Os mangás que prometiam, mas decepcionaram…
Todos os anos, alguns mangás chegam cheios de pompas e expectativas e, para muitos leitores, elas se confirmam. Para outros, porém os títulos não passam de extrema decepção, pois não correspondem ao hype gerado pelos fãs. Alguns não chegam a ser ruins, mas estão longe de merecem a fama de “grandes obras” ou de “melhor mangá” que muitas pessoas colocam.
No fim, é aquela velha de história de que você não deve se deixar levar pelas expectativas dos outros. O problema é que algumas vezes o hype é gerado por você mesmo, por conhecer a obra de outras mídias ou gostar do autor. Na lista hoje, apresento os quatro títulos lançados em 2016 e que me decepcionaram bastante, por um motivo ou outro.
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One-Punch Man
Hype enorme. Diziam ser uma revolução, uma paródia das histórias de ação e aventura das mais divertidas, o suprassumo do overpower. O que eu vi foi um mangá sem graça que quase não me arrancava sorrisos e não apresentava nada do que as pessoas tanto falavam. Não é um mangá ruim, mas está longe – muito longe – de ser “o melhor mangá do mundo”. Nem mesmo uma releitura – quase um ano depois – foi capaz de fazer minha opinião mudar e eu acabei achando o mangá mais sem graça ainda. Os vilões serem caricatos não têm graça nenhuma. Saitama ganhar com um soco só, menos ainda.
One-Punch Man é só um mangá mediano que cumpria o seu papel, mas claramente não é o melhor “de luta” e nem o melhor de “comédia” em publicação no Brasil, existindo pelo menos umas 5 obras em cada categoria que supera o título. Em razão disso, ele foi uma completa decepção e, por isso, está presente na lista. Como existiam obras melhores no mercado, abandonei o título após o segundo volume…
Fate/Stay Night
Mesmo sendo pertencente ao checklist de dezembro de 2015, Fate/Stay Night começou a chegar às bancas apenas em janeiro de 2016 e foi uma decepção imensa para um fã da franquia. Diferentemente de One-Punch Man em que fui levado pelo hype dos outros, nesse eu me empolguei com o mangá pelo fato de ter adorado as adaptações animadas e me decepcionei profundamente.
A verdade é que muita gente critica esse mangá por misturar rotas do jogo, mas isso é o de menos. Na verdade, isso nem chega a ser importante. O problema real é que Fate/Stay Night é um péssimo mangá e o autor responsável pelo título parecia não dominar a técnica de fazer narrativas. Logo em seu primeiro volume, a obra foi corrida demais, não dando tempo para o leitor respirar. As transições entre uma cena e outra também eram mal executadas e o resultado foi um primeiro volume fraquíssimo que qualquer fã da franquia deveria sentir nojo.
Esses problemas apresentados em Fate, eram quase os mesmos apresentados em Steins;gate (mal adaptação, falta de técnica narrativa, etc) um ano antes, mas em um nível bem mais elevado, tanto que o primeiro volume de Fate/Stay Night se tornou o pior primeiro volume que li na vida. Não tive a menor vontade de continuar a acompanhar um mangá assim por 20 volumes e desisti logo no primeiro. Achei muito melhor ficar com as animações que eu ganharia mais.
Ninja Slayer
Um título desconhecido e que eu não tinha a intenção de pegar, mas aí lá fui eu ver um vídeo do Pipoca e Nanquim, canal no Youtube de um dos editores da Panini, e ele falou super bem do título, que era isso, aquilo outro e eu fiquei motivado, quis ver com os meus próprios olhos e… a mais pura decepção.
O mangá era horroroso. A começar com um estilo de arte carregada de traços que não me agrada (que o papel jornal só fez piorar) e uma história sem noção sobre um sujeito que ataca ninjas. Era o convencional do convencional. Uma obra para passar longe, extremamente boba e que eu não conseguia esboçar nenhuma reação. Há quem tenha gostado, não foi o meu caso.
Se tornou o segundo pior primeiro volume que li na vida, perdendo apenas para Fate/Stay Night.
UQ Holder!
Seguindo a ordem, depois de um hype gerado pelos outros, agora é um hype gerado por mim mesmo, UQ Holder!. Por ser do mesmo autor de Love hina, eu criei uma enorme expectativa em torno do título e imaginava uma história divertida. O primeiro volume mostrou que tinha potencial de evolução, mas do segundo em diante ele se mostrou muito convencional e não me apresentou uma história satisfatória, com um excesso de Deus-ex-machina que tiravam toda a emoção do mangá.
O que aconteceu com o humor do Akamatsu? O que aconteceu com a capacidade dele de criar uma boa história? Parece que Love hina foi uma exceção… Abandonei o mangá após o terceiro volume.
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Essas foram as minhas decepções de 2016. Penso que, agora, eu aprendi a não criar hype por títulos que desconheço.
