Veja como está o mangá
Mangá Aberto é uma nova coluna de resenhas aqui do blog em que mostraremos a edição física de um mangá, geralmente um lançamento. O nome advém de um antigo blog em língua espanhola que fazia exatamente isso^^.
A ideia é apresentar aos leitores exclusivos do blog o que já fazemos em nossas redes sociais, mostrar fotos do mangá acrescentando alguns detalhes sobre as obras e opiniões. A postagem de hoje será sobre a nova edição brasileira de Cavaleiros do Zodíaco – The Lost Canvas Gaiden, mangá lançado em janeiro de 2023 pela editora JBC.
DETALHES SOBRE A OBRA
Cavaleiros do Zodíaco – The Lost Canvas Gaiden é um spin-off de um spin-off^^. Ele é um mangá derivado de Cavaleiros do Zodíaco – The Lost Canvas que, por sua vez, é derivado de Cavaleiros do Zodíaco. A obra tem autoria de Shiori Teshirogi (mesma de The Lost Canvas) e foi publicada no Japão entre 2011 e 2016 na revista Bessatsu Shonen Champion, da editora Akita Shoten, tendo seus capítulos compilados em um total de 16 volumes.
Em The Lost Canvas Gaiden veremos histórias extras dos cavaleiros do ouro presentes em Lost Canvas. Assim, cada volume ou conjunto de volumes terá uma história fechada, focada em um cavaleiro de ouro. O primeiro volume, por exemplo, é centrado em Alfabica, o cavaleiro de peixes dessa geração.
O mangá já foi publicado inteiramente no Brasil entre 2012 e 2016 pela editora JBC. Em junho de 2022, porém, a editora anunciou a volta do mangá, com a reposição de todos os volumes. A publicação começou efetivamente no início de janeiro de 2023, com o lançamento dos quatro primeiros volumes.
FORMATO DA EDIÇÃO BRASILEIRA
O mangá veio no formato 13,2 x 20 cm. Esse é o novo formato padrão da editora JBC, usado na maioria de seus mangás desde 2018 mais ou menos. Em termos de altura é igual aos mangás da Panini, mas em largura é um pouco menor. Para quem tem mangás recentes da JBC, ele é do mesmo tamanho de Silver Spoon, Tokyo Revengers, Ao Ashi, Shimanami Tasogare, dentre outros.
É importante saber o tamanho, pois ele é diferente da primeira versão da obra lançada pela JBC. A versão de 2012 era no tamanho 13,5 x 20,5 cm (um pouco maior em altura e largura), então se você tem volumes da primeira versão e quiser usar essa publicação para completar os buracos, haverá diferença no tamanho. Na imagem a seguir você pode ver a nova edição do mangá em comparação com BLAME! e Sakura, que possuem o tamanho da edição antiga.
Sobre o acabamento, a obra tem capa cartão simples com detalhes em dourado (falaremos mais disso adiante). O papel do miolo é o pólen bold 70g, aquele papel de cor creme usado na maioria dos mangás atuais da editora. Ao todo são 200 páginas no primeiro volume, todas em preto e branco.
CAPA, QUARTA-CAPA E LOMBADA
A capa da nova edição brasileira segue a mesma ilustração da versão original japonesa e também da primeira publicação brasileira. Em comparação com a primeira publicação local é importante dizer que houve mudanças. A inscrição “Os Cavaleiros do Zodíaco”, por exemplo, ficava em cima de “Saint Seiya” e agora fica em baixo de “The Lost Canvas”.
Entretanto, a principal mudança é no acabamento da capa, os detalhes em dourado. O logo da obra (o título) e as armaduras possuem um lindo dourado que se destaca visualmente. As fotos não dão a beleza que é o efeito ao vivo.
A quarta-capa (a parte de trás do mangá) possui uma ilustração colorida mostrando alguns personagens da história e uma sinopse do que será apresentado neste volumes. O logo também possui os mesmos detalhes em dourado da capa.
A lombada é inteiramente dourada e também apresenta o mesmo efeito da capa, ficando bem bonito visualmente.
CAPAS INTERNAS
As capas internas são brancas, não tendo ilustrações nem qualquer outra coisa nelas. Como já disse outras vezes, particularmente prefiro assim do que ter qualquer coisa apenas para encher esse espaço que não necessariamente precisa ser preenchido.
OUTROS TÓPICOS
De um modo geral, o acabamento de Cavaleiros do Zodíaco – The Lost Canvas Gaiden é bom. O papel usado no miolo é aquele melhor para a leitura e tem pouca ou nenhuma transparência entre as páginas. A encadernação eu achei inicialmente meio dura, mas depois ficou normal, sendo bastante maleável, podendo ser folheado e lido sem qualquer problema. E a capa em si é lindíssima. Nada a reclamar.
