Veja como está o mangá
Mangá Aberto é uma nova coluna de resenhas aqui do blog em que mostraremos a edição física de um mangá, geralmente um lançamento. O nome advém de um antigo blog em língua espanhola que fazia exatamente isso^^.
A ideia é apresentar aos leitores exclusivos do blog o que já fazemos em nossas redes sociais, mostrar fotos do mangá acrescentando alguns detalhes sobre as obras e opiniões. A postagem de hoje será sobre a nova edição brasileira de Solanin, mangá lançado no Brasil pela editora L&PM em junho de 2023.
Com este post você poderá ver se você, que já tem a edição antiga, precisa trocar pela nova, se o acabamento está bom, como está o texto, etc, etc, etc, etc.
DETALHES SOBRE A OBRA
Solanin é um mangá de autoria de Inio Asano e foi publicado originalmente no Japão entre 2005 e 2006 nas páginas da revista Young Sunday, da editora Shogakukan, sendo concluído em um total de 2 volumes. Em 2017, a obra ganhou uma republicação compilando os dois volumes originais em apenas um, adicionando também um epílogo (o capítulo 29) e o especial “Chegue Logo, Primavera”.
No Brasil, o mangá foi lançado originalmente pela editora L&PM entre novembro e dezembro de 2011, seguindo a edição original de dois volumes. A obra ganhou reimpressões ao longo dos anos, a última delas no fim do ano passado. No início deste ano, a editora anunciou uma nova edição, seguindo a mais recente versão japonesa. O lançamento ocorreu nos primeiros dias de junho de 2023.
FORMATO DA EDIÇÃO BRASILEIRA
A nova edição brasileira de Solanin veio no formato 15 x 21 cm. Esse é um tamanho similar à nova edição japonesa e é maior que os mangás em formato padrão das editoras JBC e Panini.
Em termos de altura, ele é do mesmo tamanho de Jovens Sagrados e das novas edições de Cavaleiros do Zodíaco – Episódio G, Neon Genesis Evangelion e Paradise Kiss, dentre alguns outros títulos.
A obra vem em capa cartão com orelhas, com miolo colado e costurado. O papel utilizado não foi divulgado, mas parece ser o pólen. Ao todo são 468 páginas, das quais 4 delas são coloridas em papel couchê.
CAPA, QUARTA-CAPA E LOMBADA
A capa da edição brasileira possui a mesma ilustração da versão original japonesa, com uma menina em um campo, com um trem passando ao fundo. É uma ilustração contínua que passa pela lombada e chega até a quarta-capa. Se trata de uma ilustração que eu considero muito bonita e que combina (ou contrasta?) com certas mensagens que o mangá quer passar.
Muitos consumidores brasileiros não gostaram dessa capa quando ela foi divulgada, mas particularmente eu achei ela ok. Se eu tivesse que mudar alguma coisa, eu apenas a deixaria um pouco mais minimalista, com a diminuição da inscrição “volume único”, por exemplo.
Em termos de acabamento ela é uma capa cartão padrão, com a mesma consistência da maioria dos mangás e livros no Brasil. Além disso, possui orelhas.
Orelha de um livro, para quem não sabe, é um “esticamento” da capa que fica dobrada por baixo dela. É um item que costuma ser opcional em mangás, mas é bastante utilizado em livros por ajudar a proteger a capa, dando um melhor acabamento.
Nas orelhas de Solanin temos informações sobre a obra – história, indicações a prêmios, adaptações etc – e sobre o autor.
A quarta-capa (esse é o nome que se dá a parte de trás do mangá) de Solanin temos a já mencionada continuação da ilustração, juntamente com diversos elementos colocados pela editora como o código de barras e o logo da empresa, além de diversas informações gerais sobre a obra, como as vendas pela mundo e o que tem de novo nesta edição. Entendo, porém, que faltou uma sinopse nela.
