Veja como está o mangá
Mangá Aberto é uma nova coluna de resenhas aqui do blog em que mostraremos a edição física de um mangá, geralmente um lançamento. O nome advém de um antigo blog em língua espanhola que fazia exatamente isso^^.
A ideia é apresentar aos leitores exclusivos do blog o que já fazemos em nossas redes sociais, mostrar fotos do mangá acrescentando alguns detalhes sobre as obras e opiniões. A postagem de hoje será sobre a reimpressão da edição brasileira de Bakuman, que começou a ser lançada pela JBC no final de agosto de 2023.
Com este post você verá como está a edição e poderá comparar com a edição antiga e ver se vale a pena ou não trocar a edição, dentre outras coisas.
DETALHES SOBRE A OBRA
Bakuman é um mangá de autoria de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata (mesma dupla responsável por Death Note) e foi publicado no Japão entre 2008 e 2012 na revista Weekly Shonen Jump, da editora Shueisha, tendo seus capítulos compilados em 20 volumes no total.
No Brasil, o mangá foi publicado pela editora JBC entre agosto de 2011 e abril de 2013, também em 20 volumes. A presente reimpressão, portanto, também será em 20 volumes.
FORMATO DA EDIÇÃO BRASILEIRA
A reimpressão da edição brasileira veio no formato 13,5 x 20,5 cm. Esse é o mesmo tamanho da publicação original de 2011, de modo que se você tem volumes aleatórios e só deseja tapar os buracos da sua coleção você pode comprar essa reimpressão sem problemas, pois não haverá diferença de tamanho na sua estante.
O acabamento é em capa cartão e o papel do miolo é o Pólen Natural 70g (falaremos mais do papel adiante). Ao todo, são 208 páginas no primeiro volume, todas em preto e branco.
CAPA, QUARTA-CAPA E LOMBADA
A capa da edição brasileira segue a mesma ilustração da capa japonesa (havendo apenas a diferença do logo da editora e da escrita em cada língua). Falando exclusivamente da versão brasileira, a capa da reimpressão é idêntica à publicação de 2011, a única diferença na capa é a presença do preço na versão antiga.




Em termos de material, se trata de uma capa cartão comum em acabamento brilho. Não tem sobrecapa, orelhas e nem nada a mais. Assim, a reimpressão é idêntica à versão original de 2011.
Na quarta-capa, a diferença entre a publicação original e a reimpressão também é a presença do preço na versão antiga. Outra diferença é o ISBN que não é o mesmo nas duas versões. A JBC resolveu colocar um ISBN novo nessa reimpressão, diferente de outras reimpressões recentes em que o ISBN antigo foi mantido.




Vale recordar que, no passado, era comum que as editoras repetissem a imagem na capa na quarta-capa. Isso era feito por conta da exposição em bancas de revistas (muitas vezes os mangás eram expostos com a parte de trás). Como se trata de uma reimpressão, tudo foi mantido igual…
Em relação à lombada, também não houve nenhuma alteração e todos os elementos se mantiveram, nas mesmas posições.


CAPAS INTERNAS
As capas internas da reimpressão são brancas, assim como a publicação original de 2011. Como sempre digo nessas postagens, eu até prefiro que seja assim.
PAPEL
O papel utilizado no miolo da reimpressão de Bakuman é o Pólen Natural 70g. É um papel de cor creme mais amarelado que tem sido usado pela JBC em alguns de seus mangás recentes (Yona, Zom 100, Flying Witch , Escamas Azuis, Alice In Borderland e na reimpressão de Anohana).
É um papel muito bonito visualmente, que dá um grande destaque à arte e, o melhor, com nenhuma ou quase nenhuma transparência nas páginas. É o melhor papel para mangás nos últimos tempos.
A publicação original de 2011 usava o papel jornal, que é um pouco mais acinzentado. Mas vale um disclaimer aqui. Por volta de 2014 mais ou menos, a editora JBC reimprimiu os quatro primeiros volumes de Bakuman em uma outra marca de papel jornal, marca esta que era mais alva. O meu primeiro volume é dessa reimpressão de 2014. O meu segundo é da publicação de 2011 mesmo.
Assim, comparando o primeiro volume da reimpressão atual com a anterior, a gente consegue ver bem a diferença na coloração das páginas, com a recente sendo mais escura, mas tendo uma boa qualidade de impressão.

Agora comparando o segundo volume, a gente nota que a publicação original tinha um papel jornal mais escurecido e com um aspecto meio sujo. Já o papel Pólen Natural da reimpressão é mais limpo e apresenta a já referida qualidade de impressão melhor.