Quais mangás vocês compraram em 2016 e te decepcionaram, leitores?
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Acho que sou a única pessoa que gosta de Ninja Slayer.
Sim…. de gostar mesmo.
nosa gyon
One punch man, não é bom??
Parei logo no primeiro 😡😡😡
Favor ler o texto corretamente^^. O texto diz de modo claro OPM “Não é um mangá ruim”.
Como você pode ter interpretado que isso é dizer que ele não é bom????
Concordo contigo quanto a OPM e UQ-Holder!, fui levado pelo hype e quando fui ver as obras achei meio ‘-‘… Outras decepções pra mim foram Boku no Hero e LoveCom, entendo quem goste, mas simplesmente não funcionou comigo, vai entender hahaha
Boku no hero foi o pior mangá que li nos últimos tempos. Não consegui ler o volume inteiro, achei simplesmente horrível. Além de todos os outros motivos, ainda tem um filme com o mesmo plot. Muito clichê mesmo.
Olha eu gostei de One Punch Man, achei divertido, tenho certa curiosidade em saber mais sobre os heróis Classe S (quais seus poderes? Será que tem alguém infiltrado? uma conspiração?),O porquê do aparecimento dos monstros, etc… mas realmente não tem nada de espetacular no mangá. Como entendi que voce foi “vítima” do hype, concordo e compreendo sua decepção.
Como não fui com as expectativas elevadas achei “colecionável” e não droparei, porém dos atuais 16 titulos que eu coleciono ele é o mais fraco talvez empatando com o Ataque de Titãs.
Concordo contigo em relação a One-Punch Man.
Antes de chegar às bancas, li pela internet o 1° volume pra ver se colecionava quando a Panini lançasse, mas a história não me prendeu.
Realmente é um mangá mediano.
o mais escroto foi o saitama voltar a derrotar os oponentes com um soco depois que derrotou o carinha que invadiu a terra
Negima tmb é do Ken Akamatsu, é bom?
Esse eu não li. Foi publicado no Brasil em uma época em que não sabia que existia um mercado de mangás… E depois nunca fui atrás…
Estou lendo atualmente e, pessoalmente, achei bem legal. Mas vale ressaltar que é diferente de Love Hina. Ele se passa no mesmo universo do UQHolder, um mundo onde existem magos e outras criaturas e elementos fantásticos. Em certos pontos ele virá mais um desses ShonenPorradeira, com uma trama cabeluda por trás. Pessoalmente, estou gostando bastante, o humor do Akamatsu me agrada tanto quanto sua arte. Aqui a história envolve grandes tramas, apesar de parecer bem bobinha a ideia inicial, e não só um romance atrapalhado como em Love Hina. Entretanto é uma obra longa e estou ainda no volume 30 do meio tanko, não posso dizer se ele acaba se tornando ruim dai pra frente.
Ta no arco do festival?
O do mundo mágico é melhor ainda
Concordo com tudo. OPM não é um tipo de mangá que me empolga, percebi isso vendo o anime e como foi dito, não é o melhor em nada que se propõe, é apenas bom, nada mais.
Fate/SN só tem as capas de bonitas (não canso de repetir rsrs) mas o miolo é ruim, a arte mais ou menos o enredo é remendado e o autor inexperiente.
Ninja Slayer e UQHolder não fazem meu estilo e só de olhar pra eles eu já sabia que não ia comprar.
Dos quatro o único que compro é OPM e concordo com o que foi dito. Ele não é uma obra prima como muitos pintam por aí, é um mangá legal no máximo, não é um dos que eu mais gosto atualmente e corre risco de eu parar de comprar se pintar algo mais interessante para por no lugar. Estou levando principalmente pela arte do Murata que é espetacular, e ficando na esperança que um dia por milagre apareça Eyeshield 21.
A única coisa legal para mim são os outros heróis, gosto de ver os diferentes personagens e seus poderes e coisa e tal. Devo ser o único que não gosta muito do Saitama exatamente por tudo se resolver com um único golpe.
Só concordo com Fate.
De resto, seria mais justo uma enquete como o Haag fez no blog dele pra poder definir as decepções do publico e não de um blog pessoal, seria mais “justo”.
Claramente não teria como ele falar o que decepcionou nos títulos se fosse uma enquete. Ao invés de algo vago baseado em votação sem nenhum justificativa, o Kyon elegeu os dele e justificou sua posição. Gosto pessoal? Com certeza. Mas isso foi deixado bem claro. 🙂
não pelo titulo, que soa como uma verdade absoluta (decepção) e não como posição pessoal. Para afirmar que algo seja como decepção do ano, deveria ser expicito no titulo se era opinião pessoal ou re sealmente foi uma decepção. E sim, uma enquete seria mais justa para afirmar o que seria decepção para ao menos o publico votante e não o redator.
