de Jiro Taniguchi
A editora Pipoca & Nanquim (pertence aos donos do canal do Youtube de mesmo nome) divulgou hoje que publicará no Brasil o mangá Guardiões de Louvre, de Jiro Taniguchi.
O mangá possui apenas 1 volume com páginas totalmente coloridas. Não foram dados detalhes da publicação, mas ele deve vir em um formato maior (provavelmente maior até que Akira) tal qual a edição original (que é francesa).
A obra faz parte de uma coleção em parceria com o Louvre e dela participaram o autor de Hirohiko Araki com Rohan au Louvre, Taiyo Matsumoto, com Les chats de Louvre, e recentemente Naoki Urasawa, com Le signe des rêves.
Sinopse: No final de uma viagem de grupo para a Europa, um artista japonês fez uma parada em Paris sozinho, com a idéia de visitar os museus da capital. Mas acamado em seu quarto de hotel por uma febre insidiosa, ele é confrontado principalmente com uma forma de solidão absoluta, a do sofrimento em terra estrangeira, privado de qualquer recurso imediato no coração do desconhecido. Assim que o mal dá um pouco de trégua, ele coloca seu plano em execução, e se perde nos corredores lotados do Louvre. Logo, ele vai aprender muitas facetas desconhecidas deste museu enorme, o encontro de obras e artistas de vários períodos, durante uma viagem de oscilação entre sonho e realidade, que levarão ao fim em encruzilhada entre a tragédia coletiva e história pessoal. Com este álbum em forma de viagem interior, Jiro Taniguchi nos convida a um percurso artístico e temporal da descoberta de um espírito local, sob a liderança de algumas figuras tutelares, familiares ou desconhecidas … porque o Louvre tem seus guardiões!
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BBM via Pipoca e Nanquim
Comprarei com muita felicidade. Baita título, esse ano tá ótimo: Nonnonba, Uzumaki, The Girl From the Other Side, Tekkon Kinkreet, Ayako, Guardiões do Louvre… E nenhum desses sendo lançado pelas editoras “tradicionais”. É um tapa na cara nesse medo de arriscar que as editoras como Panini e JBC tem.
Acho que não é bem isso cara. A JBC já lançou O Homem que Foge, Akira e GiTS. Já anunciou Hokuto no Ken e a Rosa de Versalhes. A NewPop tem no catálogo vários Tezuka, lançou mangás BL, agora está apostando nos mangás Yuri. Não acho que ao trazer este titulo o pessoal do Pipoca e Nanquim esteja ousando ou inovando. É possível observar que desde 2014 JBC e NewPop estão apostando em apostando em alguns títulos alternativos, sejam no formato, seja na temática ou até mesmo em títulos que não deram nada certo no passado. Já a Panini…bom, deixa pra lá.
Akira e GITS não são riscos, tanto que são os mangás mais vendidos da JBC, enquanto que O Homem que Foge sofreu com um tratamento bem fraquinho pela editora.
Hokuto no Ken e Rosa de Versalhes vieram agora só, depois de muito tempo falando coisas como “shoujo não vende” e por aí vai…
A NewPOP eu nem incluí ali de propósito, mas ela prefere geralmente ir pegando obras não tão boas (pra não falar outra coisa) pra falar que lança coisas alternativas. Nos últimos tempos que eles estão lançando obras de mais qualidade, mais “aclamadas” e pedidas. Mas eles tem outro problema grave: amadorismo. É só a gente ver a quantidade de erros de tradução e revisão nas obras deles.
A Panini a gente nem cita né.
O que estou falando é que essas novas editoras estão fazendo um trabalho primoroso de edição, de acabamento e de escolha de títulos. Enquanto JBC e NewPOP “arriscam” trazendo uma obra desconhecida do autor que as pessoas pedem e com um formato mal pensado, a Devir lança um formato diferente com sobrecapa, com textos de introdução, a Darkside faz uma edição de acabamento absurdo de bom, a Veneta traz o maior mangá já lançado no Brasil, e agora o PN vai lançar o Taniguchi com uma edição que com certeza será super bem trabalhada. Podem ser produtos caros, mas não é esse o meu ponto. Meu ponto é que eles estão sabendo explorar um filão muito sub explorado, o máximo que fizeram foi a JBC com o CdZ, Akira e GITS que, novamente, seriam obras que iam vender absurdos de qualquer forma.
Sobre Akira e principalmente GiTS, eram projetos arriscados sim. Lembro quando a JBC anunciou o preço de GiTS choveu criticas, pessoas escrevendo que era roubo, ganância e mais um monte de coisas. E se lembrarmos que foi lançado no auge da recessão econômica. 02 títulos que foram e são verdadeiros pesadelos editoriais, com custos de licenças certamente nas alturas, e com enredos que no passado recente, não havia emplacado por aqui. Deu certo, muito certo, mas foram bem ousados sim.
Já no caso do Homem que Foge (belíssima obra), eu li muitas criticas a respeito da arte, que é mais alternativa, porém muito interessante, mas que pesou contra o título.
A NewPop tem algumas pérolas no seu catalogo, como Kimba, Dororo e Don Drácula, todas grandes obras do Tezuka. Agora, eles são amadores mesmos. É inadmissível que uma editora tenha tentos erros de revisão e por tantos anos.
Agora ousada mesmo foi a finada Conrad, que se por um lado não sabia calcular tiragens, por outro lado trouxe títulos que naquele momento, ninguém pensaria em trazer. Budha e Adolf, ambos do Tezuka. Trouxe pela primeira vez Taniguchi (acho que em 2008) que veio num pacote com alguns mangás eróticos produzidos na França. Trouxe o doente mental do Suehiro Maruo em 02 obras magníficas (quem sabe o PN não as relancem). E a Conrad na época estava na posição que a Panini se encontra hoje e ainda assim fez esse movimento.
Eu não acho ousadia ou inovação por que hoje no mercado nacional de gibis, há espaço para todos os tipos de obras. Gibis europeus aos montes, gibis autorais, gibis alternativos e por ai vai. Mas acho sim, que essas editoras podem se focar em obras que as grandes ignoram, e isso pode ser ótimo.