Vale, então, trocar a edição antiga pela nova? Particularmente eu não indico. Embora o papel da reimpressão atual seja melhor, eu não vejo razão para se trocar. A não ser que sua edição esteja muito ruim, melhor manter ela mesma, afinal o preço dos mangás hoje em dia não é tão convidativo assim.
ACABAMENTO
Bakuman é um mangá da linha dos básicos (feitos para serem o mais acessíveis), então seu acabamento geral é bem simples, mas isso não quer dizer que seja ruim. A encadernação é boa (dá para abrir ele bem, ler e folhear sem qualquer problema), o papel também e a capa idem, de modo que não há nenhum defeito no produto em si.
Para quem não tem o mangá e deseja ter ele em sua coleção, ele é um bom produto e você não terá nada do que reclamar.
TEXTO
Como se trata de uma reimpressão, o texto é o mesmo da versão de 2011. Em uma comparação por alto não notei nenhuma mudança. Pode ter existido alguma (como uma nova revisão), mas não sei dizer.
De mais a mais, achei o texto muito bom e bem adaptado.
UMA CONCLUSÃO
Como falei na parte sobre o papel, se você tem a edição antiga não é necessário trocar pela nova, pois é basicamente a mesma coisa. Mesmo o papel sendo melhor, não acho que valha a troca, pois o preço dos mangás hoje em dia está muito alto. Essa reimpressão, então, é para quem não tem o mangá e deseja tê-lo e para quem tem números soltos e deseja completar e é para essas pessoas que eu recomendo mesmo. Claro, se sua edição antiga está muito ruim e você tem dinheiro sobrando, aí sim vale a pena a troca, mas do contrário, não.
E para quem não conhece nada, a história vale? Eu não me recordo se cheguei a ler Bakuman por inteiro, mas do que eu li, eu gostei bastante. Entretanto, relendo a obra eu vi coisas que não me lembrava ou não tinha percebido na primeira leitura. O protagonistas são, por assim dizer, babacas, especialmente no primeiro volume.
Não estou falando da prepotência e arrogância dos dois protagonistas de quererem se tornarem profissionais ainda tão jovens, falo do modo de pensar deles ultra retrógado e machista da pior espécie. Existe o atenuante de que eles são adolescentes e que isso representa fielmente os adolescentes da época e talvez ainda os de hoje em dia, mas não deixa de dar um incômodo profundo.
Assim sendo, eu recomendo para quem não conhece? Bem, se você deseja ler uma obra sobre os bastidores da criação, Bakuman é um bom mangá. Entretanto, para isso, você precisa não se incomodar com o machismo dos personagens e da obra e isso pode ser bem difícil…
Ficha Técnica
Título Original: Bakuman (バクマン)
Título: Bakuman
Autor: Tsugumi Ohba; Takeshi Obata
Tradutor: Edward Kondo
Editora: JBC
Número de volumes no Japão: 20 (completo)
Número de volumes no Brasil: 3 (reimpressão em andamento)
Dimensões: 13,5 x 20,5 cm
Miolo: Papel Pólen Natural 70g
Acabamento: Capa cartão
Páginas: 208
Classificação indicativa: Livre
Preço: R$ 37,90
Onde comprar: Amazon
Sinopse: Mashiro é sobrinho de um falecido mangaká que só teve uma única obra de sucesso em toda sua vida. Ele herdou o talento do tio para o desenho, e passava os dias no marasmo, só rabiscando em seus cadernos a imagem de Miho Azuki, uma colega de classe por quem é apaixonado.Um dia, Mashiro esquece um dos desenhos na sala de aula e quem o encontra é Akito Takagi, o melhor aluno da turma. O sonho de Takagi é se tornar um roteirista de mangá; por isso, ele “ameaça” contar o segredo de Mashiro para Azuki, caso o garoto não faça as ilustrações para suas histórias.Mesmo sem muita empolgação com a ideia no começo, Mashiro acaba aceitando quando descobre que o sonho de Azuki é se tornar uma dubladora. Ele, então, faz uma promessa à menina: irá criar um mangá de sucesso, para que vire um desenho animado e seja dublado por Azuki. Mas, Azuki coloca uma condição: só irão ficar juntos quando essa promessa se concretizar!A partir disso, Mashiro e Takagi vão ter que se esforçar muito para descobrir como fazer um mangá de sucesso no competitivo mercado de HQs japonesas!
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