Em relação ao texto eu achei bem adaptado, bastante fluído e sem nenhum problema de português. Então o trabalho da editora também foi muito bom nesse aspecto.
Um ponto que merece um comentário adicional é mais sobre o modo como essa edição foi encarada pela editora. Logo na primeira página do mangá há informação dizendo que se trata de uma reimpressão. Quando a JBC anunciou a obra ela também havia informado que não seria uma nova edição, seria apenas uma “reposição” (outro nome da editora para reimpressão).
Ocorre que houve mudanças acentuadas na capa (disposição dos elementos, efeito dourado) e o tamanho da edição também é diferente da versão original, assim como o papel usado no miolo. A única coisa que foi a mesma foi o texto. Na minha opinião, a editora deveria ter tratado a obra como uma nova edição mesmo e não como uma simples reimpressão, pois não é…
E UMA CONCLUSÃO
Cavaleiros do Zodíaco – The Lost Canvas Gaiden contará histórias extras sobre os cavaleiros de ouro presentes em Lost Canvas e o primeiro volume é sobre Alfabica, o cavaleiro de peixes. Eu não li o Lost Canvas original, então não tenho conhecimento sobre a história em si, mas sei o básico sobre a franquia Cavaleiros do Zodíaco. Assim eu consegui ler, entender e gostar da história sem nenhum problema.
E foi uma história muito boa, com uma excelente trama e bem desenvolvida, com um começo meio e fim bem definido. Para quem conhece Lost Canvas, o mangá, então, é mais do que recomendado. Para quem não conhece, mas é fã do Cavaleiros do Zodíaco original comprar o primeiro volume do Lost Canvas Gaiden pode lhe oferecer uma boa história. Então eu recomendo a obra para esses dois públicos.
Já para quem não conhece nada de Cavaleiros do Zodíaco talvez ainda dê para ler, entender e gostar do primeiro volume, mas mesmo assim, como é uma obra derivada de uma obra já derivada, melhor guardar o dinheiro para outros mangás…
Ficha Técnica
Título Original: 聖闘士星矢 THE LOST CANVAS 冥王神話外伝
Título: Cavaleiros do Zodíaco – The Lost Canvas Gaiden
Autor: Shiori Teshirogi
Tradutor: Karen Kazumi Hayashida
Editora: JBC
Número de volumes no Japão: 16 (completo)
Número de volumes no Brasil: 4 (ainda em publicação)
Dimensões: 13,2 x 20 cm
Miolo: Papel pólen bold 70g
Acabamento: Capa cartão com detalhes em dourado
Páginas: 200
Classificação indicativa: 14 anos
Preço: R$ 35,90
Onde comprar: Amazon
Sinopse: O Cavaleiro de Peixes Albafica, que carrega a maldição do sangue venenoso, é designado para a missão de enfrentar uma estrela maligna na Ilha dos Curandeiros, local muito conhecido por suas ervas medicinais. Mas ao chegar lá, o encontro com Ruko, um homem capaz de curar os doentes como se fosse um Deus, irá fazer com que lembranças de seu falecido mestre venham à tona, o que pode ser fatal para ele.
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Muito bonito o dourado, da até uma invejinha porque já que tenho a edição antiga obviamente não vou pegar a nova, mas que dá uma inveja básica dá kkkkkk. Lost canvas gaiden tem alguns volumes muito bons e outros muito ruins, com alguns bem “ok” no meio, eu só recomendaria para quem leu e curtiu o lost canvas original, que por sua vez começa muito bom mas vira um clássico “mangá de lutinha” bem cansativo lá do meio em diante com niveis de poder mais doidos do que dragon ball e personagens “morrendo” e voltando a vida o tempo todo.
Mas uma coisa que lost canvas (tanto o original quanto o gaiden) fazem muito bem é apresentar conceitos novos muito legais para os personagens, como o cavaleiro de escorpião por exemplo, que literalmente incendeia o próprio coração para usar seus ataques, ou o de peixes que tem veneno no sangue que ele usa também para atacar, é tipo uma expansão das ideias do manga/anime classicão. Mesmo tendo crescido com a série clássica tenho de admitir que a maioria dos cavaleiros em lost canvas são muito mais interessantes que os antigos e gaiden acaba sendo, no papel, uma ideia muito legal, mas como eu disse tem volumes bons (o primeiro do albafica é um deles) e uns bem ruins, então na prática não funciona tão bem.
Alias, acho que seria bem legal um “mangá aberto” da nova edição do episodio g também, principalmente porque, assim como lost canvas, acho que tem um pessoal ai pensando em completar a coleção antiga com eles, seria legal saber como se comparam igual foi feito aqui nesse post, além daquela treta que deu da qualidade super baixa da impressão na versão nova, se arrumaram nos volumes seguintes. E desculpe se isso foi feito e eu não vi, mas só por garantia deixo a sugestão aqui.