ENTRETANTO, talvez isso não seja um problema para esse mangá. Nas livrarias que frequento e já frequentei, os livros da editora L&PM não são lacrados e sempre ficaram todos abertos ao público, de modo que qualquer um poderia dar uma folheada sem compromisso.
Se for esse caso e, já que tem uma sinopse na orelha do mangá, então tá tudo certo, não tem problema de não ter uma na quarta-capa. Só fica sendo ruim se alguma loja deixar todos os exemplares do mangá lacrados, pois pode significar a perda de uma venda para algum consumidor que, por ventura, não conheça o mangá.
Agora falando da lombada do mangá, acho-a também bonita, mas creio que ficaria bem melhor se não tivesse a inscrição “Volume Único”. Eu entendo o uso dela como desambiguação – afinal a editora também manteve a versão em dois volumes no catálogo -, mas acho que na lombada não precisava. Em suma, não ficou ruim, mas poderia ficar melhor.
CAPAS INTERNAS
Capas internas é como se chamam, justamente, as partes internas atrás da capa e da quarta-capa, no interior do produto. Em muitos mangás publicados no Brasil elas são coloridas ou tem alguma coisa (um desenho, um quadrinho, a palavra do autor), mas o normal mundo à fora e que nenhum mangá tenha isso e as capas internas sejam totalmente brancas.
Particularmente, eu prefiro que as capas internas sejam brancas mesmo e que elas só sejam coloridas em casos bem específicos, como em edições em capa dura, por exemplo.
PAPEL
A editora L&PM não divulgou o papel utilizado no miolo do mangá, mas por suas características ele parece ser o pólen (e se não for é algum da mesma família e com a mesma qualidade). Trata-se de um papel de cor creme, muito bonito, e que não cansa os olhos na hora da leitura. É um papel bastante usado em livros por causa disso e costuma ser do agrado do público leitor.
Sobre a edição de Solanin, eu achei o papel muito bom, destacando a arte do autor, permitindo uma leitura muito prazerosa da obra. Além disso, notei pouca ou nenhuma transparência nas páginas, de modo que é uma edição realmente bem feita, como qualquer consumidor gostaria de ver em todos os mangás.
Embora o papel usado no miolo seja o pólen (aparentemente), a editora também usou um outro tipo de papel em sua composição, o couchê. Ela o utilizou em apenas quatro paginas no mangá, nas quatro primeiras, por serem coloridas.
O couchê é um papel mais brilhoso e macio, que “desliza” ao passar a mão e é corriqueiramente usado para páginas coloridas mesmo, tanto por editoras brasileiras, quanto estrangeiras. Elas fazem as artes coloridas ficarem mais bonitas e intensas. Achei o resultado final muito bom.
ACABAMENTO GERAL
Pelo que foi falado até agora, o acabamento geral de Solanin parece ótimo, não é mesmo? E realmente é. Além de ter capa cartão com orelhas (o que por si só dá um charme a mais à edição), ele possui miolo colado e costurado, de modo que seu manuseio fica muito mais fácil, podendo abrir e folhear o título bem mais do que na maioria dos mangás publicados no Brasil.
Isto é, a encadernação do mangá é ótima, fazendo com que você não tenha nenhum problema para ler e ver cada detalhe do mangá. De igual modo, os papeis utilizados no mangá também são ótimos, não tendo nenhum demérito. Em resumo, o acabamento de Solanin é muito bom.
TEXTO E DETALHES EDITORIAIS
A L&PM não é uma editora muito ativa no ramo dos mangás, então é natural que o público consumidor tenha uma maior dúvida em relação ao texto e aos aspectos editoriais. Em razão disso, falaremos disso um pouco mais detidamente.
Tradução e Adaptação
Em primeiro lugar, a tradução e a adaptação da editora L&PM é uma muito boa, extremamente bem feita, conseguindo fazer o texto em português ficar impecável no sentido de inteligibilidade e legibilidade. Assim, ele é bastante coeso e coerente, de maneira que qualquer pessoa pode ler o mangá sem se sentir perdido.
