Comentando os mangás anunciados pela JBC

O que desejo ou não comprar

Entre os dias 24 e 31 de maio, a editora JBC realizou o seu evento online, o JBC Festa, em que a empresa comemorou os 20 anos de mangás pela empresa. Durante o evento também foram realizados anúncios de títulos novos e outras novidades.

No post de hoje vou comentar os anúncios e dizer o que pretendo ou não comprar.


A Princesa e o Cavaleiro


O primeiro anúncio aconteceu na segunda-feira, a republicação de A Princesa e o Cavaleiro, de Osamu Tezuka. Esse anúncio já era bastante esperado por parte do público, tendo em vista umas brincadeiras que a editora JBC havia feito em seus vídeos que indicavam o seu retorno proximamente. No evento ele foi confirmado.

A nova edição brasileira compilará todo o conteúdo em dois volumes e virá no formato 17 x 24 cm, terá miolo em papel offset 90g, e capa cartonada com sobrecapa, similar aos mangás do selo Tsuru, da Devir. Ainda não tem uma data certa, mas deve começar a sair ainda este ano.

Conheço A Princesa e o Cavaleiro por causa do anime que vi na época em que eu utilizava os sites “alternativos” por falta de material oficial, mas o mangá eu nunca cheguei a ler, apesar de já o ter visto algumas vezes em sebo e ter podido comprar.

A nova versão está no meu radar, mas esse eu só vou conseguir comprar em boas promoções, pois imagino que virá a um valor elevado e que não se encaixe dentro do meu orçamento.


Kamen Rider Kuuga


O primeiro anúncio da terça-feira foi o mangá Kamen Rider Kuuga, de Toshiki Inoue e Hitotsu Yokoshima. Eu conhecia ele apenas de nome por vê-lo no site da Hero’s (Ultraman; Coyote; Rooster Fighter), mas achava meio difícil de aparecer no Brasil por causa da quantidade de volumes (mais de 10) e seu anúncio foi uma surpresa para mim.

A edição brasileira ainda não teve muitos detalhes revelados, mas a empresa comentou que ele será lançado em formato BIG (compilando dois volumes japoneses em apenas um). Ainda não há data para começar a ser lançado.

Fora a sinopse e o nome dos autores, eu não conheço nada sobre o título. Durante as lives da JBC Festa foi falado muito sobre essa obra, a origem dela na série de televisão e tudo mais. Só que para quem não é fã da franquia foi como se fosse falado para o vazio, de modo que não apreendi o que foi dito.

Então, assim como os Kamen Rider’s da NewPOP, o da JBC também está completamente fora dos planos. Finalmente a JBC anunciou um mangá este ano que eu não pretendo comprar^^.


My Broken Mariko


O segundo anúncio da terça-feira foi My Broken Mariko, de Waka Hirako. Volume único, esse mangá ganhou o 24º Japan Media Arts Festival Awards, na categoria New Face Award reservada para artista revelação.

A edição brasileira virá no formato 15 x 21 cm, com miolo em papel pólen bold e capa cartonada com orelhas e verniz localizado. Ainda não há data para ele ser lançado, mas deve ocorrer ainda este ano.

Eu já tinha ouvido falar desse mangá algumas vezes nas redes sociais, com a divulgação dele feita por pessoas estrangeiras, tanto no Twitter, quanto no Instagram. Era uma obra que estava agradando muito as pessoas e deixou ele no meu radar, mas acabei não lendo.

O anúncio pela JBC foi uma completa surpresa e eu pretendo comprá-lo na pré-venda. Pela sinopse realmente parece um dos melhores títulos do ano.


Buda


O anúncio de quarta-feira foi a republicação do mangá Buda, de Osamu Tezuka. A vinda desse título era esperada por muita gente, mas as pessoas achavam que a obra acabaria nas mãos da Pipoca & Nanquim ou de alguma editora mais alternativa. Sair pela JBC foi uma surpresa.

A nova versão brasileira compilará os 14 volumes originais em apenas 8 e virá no formato 17 x 24 cm, com miolo em papel offset e capa cartonada com sobrecapa. Ainda não há data certa para o início da publicação, mas ele deve sair no terceiro trimestre, talvez em agosto se tudo der certo.

