O clássico dos tokusatsus chegou ao Brasil em versão mangá pela editora JBC.
Anunciado em julho, durante o Fest Comix, Ultraman é um mangá de autoria de Eiichi Shimizu e Tomohiro Shimoguchi e está em publicação na revista Heros (Shogakukan), desde 2011, e conta atualmente com 6 volumes encadernados. A obra teve seu lançamento na bienal do livro do Rio de Janeiro e começou a chegar recentemente nas bancas de todo o Brasil. Vamos ver como é a história e como ficou a edição nacional?
História
No passado, a terra foi protegida por um ser alienígena conhecido como Ultraman, o gigante da luz. Ele havia se unido a um humano para poder combater as forças alienígenas do mal que tentavam invadir a terra e acabar com as pessoas do planeta. Ao fim, a presença deixou o corpo do terráqueo hospedeiro Shin Hayata e foi embora para sua terra de origem.
I
A história do mangá começa anos depois, apresentando-nos uma narrativa em que Ultraman havia se tornado um herói lendário, digno de admiração, e a terra vivia tempos de paz. Sem memória de ter sido o Ultraman, Shin Hayata tornou-se Ministro da defesa do Japão, se casou e teve um filho, porém o seu antigo segredo está perto de vir à tona.
Após um incidente envolvendo seu filho Shinjiro, Hayata conversa com um de seus antigos companheiros a respeito da força sobre-humana que tanto ele, quanto seu filho possuem. Seu amigo revela a verdade e lhe diz que ele e Shinjiro herdaram o gene do Ultraman. Entretanto, as coisas não são tão simples e a paz do planeta pode estar perto de chegar ao fim.
Passam-se anos, Shinjiro é adolescente e tem consciência de sua força, mas não sabe de onde ela vem e nem que seu pai fora o Ultraman. Porém ao ser atacado por um inimigo tudo se revela, ele descobre a verdade sobre seu pai e sobre si mesmo. Após uma série de acontecimento, Shinjiro é obrigado a ele mesmo lutar contra o inimigo misterioso e é obrigado a usar uma armadura do herói lendário, o novo Ultraman.
II
O primeiro volume é muito legal pela intensidade do ritmo narrativo. Enquanto nas primeiras páginas, as coisas acontecem de forma mais lenta, gradualmente o ritmo vai aumentando e se tornando alucinante, lembrando muito um episódio de tokusatsu. Palmas para o roteirista e o desenhista que conseguiram criar esse clima.
Entretanto, o mais interessante e brilhante deste mangá é que grande parte das cenas de luta não possuem texto e acompanhamos a batalha de Shinjiro contra o inimigo Bemular de forma muito dinâmica e o melhor, bem entendível. Ultraman é indicado tanto para quem já conhece a história do herói, quanto para quem não conhece, pois é uma história totalmente nova e ter assistido a série antiga não é essencial. Contudo eu diria mais ainda: esse é um título perfeito para dar a quem nunca leu qualquer mangá na vida, devido à simplicidade e dinâmica que é a narrativa.
Pontos falhos
Não há o que desmerecer na história. O título é empolgante e com o passar das páginas a narrativa vai ficando cada vez mais densa e carregada de emoção.
Edição nacional
O acabamento do mangá está muito bom e muito gostoso de folhear. Mesmo eu não gostando desse formato pocket da JBC, o aspecto físico do mangá ficou excepcional e me agradou bastante. Infelizmente as folhas estão transparentes e isso incomoda muito a leitura no início, quando há uma predominância muito grande de tons de branco. Após umas oitenta páginas mais ou menos esse incomodo diminui e a leitura torna-se melhor, pois os tons mais escuros amainam o efeito da transparência, entretanto mesmo assim a experiência de leitura é um pouco prejudicada.
Outro ponto que se deve observar é que às páginas coloridas não são em papel couchè (o que, em parte, explica o preço baixo do mangá) e isso acaba sendo um demérito da edição. Porém isso é apenas um gosto pessoal, há muitas pessoas que preferem que o papel das páginas coloridas seja o mesmo das em preto e branco.
Veredito Final
Dentre os pontos positivos e negativos, Ultraman é um mangá que todos deveriam ler. E quando eu digo todos, é todos mesmo, inclusive pessoas que não tem o costume de ler mangás. A obra está longe de ser uma obra prima, mas sua narrativa é tão interessante que é quase impossível não gostar do título…
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Biblioteca Brasileira de Mangás
[…] no primeiro volume o jovem Shinjiro Hayata viu-se obrigado a “vestir” a armadura do Ultraman para conseguir […]
[…] nossa opinião sobre Ultraman e Savanna Game. Você pode ler clicando aqui e aqui. Em breve deve ter uma resenha sobre Fim de Verão […]
Prezados, vcs são de longe o melhor site a falar sobre mangás no Brasil. Não querendo desmerecer outros sites, mas eles estão a kilômetros de vcs… Entretanto serei sincero. Acho as reviews já postadas por vcs mais do mesmo. Uma review de altíssima qualidade q já li em páginas nacionais foi uma feita no JBox sobre a edição nº01 do relançamento do Rurouni Kenshin, sugeriria não copiá-la, mas a tomarem como referência http://www.jbox.com.br/2013/02/21/rascunho-resenha-rurouni-kenshin-1-editora-jbc-parte-2/
um mangá que não tem pontos falhos é no minimo suspeito, vi a critica desse vol no omelete e me pareceu bem diferente do que foi citado nesse review, mas acho que vou deixar passar, R$15 num mangá pocket ao meu ver não compensa muito e também não fui fã de tokusatsu, se eu fosse comprar o que me motivaria é o design das armaduras e talvez lutas.
A crítica do Omelete, se não estou enganado,tinha muita comparação com a antiga série de televisão e tal, coisa que não fizemos, pois não assistimos a ela^^. Quanto ao enredo, neste primeiro volume, não tem pontos falhos mesmo. É um enredo simples e quando o enredo é simples dificilmente ele tem pontos falhos.
Há divergências de pontos de vistas entre a nossa visão e a visão do site do Omelete em algumas questões ( os desenhos e os quadros, por exemplo) mas pontos de vistas diferentes são normais….