O site americano Anime News Network noticiou, na tarde desta quinta-feira, 16 de janeiro de 2020, que o mangá Seiri-chan, de Ken Koyoma, foi cancelado na Coreia do Sul antes mesmo do lançamento do primeiro volume.
Anunciado no dia 3 de janeiro de 2020 pela editora Daiwon C.I, a empresa optou por não dar continuidade ao processo de publicação, devido às críticas à obra e a autora. Em obras passadas de Koyoma, havia presença de assédio sexual e misoginia que demonstravam sua posição sobre o assunto, além do fato de Seiri-chan ser uma obra que antropomorfiza a menstruação, o que é considerado um tema “delicado” nas palavras do site americano.
Quase desconhecido no ocidente, Seiri-chan ficou em evidência um tempo atrás devido às notícias de uma adaptação em live action e a “estranheza” da história. No ocidente, o mangá começou a ser publicado nos Estados Unidos em junho de 2019 pela editora Yen Press e foi anunciado na Itália pela editora Star Comics, onde será publicado agora em 2020.
Não é a primeira vez que um mangá é cancelado em algum país antes do lançamento por questões intra e extra-ficção. Um caso clássico e bastante conhecido é o de Nymphet (Kodomo no Jikan), de Kaworu Watashiya, ocorrido em 2007 nos Estados Unidos pela editora Seven Seas.
A empresa licenciou a série sem ter conhecimento total do conteúdo do mangá e decidiu cancelar ao ver que obra era totalmente inapropriada para o mercado americano, com cenas um tanto quanto “estranhas” por assim dizer, envolvendo uma criança e seu professor, embora não tenha exatamente um conteúdo explícito. Ou seja não era uma obra hentai, mas tinha forte sugestão de erotismo entre um adulto e a uma criança, o que não teria realmente espaço no mercado estadunidense. Por isso, a empresa cancelou a publicação.
Anos depois, porém, a obra até seria lançada em inglês pela Digital Manga Publishing, após uma campanha de financiamento coletivo.