STX, títulos são chamadas… são coisas enxutas… Tá logo nos primeiros parágrafos a explicação clara do que se trata… Qualquer um que ler o artigo vê que é uma questão de gosto pessoal.
Como já dito, numa votação, o redator não tem como justificar o porquê daquilo ser “decepção”. Uma votação seria uma realidade ínfima de um grupo pequeno de leitores (que votaram e que acessam o site) perto do total de compradores do país e que de nenhuma forma corresponderiam ao resultado de uma votação entre todos eles. Seria igualmente uma empreitada vaga. “Justiça” não cabe num assunto deste. Todas as listas de gosto do site são e sempre foram de opinião do redator. E isso sempre foi deixado claro.
Não existe uma forma clara de se estabelecer que algo é uma decepção, que algo é ruim ou bom. Mesmo que voce conseguisse fazer uma enquete que tivesse uma amostra contundente ainda assim seria estatistica e não necessariamente verdade. Algo é bom ou ruim segundo analise de alguem, que é uma coisa meio que abstrata. Sobre o texto ele explicou cada um dos pontos de vistas dele, não entrou em detalhes maiores sobre, mas ainda assim ficou bastante claro. Sobre OPM eu concordo, li a obra e particularmente odiei, achei um martirio e um disperdicio de tempo, olha que li bastante capitulos para não ter uma opinião superficial de algo que muitos estavam falando tão bem, sobre os outros não os li e não posso opinar a respeito.
Hehehehe One-Punch Man está muito aquém de ser melhor do mundo em alguma coisa mesmo, mas é aquilo, né… é o Dragon Ball da nova geração, se tiver muitos socos e muita destruição, a galera já considera uma obra-prima.
Sobre o mangá de Fate, essa adaptação me deixa decepcionado também, mas como o Nasu já disse que dificilmente haverá qualquer outro tipo de adaptação da rota Fate (embora tenham cenas de outras rotas no mangá, a rota Fate ainda é a mais focada da obra), eu to comprando, só estou com a coleção atrasada. Acho que sou masoquista.
Desses só estou acompanhando OPM. Assisti o anime, gostei e resolvi colecionar o mangá. Concordo que não é o melhor de comédia ou de ação, mas é uma leitra descontraída que me agrada. Conforme o mangá vai avançando e mais personagens vão aparecendo o ritmo muda um pouco também, já que os outros personagens não tem o fator de acabar as lutas com um soco só ^^’!
Sobre UQ Holder!, não cheguei a ler mas tenho vontade porque gostava de Negima. Aliás, com Negima tinha horas que sentia que o mangá era bem genérico também, mas simplesmente não conseguia parar de ler lol
Quais partes de UQ Holder exatamente te incomodaram com Deus Ex Machina?
Escrevi na resenha do volume 3.
https://bibliotecabrasileirademangas.wordpress.com/2016/08/23/resenha-uq-holder-volume-03/
Realmente, o Akamatsu poderia ter apresentado melhor, mas esses poderes também não vieram do nada, eu sei que não é a melhor obra, mas continuo acompanhando porque gosto
Deus-ex-machina te o mesmo sentido de protagonismo/plot shield?
Não tenho conhecimento suficiente para fazer uma distinção adequada, tanto que eu
costumo utilizar o termo Deus ex-machina indiscriminadamente para me referir a esse e outros recursos de roteiro. Mas rigorosamente falando, a resposta é “não”.
Atenção há spoilers de All You Need Is Kill
Deus ex-machina é um termo mais utilizado em literatura e teatro. Só costuma ser usado quando há o fechamento de uma trama. Isto é, a história se desenvolve e acaba chegando em um ponto sem solução, aí surge alguma coisa (um poder, ou uma explicação mirabolante, por exemplo) nunca antes mencionado por nada ou ninguém e isso conclui ou explica a trama. Um exemplo é o final de All You Need Is Kill. Nele o protagonista volta no tempo toda vez que morre. E isso se repete, e repete e repete. Aí no final, uma outra personagem surge com uma explicação dizendo que os dois têm que se enfrentar e um matar o outro senão eles nunca sairão do loop temporal. Isso é um deus ex-machina típico. Um artifício de roteiro para concluir a trama.
Veja que quando um personagem qualquer ganha um poder do nada é um artifício muito parecido. Em UQ Holder! volta e meia um personagem está perdendo uma luta e como se um deus descesse de uma máquinha (deus ex-machina^^) ganha um poder do nada e sem qualquer explicação prévia, feita pelo autor apenas para dar emoção às lutas e superar um ponto sem solução da trama. E é feito só para isso mesmo já que eles não podem morrer (são imortais).
Destes nenhum me agradou também. A única coisa que salva em One-Punch man são as cenas de ação e arte do Yusuke, mas nem só de cenas de ação se sustenta um mangá (pelo menos pra mim) :p
Terá uma lista dos mangás que impressionaram em 2016?