Mangá Aberto: “Cruella: Preto, Branco e Vermelho”

Veja como está o mangá

Mangá Aberto é uma nova coluna de resenhas aqui do blog em que mostraremos a edição física de um mangá, geralmente um lançamento. O nome advém de um antigo blog em língua espanhola que fazia exatamente isso^^.

A ideia é apresentar aos leitores exclusivos do blog o que já fazemos em nossas redes sociais, mostrar fotos do mangá acrescentando alguns detalhes sobre as obras e opiniões. A postagem de hoje será sobre Cruella: Preto, Branco e Vermelho, um Disney mangá americano lançado em fevereiro de 2023 pela editora Universo dos Livros.


DETALHES SOBRE A OBRA


Cruella: Preto, Branco e Vermelho é um mangá baseado no filme live-action de 2021 que coloca a vilã dos 101 Dálmatas como protagonista. Esse mangá foi publicado originalmente nos Estados Unidos pela editora Viz Média em agosto de 2021, sendo, portanto, um Disney mangá americano. O sentido de leitura, inclusive, é o ocidental (o mesmo dos quadrinhos desta parte do mundo).

Apesar disso, a autoria da obra é japonesa, tendo ficado a cargo de Hachi Ishie. Ishie é uma autora japonesa até certo ponto conhecida tendo publicado Rojiura Brothers e o BL Canis (este sob o pseudônimo de Zakk), ambos ainda inéditos no Brasil.

Por aqui, Cruella foi anunciado em dezembro de 2022 pela editora Universo dos Livros e foi lançado em meados de fevereiro de 2023.


FORMATO DA EDIÇÃO BRASILEIRA


A edição brasileira veio no formato 13,5 x 20,5 cm. Esse é o antigo formato padrão da JBC, então Cruella é do mesmo tamanho das edições mais recentes de Fullmetal AlchemistYu Yu Hakusho, NANA e Hunter x Hunter, por exemplo. Assim, ele é um pouco menor que Banana Fish, mas maior do que a maioria dos mangás da Panini.

O mangá foi lançado em capa cartão simples (o mesmo tipo de capa da maioria dos mangás brasileiros), mas com verniz localizado no título e em outros elementos da obra (falaremos mais disso ainda neste texto). O papel usado no miolo não foi divulgado pela editora, mas aparenta ser algum tipo de papel offwhite (aqueles de cor creme).

Ao todo são 176 páginas no primeiro volume, todas em preto e branco. Importante dizer novamente que esse mangá possui sentido de leitura ocidental. Ou seja, em vez de ser lido da direita para a esquerda como os mangás japoneses, ele é lido da esquerda para a direita, como os quadrinhos ocidentais.


CAPA, QUARTA-CAPA E LOMBADA


A capa da edição brasileira de Cruella: Preto, Branco e Vermelho segue a mesma ilustração da versão americana, em todos os detalhes e elementos, praticamente não havendo mudanças, senão a língua e logotipo da editora, além da disposição do nome da autora (na versão americana, o nome ficava mais em baixo, enquanto na brasileira fica mais em cima). É uma capa belíssima visualmente.

A capa fica mais bonita pessoalmente, pois ela possui verniz localizado no título, subtítulo e no nome da autora. Verniz localizado é um elemento que faz destacar essas partes. Quanto tocamos sentimos que é diferente do restante da capa. Já quando movimentamos o mangá, a gente vê essas partes “brilhando” ou melhor dizendo refletindo mais a luz, de um jeito bem bonito.

Fora o verniz localizado, a capa é simples, não tendo orelhas. Já em relação à quarta-capa (a parte de trás do mangá), ela é bem carregada, com vários textos e imagens, dando uma impressão meio poluída. Entretanto, é bem planejada e bonita com a sinopse no meio, além de detalhes em verniz localizado.

Por fim, a lombada é simples, mas também bonita.


CAPAS INTERNAS


As capas internas são brancas, não tendo nenhuma imagem ou inscrição. Particularmente prefiro assim. Se não tem nada para colocar, melhor não colocar mesmo do que encher de algo inútil. Dá um ar de mais sobriedade ao produto.