O texto da editora também elimina todo e qualquer termo japonês desnecessário, ficando apenas aqueles imprescindíveis e que não tem tradução ou que estão incorporados ao nosso idioma. Assim, termos como “hashi” são mantidos, enquanto honoríficos (que são dispensáveis e adaptáveis em 99,99% dos casos) não existem no mangá, fazendo com o texto em português fique o mais puro possível.
Se eu tivesse que fazer alguma crítica ao trabalho de adaptação da editora é o fato de não ter algumas notas de rodapé explicativas, mas isso é um excesso de zelo de minha parte. No quadrinho acima, por exemplo, embora o leitor possa não saber o que é “nikuman”, o contexto deixa claro que se trata de algum tipo de alimento. Uma nota de rodapé, então, só serviria para complementar o conteúdo. Então não chega a fazer falta.
Revisão
Agora em termos de revisão de texto nós encontramos os primeiros problemas nesse mangá. Eu notei dois erros de revisão durante a leitura da nova edição Solanin, um “qui” em vez de “aqui” em uma certa passagem e um “menos espera” no lugar de “menos esperar” em outra. Vejam a seguir:
Esses erros representam um problema daqueles. Se de um lado já é ruim ver erros de revisão em um mangá, por outro é pior ainda saber que eles vêm da primeira versão da obra. Sim, pois, esses mesmos equívocos se encontravam na edição original de Solanin, lançada pela L&PM em 2011.
Então, não houve uma revisão total do texto para a nova edição brasileira, o que acaba sendo um grande demérito da nova edição.

Mudanças?
Apesar desses erros terem passado, o texto da nova edição de Solanin não é totalmente o mesmo da primeira. Em uma comparação por alto, quase a totalidade do texto é idêntica mesmo, não tendo havido mudanças, mas existem diferenças aqui e ali, tanto de tradução, quanto do tratamento dado pela editora a algumas coisas.
Existe uma fala que foi retraduzida no início, existe uma nota de rodapé onde antes não tinha. Além de algumas mudanças no tratamento de palavras estrangeiras, com uma formatação diferente, dentre diversas outras coisas.
ONOMATOPEIAS
Ainda falando de texto, uma coisa que é igual nas duas edições brasileiras de Solanin é o trato com as onomatopeias. As onomatopeias são – simplificadamente – elementos que representam sons nos quadrinhos, como uma batida, passos, a chuva, dentre outras coisas.
Normalmente, as editoras brasileiras mantém a onomatopeia original japonesa e colocam uma legenda discreta, mostrando como seria ela em português. A L&PM também mantém a onomatopeia original e coloca uma legenda, mas a legenda é grandinha e destaque, como se fosse uma outra onomatopeia.
Isso é apenas uma escolha, há quem goste assim, há quem não goste. Para quem está acostumado com o padrão – principalmente da Panini – pode estranhar esse modo inicialmente.
MAIS DETALHES EDITORIAIS
Falar de texto também significa falar do modo como a L&PM editou os textos dentro do mangá. E aqui nós temos o grande problema da editora. Nos mangás lançados no Brasil, o texto dos balões costuma ser muito bem editado, com um tamanho de fonte bem adequada ao tamanho do quadrinho. Eles não costumam ser pequenos demais ao ponto de atrapalhar a leitura e nem grande demais ao ponto de ter um destaque maior que o desenho (via de regra, há exceções). Além disso, eles são bem dispostos ao longo dos quadrinhos.
Os mangás da L&PM destoam disso. A fonte usada nos balões costuma ser maior que a usual e rotineiramente ela é mal diagramada, de modo que as palavras e frases encham demais os balões, não fiquem centralizadas, e, algumas vezes, até beirem para fora deles (é possível ver isso em algumas imagens mostradas anteriormente). Quem lê muitos mangás – mesmo que não saiba identificar o que está errado – consegue notar com exatidão que existem problemas e o estranhamento acaba sendo natural.