Muito embora esse seja um título de destaque do autor (e uma das obras publicadas no Brasil mais adoradas) eu não nutro nenhum sentimento para com ela, visto que não tive a oportunidade de ler. Então na minha mente existe um misto de “legal, conseguirei comprar mais facilmente” com “poderiam ter trazido um título inédito do autor”.

Ainda não estou certo de que irei comprá-lo mesmo, mas de todo modo, esse é um mangá que – se eu for comprar – eu só conseguirei comprar em boas promoções, pelo mesmo motivo de A Princesa e o Cavaleiro.


Soul Eater – Perfect Edition


Na quinta-feira, a editora JBC anunciou o relançamento de Soul Eater, dessa vez baseado na nova versão japonesa da obra (a Perfect Edition) que reduz os 25 volumes originais para apenas 17.

Publicado no Brasil no passado pela própria JBC, a obra deve retornar ainda este ano, mas até o momento nenhum detalhe foi divulgado sobre ela.

Creio que Soul Eater dispensa apresentações e comentários e é um título que eu irei TENTAR adquirir. Por falta de renda na época, deixei passar a primeira versão brasileira e depois não tive a oportunidade de conseguir a coleção completa. Agora que vai ser relançado é uma chance de comprar.

O problema mesmo é o de sempre: sobrar dinheiro. Este ano tem muitas obras que estou interessado, então tenho que colocar as coisas na balança. Acho que comprarei o primeiro volume no lançamento e o resto apenas em promoções.


Final Fantasy Lost Stranger


Na sexta-feira, a editora JBC fez seu último anúncio de mangá. Final Fantasy Lost Stranger, de Itsuki Kameya e Hazuki Minase. A obra é um isekai sobre um fã da famosa série de videogames que arranja um emprego na Square Enix para conseguir trabalhar em um jogo da franquia, mas acaba sendo atropelado e indo parar dentro do mundo da série, tendo que se virar dentro do novo mundo.

A obra ainda está em andamento no Japão, atualmente com 7 volumes publicados. A JBC ainda não deu detalhes da edição brasileira, mas o mangá deve começar a sair por aqui ainda em 2021.

A maioria das pessoas nem sabia da existência desse mangá, mas eu já o conhecia de nome por ficar observando os mercados de mangás estrangeiros. Esse me parecia um título que viria em algum momento para o Brasil, mas eu imaginava ele pela Panini, veio pela JBC.

Apesar de ser pouco conhecido, muitos fãs da franquia (e de isekais) ficaram animados com a obra após ler a sinopse. Como fã de isekai fiquei interessado e devo acompanhar esse mangá assim que ele sair.


Além de anúncios de mangás, a JBC ainda divulgou três novidades. A primeira foi Héros Américains, de  Yuri Moraes e Amilcar Pinna, um quadrinho nacional que virá pela JBC por seu selo Start. Particularmente não me chamou a atenção e não pretendo comprar.

A segunda novidade foi um projeto que ainda está pendente de aprovação final. A editora JBC planeja trazer ao Brasil a história que Mauricio de Sousa fez para a Tezucomi, a revista em homenagem aos 90 anos de Osamu Tezuka, que saiu no Japão anos atrás. A obra em questão é baseada em A Princesa e o Cavaleiro. Caso se concretize, pretendo adquirir, sim.

Por fim, a editora JBC anunciou o Projeto H, um livro compilando as melhores matérias, entrevistas e curiosidades da revista Henshin!, editada pela JBC no início dos anos 2000. A ideia é lançar um livro em ebook e em Impressão Sob Demanda (POD) e se ela for abraçada pelo público, outros livros virão. Ainda estou indeciso sobre a edição impressa, mas devo ficar com a digital.

12 Comments

  • musck29

    Vou pegar apenas My Broken Mariko por ser volume único, não estou tão contente com o trabalho recente da jbc, em especial com essa nova estratégia de lançar dois volumes por vez de cada título.

  • Mugi-chin

    Tô achando que muita gente vai se decepcionar com Mariko. Não vou ficar falando pra não dar spoiler, mas não achei “essa Coca-Cola toda” que falam.

