Editora JBC passa a fazer parte do grupo Companhia das Letras

Saiba os detalhes

Uma bomba no mercado nacional de mangás. Na tarde desta sexta-feira, 18 de março de 2022, a Companhia das Letras (o maior grupo editorial do Brasil) anunciou que adquiriu 70% da JBC. Com isso, a JBC passa a fazer parte desse grupo que agora reúne 20 selos editoriais. A gestão da JBC, no entanto, continuará nas mãos das irmãs Shoji, diz a Companhia das Letras.

“A gestão da JBC continuará com as irmãs Shoji. Primeiramente, porque a editora vai muito bem; depois, porque são elas que conhecem as aspirações dos leitores de mangá no Brasil. Nossa missão é dar o apoio na distribuição, comercialização e divulgação”.

A JBC também divulgou a informação. Vejam, a seguir, o release:


São Paulo, 18 de março de 2022 – A Editora JBC comunica que agora faz parte da Companhia das Letras levando o selo de mangás para o maior grupo editorial do Brasil. Com as negociações firmadas, a Companhia das Letras adquire 70% do controle da JBC (Japan Brazil Communication).

Fundada em Tóquio, em 1992, com o objetivo de diminuir a distância cultural entre o Japão e o Brasil, a casa criada pelo imigrante japonês Masakazu Shoji começou suas atividades no Brasil três anos depois, com a supervisão de suas filhas Luzia e Marina, que após a fusão com a Companhia das Letras continuarão a dirigir a JBC comercial e editorialmente. A JBC iniciou a publicação de mangás no começo dos anos 2000. De lá para cá, foram mais de 200 títulos lançados, entre eles grandes sucessos mundiais como Cardcaptor Sakura, Samurai X, Cavaleiros do Zodíaco, Akira, Fullmetal Alchemist, Haikyu!!, Death Note, entre outros. A coleção de My Hero Academia, um dos mais populares da editora no momento, já atingiu a marca de mais de 600 mil exemplares vendidos no mercado brasileiro.

Para o fundador e CEO da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, “os mangás têm uma presença cada vez mais forte na cultura contemporânea e a chegada da JBC, uma referência na categoria, aumenta a nossa diversidade literária”. Schwarcz relembra que “sempre acreditamos na força literária dos quadrinhos e por isso criamos, em 2009, o selo Quadrinhos na Cia”. Ele faz questão de ressaltar que “a gestão da JBC continuará com as irmãs Shoji. Primeiramente, porque a editora vai muito bem; depois, porque são elas que conhecem as aspirações dos leitores de mangá no Brasil. Nossa missão é dar o apoio na distribuição, comercialização e divulgação”.

Marina Shoji, diretora-geral da JBC, afirma que “estamos vivendo uma fase muito positiva no mercado brasileiro, tanto no segmento de mangás licenciados quanto no de obras nacionais, e sentimos a necessidade de procurar alternativas que nos permitissem aproveitar essa oportunidade da melhor forma, principalmente por conta dos novos desafios que vêm se apresentando como consequência da pandemia de COVID-19”. Sua irmã Luzia Shoji, presidente da editora, acrescenta: “Fazer parte do maior grupo editorial do Brasil é motivo de muito orgulho para nós. Temos a certeza de que, com esta fusão, tudo o que construímos vai crescer ainda mais, beneficiando leitores, fãs e clientes”. O fundador da JBC, Masakazu Shoji, diz que sua maior preocupação “era garantir que tanto o público quanto as editoras japonesas que confiam em nosso trabalho há mais de duas décadas continuassem a receber a mesma atenção e empenho que dedicamos até hoje. Nesse sentido ficamos muito tranquilos, pois sabemos que com a Companhia das Letras a nossa missão será preservada”.

Júlio Moreno, o publisher da editora desde 1997, conta que “quando começamos a fazer mangá no Brasil, foi preciso explicar às gráficas que era possível imprimir um livro de trás para frente e convencer os distribuidores que o mangá era um produto para o público infanto-juvenil. E que, mesmo sendo quadrinhos em preto e branco, não eram livros infantis para colorir”. Ele complementa: “Felizmente o leitor brasileiro entendeu a proposta e percebeu a qualidade artística e de roteiro dos quadrinhos japoneses, tanto que já tivemos títulos da JBC no posto de livro mais vendido na Amazon”.

Com a chegada a JBC o Grupo Companhia das Letras passa a publicar 20 selos editoriais, entre adultos, juvenis e infantis.


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9 Comments

  • Daniel

    Pode ser bom no aspecto de ter mais grana girando no caixa da JBC e eles conseguirem trazer mais títulos, em novos formatos, relançamentos e etc, mas também pode ser ruim se a JBC decidir entrar na prateleira da Devir e Pipoca… Fim dos tankos e mangás mais caros ainda.

  • Então…
    Creio que com o suporte da Cia. das letras, as coisas vão melhorar num geral. Vão colocar uma grana aí e isso vai render mais mangás e com um pouco de sorte, mais novels. As publicações da JBC podem chegar mais longe na distribuição por terem acesso aos mesmos pontos de venda da Cia. E pode ser que tenhamos reimpressões mais frequentes, facilitando quem quer colecionar mangás e novels mais longas mas sem sangrar o bolso por causa de oportunistas.
    Pensando por outro lado, isso tudo vai demorar pra acontecer, eu chutaria algumas mudanças lá pra perto do fim do ano, só completando a mudança de forma completa ou quase completa ano que vem, talvez mais…

  • Anônimo

    Para ter sido comprada 70% da empresa chuto dizer q eles estavam quase falindo, pq isso é um tanto demais.

  • Espero que com isso a editora consiga lançar mais e mais regularmente as coisas. A JBC esses tempos talvez possa não estar indo mal em termos de venda, mas em termos de lançamento anda uma draga. Nada tem data, parece até fansub com os seus “sai quando tiver pronto”.

  • Deve ser bom por um lado, mas ruim por outro. Duvido que um Love Junkies um dia sairia por uma marca do grupo Cia das Letras. Posso estar enganado, não conheço todo o grupo/publicações, mas publicar algo borderline hentai? *Apesar que eu duvido que Love Junkies sairia hoje em dia de qualquer forma…

    “A coleção de My Hero Academia, um dos mais populares da editora no momento, já atingiu a marca de mais de 600 mil exemplares vendidos no mercado brasileiro.”. Logo, fazendo uma média grosseira, podemos presumir que em média foram vendidos 20 mil por volume (desconsiderando o fato de que a venda caia numa série longa). Interessante… Eles nunca divulgam dados sobre tiragem e venda. Fica a dica pras editoras novatas que almejam pegar um “mangá do anime da temporada”.

  • Liz

    Ok, isso foi tão de repente que não consigo nem decidir se essa compra é boa ou ruim (ಠ_ಠ)>⌐■-■

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