Isso não é algo de agora, acontece com os mangás da editora desde que ela começou a publicá-los. Em relação a Solanin, comparando a nova edição com a antiga, a gente nota que a nova versão possui algumas partes em que diagramação é pior, com o texto ocupando um espaço muito maior do que no lançamento original.
Nas imagens abaixo, por exemplo, você poderá ver que o texto à esquerda, na primeira publicação, termina antes (acima do joelho do sapo), enquanto na nova ele termina depois (perto do pé do sapo). Isso faz com que a imagem, a arte de Inio Asano, fique prejudicada, pois o texto atrapalha vermos mais ela.


Para além disso, para terminar o combo dos problemas, a L&PM manteve alguns caracteres japoneses no mangá, deixando uma imagem poluída em certas passagens do volume.
Explico: algumas vezes, existe um pequeno texto fora dos balões de fala e que não são onomatopeias (alguma fala de um personagem, por exemplo). As editoras – normalmente – apagam esse texto em japonês e o traduzem para o português. A L&PM, por outro lado, manteve essas inscrições em japonês e colocou a tradução ao lado. Vejam um exemplo:
Como é possível ver, fica bem ruim, com um texto se sobrepondo ao outro, além de deixar poluído o quadrinho, como falamos antes. Isso também é algo vindo da edição antiga e, novamente, em uma comparação com nova, notamos até mesmo um erro maior na nova edição. Em uma certa passagem, por exemplo, o texto em português fica totalmente sobreposto com o japonês, sendo difícil de ler. Vejam a seguir a comparação:


Então não houve um cuidado por parte da editora nesse aspecto, o que o faz ser mais um dos deméritos dessa nova edição de Solanin.
OS EXTRAS DA NOVA EDIÇÃO
O destaque da nova, além do tamanho maior, são os extras. Eles constituem diversas novas ilustrações que estão espalhadas por todo mangá entre um capítulo e outro, além de quatro páginas coloridas, estas no início do mangá.
Em termos de texto, nós temos um posfácio do autor que é muito divertido de ler, e duas histórias em quadrinhos “novas”. Uma delas é o capitulo 29 do mangá, um epilogo que se passa uns 10 anos depois da história e não tem não tem na primeira edição, sendo exclusivo dessa nova edição. A outra é um conto chamado “Chegue Logo, Primavera” que é uma historinha com outros personagens, mas que se passa no mesmo local dos acontecimentos de Solanin. Até então, essa história só tinha sido publicada no Japão em um artbook de Inio Asano.
Essas histórias – juntamente com o posfácio do autor – é que são o grande charme da edição para quem já é fã de Solanin, pois faz com que você tenha um conteúdo extra adicional de uma obra que você gosta e que não teria com a outra edição.
De maneira geral, “Chegue Logo, Primavera” é uma historinha bem bobinha, que serve apenas como um plus na apreciação da obra. Já o epílogo muda um pouco a sensação da obra original, talvez porque o autor amadureceu, talvez porque os próprios personagens agora cresceram, mas a essência ainda permanece…
O PREÇO E UMA CONCLUSÃO
A história de Solanin dispensa apresentações, mas se você não a conhece e não sabe o que esperar, a gente fez uma resenha dela muito tempo atrás (clique aqui para ler). Então, pela história, a gente recomenda o mangá sem sombra de dúvida, pois ela vale muito a pena de verdade.
Aqui, porém, devemos falar dessa nova edição da editora L&PM. De um lado, nós temos o acabamento físico da obra, que é uma baita edição, tamanho grande, bom papel, capa cartão com orelhas, miolo colado e costurado, etc. Não há o que reclamar. Por outro lado, nós temos os detalhes editoriais (revisão, diagramação) que não ficaram muito bons nessa edição. Coloca tudo isso na balança e vejamos que o preço sugerido é R$ 99,90, uma fortuna para grande parte da população brasileira.