    Tenho 2 receios com a JBC:

    1- Prazos. Geralmente não cumprem e depois lançam tudo de uma vez na sua cara! Kkkk

    2- Acho que os editores estão saudosistas demais, trazendo muita coisa baseada nos gostos pessoais e não no que o mercado está a fim de absorver, mas…

    Por outro lado, os mangás da JBC não “somem” como os da Panini.

    Eu estava comentando esses dias num grupo de amigos: tem tanto mangá famoso esquecido que a Panini nem olha e que poderiam ser lançados pela JBC tranquilamente… Sinbad no Bouken, Sensei no Bulge, Rave Master, Cowboy Bebop (relançamento bonitão num volume só), Natsume Yuujinchou, Mushishi, Tegami Bachi, Aho Girl, No Score Girl, Gon (relançamento num formato maior em uns 2 ou 3 volumes), Medaka Box, vixi, a lista vai longe. Mas enfim…

    Dessa leva pretendo pegar Buda, Princesa e o Cavaleiro e talvez Soul Eater, vai depender um pouco das datas de outros títulos.

    • Chrno

      Rave Master está sendo estudado pela JBC, mas se vier infelizmente vai ser formato BIG (não cogito wideban, nem kazenban, mas vai saber) pela quantidade de volumes. E também quem tem os direitos do Hiro Mashima é a JBC então a Panini não vai trazer o mangá pra cá (como acontece no México).

      O que você acha que o publico está com vontade de consumir? Por que eu não vejo gosto pessoal nisso.

  • Dos anúncios Panini nenhum me interessou, nem de longe. E destes da JBC só interessou o de Final Fantasy, pela franquia, e vai depender do preço pra levar. Que diferença pra quem, em tempos passados, colecionava 12 ou mais séries em paralelo!

  • MrSouzaR

    Desses aí, só vou pegar A Princesa e o Cavaleiro e My Broken Mariko. Se os mangás ainda tivessem um preço de capa acessível e se Buda viesse em formato tanko, eu pegaria, mas nas condições atuais e nesse formato, passo. O resto não me chamou atenção.

  • JBC fez tanta live pra 3 republicações, 2 mangás desconhecidos 1 quadrinho nacional e 2 projetos que podem nem sair…

    A Conrad deve sentir uma agulhada toda vez que anunciam algo que ela publicava nos tempos áureos, mas fez cagada e quebrou… Logo, logo, só vai faltar republicar os Manhwas da Conrad!

  • CAIO B.

    Buda é um dos melhores mangás que eu li na vida, eu tenho a edição da Conrad e vou comprar o da JBC, dos outros lançamentos vou levar a Princesa e o Cavaleiro e My Broken Mariko.

  • Gabriel

    Sobre Soul Eater, a história é diferente? Porque essa diferença de volumes?

    • É a mesma história.

      É comum, no Japão, os mangás serem relançados em outros formatos. Então, em vez dos volumes terem umas 200 páginas, eles lançam com mais páginas cada volume e diminuem a quantidade deles. Ou seja, no caso de Soul Eater todo o conteúdo dos 25 volumes está contido nos 17.

  • Dessa leva pretendo pegar as obras do Tezuka, mas tem tanta coisa na fila que provavelmente só vou olhar pra essas obras daqui a uns anos
    Os outros anúncios passaram batido pra mim, não estou com cabeça pra obras como Mariko, não gosto do final de Soul Eater, isekai pra mim só se for pra zuar isekai e Kamen Rider nem nunca vi

  • Zeno Luz

    “Por falta de renda na época, deixei passar a primeira versão brasileira e depois não tive a oportunidade de conseguir a coleção completa.” Kyon resumiu a minha situação quando Soul saiu. Tentarei pegar agora. Mariko é compra obrigatória.

  • Rael

    Levo My Broken Mariko (melhor anúncio do ano junto com Haikyuu, Silver Spoon e Dorohedoro), tô curiosíssimo pra conhecer Buda e talvez eu compre Soul Eater (tô conhecendo a história através do anime disponível na Funimation. O mundo é bem instigante e os personagens até agr, ep4, são bem carismáticos. Só não gostei do ecchi desnecessário).

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