Mudanças de nomes de empresas, lombadas com diversos logos, etc…
Texto publicado originalmente em 17/01/2019
Atualizado pela última vez em 23/06/2020
Alguns anos atrás, a editora JBC licenciou o mangá Neon Genesis Evangelion, um título outrora publicado pela Conrad e que ficara incompleto até então. Na verdade, o mangá ainda não tinha acabado naquele momento no Japão, mas como a Conrad já não detinha mais a licença não veríamos o fim se uma outra empresa não pegasse a série.

A JBC a pegou e, inicialmente, resolveu apenas continuar a coleção de onde a Conrad havia parado. Assim quem acompanhou essa versão durante anos não ficaria na mão e poderia eventualmente completar essa coleção. Claro que essa decisão tinha consequências e se você fosse um pouco exigente terminaria por achar estranho ver os volumes iniciais com o logotipo de uma empresa e os finais com o logotipo de outra.

Casos como esse, porém, existem aos montes em outros países e volta e meia ficamos sabendo de um bem interessante. Um dos mais curiosos é o da publicação de Gantz na Espanha.
- Gantz na Espanha
O mangá Gantz começou a ser publicado na Espanha em dezembro 2002 pela editora Glénat, uma filial de uma editora francesa de mesmo nome. A publicação seguiu normalmente até maio de 2012, quando foi lançado o volume 33 da série. Esse foi o último volume que saiu por essa empresa. Ou quase isso.

Na verdade, o último tomo que saiu pela Glénat espanhola foi o 32, lançado por lá em janeiro de 2012. Na época, a Glénat francesa decidiu sair do mercado espanhol e vendeu sua participação na Glénat Espanha. A empresa passou a se chamar Editores de Tebeos ou EDT. O volume 33 foi lançado já sob o nome de EDT. Ou seja, se você estivesse colecionando a série, do volume 1 ao 32 estaria escrito Glénat na lombada, já no volume 33 estaria escrito EDT.

A publicação de Gantz pela EDT seguiria normalmente e sem problemas, mas aí veio o grande baque e que mudaria tudo. No final de 2012, a Shueisha rescindiu unilateralmente todos os contratos que tinha com a EDT, e como Gantz é propriedade dela, ele foi um dos títulos que acabaram cancelados pelo término do contrato.

Os mangás da Shueisha que eram da EDT acabaram posteriormente divididos para outras editoras espanhola. Gantz, por exemplo, não ficaria sem casa muito tempo. A Panini licenciou o mangá e começou a publicá-lo em março de 2013. O estratagema da empresa foi o mesmo da JBC com Evangelion, lançando de onde a outra empresa tinha parado e o concluindo tempos depois em seus 37 volumes.
A Panini espanhola posteriormente ainda começou a republicar os volumes iniciais. Basicamente, quem colecionou tudo certinho passou por 3 empresas diferentes (ainda que duas delas fosse a mesma apenas com outro nome).

O resultado dessa bagunça é que a partir de então você poderia ir montando sua coleção de forma variada, tendo logotipos diversos na capa e na lombada (imagem acima), um pesadelo para os muito exigentes^^.
Para terminar essa saga de Gantz em território espanhol, desde agosto de 2018, a Panini espanhola ainda começou a republicar o mangá em um outro formato chamado de Gantz Maximum, que reúne cerca de dois volumes por edição.
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Engraçado que mesmo mudança de editora, a lombada ficou mais alinhada que muito mangá aqui da mesma editora hahaha