Memória: a época do parcelamento de assinatura por boleto

Relembre essa época doida

Assinatura é um modelo compra em que o consumidor paga antecipadamente por uma certa quantidade de volumes e depois, quando cada volume é lançado, ele vai recendo em casa pelos Correios, sem qualquer preocupação e sem custo extra.

A assinatura é um método de conveniência para o consumidor que não precisa ficar comprando volume a volume. Para quem mora em cidades sem pontos de venda é também uma medida de economia, pois com a assinatura ele não precisará arcar com o valor do frete das lojas online.

As assinaturas costumam ser pagas com cartão de crédito, podendo parcelar em algumas vezes, mas também é possível pagar por boleto, mas sem opção de parcelamento (ou seja, é preciso pagar tudo de uma vez).

ENTRETANTO, no passado, já foi possível pagar assinatura por boleto parcelado – como se fossem aqueles antigos carnês de lojas de eletrodomésticos. Isso acontecia com as assinaturas da editora JBC.


As primeiras assinaturas da JBC remontam, até onde sabemos, a 2007, quando a empresa realizou planos de assinatura para a primeira publicação de Fullmetal Alchemist. De nossa parte, acompanhamos a editora desde 2012 ou 2013, mas sabemos que a editora já realizava parcelamento de assinaturas (por boleto, inclusive) pelo menos desde 2009. O parcelamento, porém, só era possível nos planos de valores mais elevados.

Site da JBC (2015)

O parcelamento por boleto era algo bem importante na época, pois não era muito fácil conseguir um cartão de crédito como é hoje (o Nubank, por exemplo, só foi criado em 2013 e o seu cartão em 2014), de modo que para muitas pessoas era algo essencial ter essa opção para conseguir assinar um mangá com mais volumes e mais caro. A JBC se destacava nesse sentido, pois era a única empresa a permitir isso, sendo um dos melhores pontos positivos.

Site JBC (2012)

Apesar disso, o sistema não era tão eficiente assim, sendo rudimentar e anacrônico. Tanto no pagamento por cartão, quanto por boleto, você tinha que esperar 5 dias úteis para receber o(s) boleto(s) ou fazer o pagamento por cartão de crédito. O pagamento por cartão, inclusive, era considerado inseguro por muitos. Basicamente, você tinha que esperar a editora te mandar um e-mail e você deveria fornecer, por meio dele, o número de seu cartão. A editora oferecia a possibilidade de ligar para a empresa e então dizer os números.

Site da JBC (2009)

Esse sistema foi assim até setembro de 2016 quando a empresa fez uma mudança no sistema e passou a permitir o pagamento por meio do Paypal, passando tudo a ser de forma mais moderna e automática. Infelizmente, foi justamente nessa melhoria que o parcelamento por boleto bancário acabou.

Na ocasião, em uma live realizada no final de outubro daquele ano, a editora foi perguntada sobre o porquê disso e ela afirmou que havia problemas com os custos operacionais. As assinaturas parceladas por boleto nunca mais voltaram… Hoje já não parece mais fazer sentido existir parcelamento por boleto (ainda mais com a existência do Pix), mas na época era algo essencial.

As assinaturas da JBC também deixaram de existir um tempo depois, voltaram, e agora foram extintas novamente.


Memória é a nossa postagem de curiosidades em que buscamos relembrar algum fato, episódio ou época do passado do nosso mercado de mangás. Você pode conferir todas as postagens dessa série clicando aqui. Para ver outras curiosidades em geral, clique aqui.


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3 Comments

  • Lindalberto Leal

    Eu realmente sinto falta das assinaturas da JBC, quando comecei a comprar mangas em 2014-2015 eu adquiri varias, de todas as editoras era a única que realmente valia a pena, se voltarem com ela um dia, com toda certeza eu assinaria novamente

  • Liz

    Pra mim a assinatura da Jbc era a única realmente vantajosa, era garantia de desconto, brindes e nunca me deu problema, espero que voltem algum dia….

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