Em termos de acabamento, o preço está dentro da média do mercado atual. É um volume de mais de 400 páginas e um bom acabamento, então R$ 99,90 é um preço que está dentro da realidade. É só ver, por exemplo, que Gon saiu R$ 79,90, com características parecidas com Solanin (tipo de papel, capa com orelhas, miolo costurado), mas muito menos páginas que o mangá da L&PM. O problema aqui é que os detalhes editoriais negativos pesam… e muito.
Assim sendo, a recomendação pela história de Solanin permanece e eu recomendo que todos deem uma chance à obra. Entretanto, o ideal é ir na versão de dois volumes, que ainda está disponível. Custa menos e você conseguirá aproveitar uma boa história de verdade.
Para quem já conhece a história e gostaria da nova edição pelos extras, saiba que eles não são imprescindíveis. Realmente, o epílogo dá uma outra faceta à história, mas mesmo assim não existe a necessidade de se lê-la. Logo, você não precisa trocar sua edição antiga pela nova.
Entretanto, se você é (assim como eu) muito fã da obra e de Inio Asano, esses extras são necessários e a edição da L&PM precisa fazer parte da sua coleção, independente de qualquer coisa. Porém, agora vocês já viram como está o mangá, vocês já sabem os pontos positivos e os pontos negativos, então creio que concordarão comigo que o ideal é esperar uma boa promoção mesmo.
Ficha Técnica
Título Original: ソラニン 新装版
Título: Solanin – Volume Único
Autor: Inio Asano
Tradutor: Drik Sada
Editora: L&PM
Número de volumes no Japão: 1 (completo)
Número de volumes no Brasil: 1 (completo)
Dimensões: 15 x 21 cm
Miolo: Papel pólen (?)
Acabamento: Capa cartão com orelhas
Páginas: 468
Classificação indicativa:
Preço: R$ 99,90
Onde comprar: Amazon
Sinopse: Meiko e Taneda são um casal de jovens que divide um apartamento em Tóquio. Ela trabalha como secretária em um escritório, e ele faz bicos num escritório de design. Sem objetivos muito bem definidos e em meio ao dia a dia na megalópole, buscam seu espaço em um mundo que exige cada vez mais de cada um deles. Enfrentam, da melhor forma possível, os dilemas do início da vida adulta. Precisamos mudar para dar conta dos novos desafios? E mudar completamente – ou é possível manter acesos os sonhos da juventude, de música e liberdade?
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Que projeto gráfico pobre, parece até os trabalho de colégio que eu fazia na 5°Série e ainda por cima cobrando o mesmo valor de um Monster Kanzenban que nem chega aos pés. Quando tiver uma promoção boa talvez eu pegue TALVEZ !!!! kkkkkkkk
Vou ficar com minha versão antiga mesmo, ainda mais sabendo dessas falhas editoriais.
Mano, realmente tem uns erros grotescos na parte editorial que me fez ficar boquiaberto de terem a cara de pau de cobrar 100 reais e entregarem desse jeito. Além disso, a lombada, a capa e a quarta-capa poderiam ser muito mais bonitas, ou pelo menos mais minimalistas, como você disse, já ia ajudar muito. Colocar “Volume único” escrito gigante e ainda colocar “traduzido por Drik Sada” que é uma informação importante, mas totalmente desnecessária de estar na capa, sério… fiquei irritado kkkkkk
Eu tenho a versão antiga lacrada ainda, e não me decidi se me desfaço e pego essa, por causa de tudo isso, mas o que mais me incomoda na antiga é que é muito pequeno o mangá. Se essa versão não tivesse ficado tão genérica por fora, e ainda por cima mal revisada, eu teria pego sem reclamar (na promoção, é claro).