Vale a menção dessa foto acima em que podemos ver a Ficha Catalográfica (aquele item dentro da caixa de texto). Trata-se de algo obrigatório em todos os livros e é importante para a organização de bibliotecas. Hoje em dia quase todas as editoras de mangás a utilizam em seus títulos e, embora não seja relevante para os consumidores de mangá, acho importante que isso ocorra nesse momento de mais popularização dos quadrinhos japoneses, pois assim fica mais fácil para a organização em bibliotecas públicas.


OUTROS TÓPICOS


Considero a edição brasileira de Cruella: Preto, Branco e Vermelho bem ok. A capa é bonita e o verniz localizado dá um charme extra. Faltou apenas umas orelhas para o produto ficar perfeito nesse aspecto. A encadernação também é boa, dando para folhear e ler o quadrinho inteiro sem nenhuma intempérie.

Quanto ao papel eu também gostei, embora com um pouco de ressalvas. Eu prefiro esse papel de cor mais creme, pois é melhor para a leitura, entretanto acho que seria melhor ter usado um tipo um pouquinho mais grosso, visto que existe um pouco de transparência em algumas páginas. Não é nada que incomode tanto, mas para o preço do mangá não deveria ter ou deveria ser menor do que está.

Em relação ao texto, eu achei ele bom e praticamente impecável. Apenas uma frase que eu achei meio estranha e que pode ser que tenha faltado um artigo, mas no mais não vi problemas…


E UMA CONCLUSÃO


Por fim, eu preciso dizer que terminei a leitura do mangá com a sensação de que eu precisava dos próximos volumes urgentemente, que eu precisava saber mais do passado da Cruella, que eu precisava de mais e mais páginas para ler. A história foi tão boa, mas tão boa que eu queria continuar lendo indefinidamente para entender mais sobre a vilã dos 101 Dálmatas. Entretanto, o mangá é um volume único e ele termina ali mesmo. Não tem mais… fica uma completa sensação de vazio…

Eu super indico o mangá, mas deixo avisado de antemão que vocês irão querer mais história e não terá. Entretanto, vale dizer que o produto impresso é bem caro R$ 49,90 e o acabamento dele é o mesmo dos mangás de outras editoras que custam de R$ 32,90 a R$ 37,90. Então é melhor esperar uma boa promoção. Existe, porém, a versão em ebook, mas acho que são poucos os que desejam ela, de todo modo fica o aviso^^.


Ficha Técnica


Título Original: Cruella: Black, White, and Red
Título: Cruella: Preto, Branco e Vermelho
Autor
: Hachi Ishie
Tradutor: Michele Gimenes
Editora: Universo dos Livros
Número de volumes nos EUA: 1 (completo)
Número de volumes no Brasil: 1 (completo)
Dimensões: 13,5 x 20,5 cm
Miolo: Papel da família offwhite
Acabamento: Capa cartão com verniz localizado
Páginas: 176
Classificação indicativa: 13 anos
Preço: R$ 49,90
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Já imaginou como seriam os seus personagens favoritos da Disney desenhados ao estilo japonês? Neste mangá, aprofunde-se na história de Cruella ao lado de seus amigos, Gaspar e Horácio, durante a adolescência. Na cidade de Londres nos anos 1970, bem no epicentro do mundo fashion, Estella reúne talento, ambição e senso de inovação – qualidades indispensáveis para ser uma profissional bem-sucedida no mundo da moda. Seu objetivo é se tornar estilista, mas o mundo parece determinado a garantir que seus sonhos nunca se tornarão realidade. Enquanto isso, Estella passa os dias nas ruas de Londres, ao lado de seus melhores amigos e parceiros de pequenos delitos: Gaspar e Horácio. Em meio a perrengues e aventuras, a célebre diva Cruella emerge, assegurando-se de que ninguém jamais seja um obstáculo em seu caminho! Afinal, não é sendo boazinha que se torna uma lenda.


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