.
Vale informar que também foi o primeiro mangá com leitura oriental a ter todos os volumes lançados em nosso país. Essa marca ninguém tira de Guerreiras Mágicas de Rayearth.
- Primeiro mangá concluído pela NewPOP
Falar da NewPOP é meio complicado, pois envolve outra editora e mangás de outras nacionalidades. O primeiro título a ser concluído pela NewPOP foi o mangá coreano Tarot Café, de Sang-sun Park. A gente tem dois problemas nisso, o primeiro é que se trata de um mangá coreano, então ele não entra na contagem. O segundo é que, mesmo se considerássemos, ele não foi publicado pela NewPOP sozinho. A empresa lançou a obra em parceria com a Lumus, uma editora que existiu e que só lançava obras da Coreia.
Assim, o primeiro mangá a ser concluído pela NewPOP passa a ser Doors of chaos, de Ryouko Mitsuki, que teve seu terceiro e último volume publicado em março de 2009. Entretanto há um outro “porém”. A obra não foi concluída no Japão, tendo sido abandonada por lá após o volume 3. Pois é, realmente é difícil eleger o primeiro mangá realmente concluído pela editora.
Seguindo o caminho, o primeiro mangá publicado pela editora a ser realmente concluído foi Dark Metrô, de Tokyo Calen/ Yoshiken. A série teve seu terceiro volume lançado em julho de 2009. Vale lembrar que o primeiro mangá da NewPOP foi o 1945, mas como ele era volume único, não entra na nossa conta.
- Primeiro mangá concluído pela Panini
O primeiro mangá da editora a ser lançado, Gundam Wing, também foi o primeiro a ser concluído. Em novembro de 2003 a série encerrava sua participação no Brasil. Algo perfeitamente normal já que a editora começou a passos muitos lentos. Como todos sabem, essa obra foi lançada em leitura ocidental, assim como algumas dos primórdios da editora nesse ramo.
Que legal saber dessas coisas, é interessante! Uahsuahzuahsuahzha
Pô, poderia ter citado a Conrad nessa lista…
Por mais que não seja mais uma editora ativa no mundo dos mangás, teve uma participação bem relevante no início dos anos 2000…
acho que faltou um ”tira” na última frase sobre as Guerreiras Mágicas de Rayearth
Isso.
Obrigado pelo aviso.
Corrigido.
Sempre tive curiosidade de ler Mai. Eu tinha edição da Henshin (n° 14) que tinha uma matéria sobre esse título e me interessei muito na época (e olha que eu era apenas uma criança de 9/10 anos). Seria uma boa a JBC ou a NewPOP relançarem por aqui.