Mangá Aberto: “Boys Run the Riot”

Veja como está o mangá

Mangá Aberto é uma nova coluna de resenhas aqui do blog em que mostraremos a edição física de um mangá, geralmente um lançamento. O nome advém de um antigo blog em língua espanhola que fazia exatamente isso^^.

A ideia é apresentar aos leitores exclusivos do blog o que já fazemos em nossas redes sociais, mostrar fotos do mangá acrescentando alguns detalhes sobre as obras e opiniões. A postagem de hoje será sobre Boys Run the Riot, mangá lançado em dezembro de 2022 pela editora JBC.


DETALHES SOBRE A OBRA


Boys Run the Riot é um mangá de autoria de Keito Gaku e foi publicado no Japão entre 2020 e 2021 na revista Young Magazine e no site Comic Days, da editora Kodansha, tendo seus capítulos compilados em um total de 4 volumes. Keito é um mangaká transgênero e o mangá trás como protagonista justamente um menino trans, como ele.

No Brasil, o mangá foi anunciado pela editora JBC no dia 18 de junho de 2022 e começou a ser publicado em dezembro do mesmo ano, quando saíram os dois primeiros volumes.


FORMATO DA EDIÇÃO BRASILEIRA


A edição brasileira veio no formato 13,2 x 20 cm. Trata-se do tamanho padrão adotado pela editora JBC há alguns anos. É a mesma altura e largura de Haikyu!!, Ao Ashi – Craques da Bola, Silver Spoon, Slime, dentre outros. É também do mesmo tamanho da maioria dos mangás da Panini, embora seja mais curto em largura.

O acabamento do mangá é em capa cartão simples, e o papel usado no miolo é pólen bold 70g. O pólen bold é aquele papel de cor creme usado em vários livros no Brasil por ser menos reflexivo e, por consequência, ser melhor para a leitura. A JBC tem usado esse papel na maioria dos mangás recentemente e particularmente acho muito bom. Ao todo, o primeiro volume possui 224 páginas, todas em preto e branco.


CAPA, QUARTA-CAPA E LOMBADA


A capa da edição brasileira é idêntica à versão japonesa. A única mudança perceptível foi a retirada do nome do autor em japonês e a inserção do logo da JBC. De resto tudo parece igual. Talvez a editora tenha mudado alguma cor aqui e ali, mas se fizeram isso foi totalmente imperceptível para mim.

Em termos de acabamento, ela é uma capa padrão de mangás em capa cartonada, não tendo nada de especial ou relevante que mereça menção, o que – como sempre dizemos – não é um demérito, é apenas uma característica para esses mangás de acabamento mais simples.

A quarta-capa (a parte de trás do mangá e que você vê acima), por sua vez, eu acho muito boa, muito bem feita, mostrando um excelente capricho por parte da editora ao fazê-la. Diversas cenas do mangá foram colocadas, além de uma sinopse bem detalhada. Sem dúvida merece elogios.

A lombada – apesar de ter uma imagem – eu achei bem simples e sem charme. Talvez se ela fosse branca com o logotipo em vermelho ficaria melhor.


CAPAS INTERNAS


As capas internas (a parte de trás da capa e da quarta-capa) possuem uma ilustração impactante. Em uma delas, está a ilustração só, limpa, permitindo vermos (e sentirmos) em detalhes a imagem. Na outra, está a mesma imagem, mas com o título do mangá por cima.


OUTROS TÓPICOS


Eu vejo que algumas pessoas não gostam do acabamento usado pela JBC em seus mangás mais simples, mas particularmente não tenho nada contra e, pelo contrário, gosto bastante, especialmente pelo papel pólen bold.

Dentre os papeis atualmente utilizados no Brasil, acho ele um dos melhores para a leitura, além de destacar muito bem a arte. Em Boys Run the Riot esse papel está muito bom, com pouca ou nenhuma transparência. A encadernação também está bem de boa permitindo folhear e ler o mangá sem qualquer problema.

Em relação ao texto, eu achei ele bom, entretanto algumas coisas incomodaram, como certas frases em inglês sem uma nota de rodapé traduzindo, o que faz com que a gente tenha que ir para o dicionário ou ao Google Tradutor para saber o que é. É até estranho, pois não é do feitio da JBC deixar algo assim acontecer. Em geral, a editora coloca nota para tudo e mais um pouco, mas dessa vez não houve. Fica o demérito.


E UMA CONCLUSÃO


Como visto, o acabamento de Boys Run the Riot é padrão, daqueles bem simples, mas com um bom papel para a leitura e boa encadernação. Infelizmente, como todos os mangás do Brasil atualmente, o preço é altíssimo (R$ 34,90), o que torna impeditivo para muita gente. Entretanto, são apenas quatro volumes e a história é muito boa, então eu acho que vale um esforço para conseguir o título.

E quando digo que vale é porque vale mesmo, não somente por ser um mangá interessante, mas também por mostrar um ponto de vista – de um jeito sério, com todos os seus medos e aflições – sobre um tema pouco explorado nos títulos publicados no Brasil, os personagens transgênero. Então se você tem dinheiro apenas para um título, eu recomendo que este seja Boys Run the Riot.


Ficha Técnica


Título Original: ボーイズ・ラン・ザ・ライオット
Título: Boys Run the Riot
Autor
: Keito Gaku
Tradutor: Luís Libaneo
Editora: JBC
Número de volumes no Japão: 4 (completo)
Número de volumes no Brasil: 2 (ainda em publicação)
Dimensões: 13,2 x 20 cm
Miolo: Papel pólen 70g
Acabamento: Capa cartão
Páginas: 224
Classificação indicativa: 16 anos
Preço: R$ 34,90
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Um adolescente transgênero chamado Ryo encontra uma fuga das expectativas e ansiedades de sua vida cotidiana no mundo da moda de rua. Esta história pessoal, sincera e fictícia de um criador de mangá transgênero fez ondas no Japão e inspirará leitores de todo o mundo!


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1 Comment

  • Kyon, sobre os textos em inglês sem tradução, não foi um caso isolado.
    MHA Vigilantes também tem muito disso. Não só em frases isoladas, mas até quando alguém usa uma palavra em inglês no meio da frase (para palavras em japonês, existem notas de rodapé). Considerando o apelo infantojuvenil da obra, parece uma manobra arriscada, alguém pode não entender buiufas.
    Sdds daqueles mangás que tinham nota de rodapé pra tudo. Parece até que você precisa ter um curso do CCAA pra ler um mangázinho. A Panini põe um glossário no final, mas as vezes você só precisa do contexto na hora.

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