Venha saber o porquê de você precisar ler esse mangá…
Todo leitor assíduo de mangás chega a um ponto em que consegue reconhecer qual a editora japonesa que publicou aquela obra shounen/seinen apenas pela história. As formas de publicação e de pressão nos autores são tão diferentes que os resultados são completamente únicos, mas de alguma forma familiares.
「Ajin」 é um caso desses. Ao ler, aquela vozinha no fundo da sua mente sussurra “Kodansha”. De fato, assim como 「Ataque dos Titãs」, 「Ajin」representa uma “nova forma” de se fazer mangá que vem cada vez mais dando muito certo para a Kodansha.
“Uma nova forma”? Não, na verdade, uma volta às raízes. Durante anos o mangá que antes era obras-prima e a alma de seus criadores foi cada vez mais sendo deturpado pela necessidade de agradar os leitores e vender mais. Sistemas imediatistas de votos que começam do capítulo 1, não, dos pilotos (capítulos únicos de teste de ideias), e criam uma pressão de seguir e se moldar ao que é pedido, ao que o consumidor quer.
Mas será que o consumidor sabe o que quer? Uma boa história é necessariamente formada apenas de capítulos que agradam o leitor naquele instante?
A Kodansha, que há anos está nas sombras de sua rival Shueisha, em algum momento se tocou de algo muito óbvio: não, as pessoas não sabem o que querem. Afinal, como podem querer algo que ainda não foi criado e que sequer imaginam poder existir?
Nesse momento a editora fez exatamente o contrário de sua concorrente. Uma vez que tenha aprovado as ideias e roteiros do autor, ela permite que ele trabalhe sua história livremente, sem pressão de editores e leitores. Nas palavras do autor de 「Ataque dos Titãs」: “eles deixam que eu crie a história como eu quero”.
Livres para se expressarem como querem, os autores dão vida a coisas que não sabíamos que queríamos ler. Utilizando-se de técnicas de narração e coesão de enredo que vemos na literatura mundial, coisas impossíveis de existir num ambiente de constante adequação ao público.
「Ajin」 é fruto de tudo isso, uma obra que jamais existiria na Jump, uma obra cujo primeiro capítulo talvez nem te interesse, mas que em determinado momento vira obsessão.
Sobre a obra
『Ajin』 é um mangá criado por Gamon Sakurai e Tsuina Miura, e começou a ser serializado em julho de 2012 na revista mensal seinen 「good! Afternoon,」 da editora Kodansha.
A 「good! Afternoon」 é irmã da 「Afternoon」, também mensal, com a diferença de que a primeira geralmente tem histórias um pouco mais pesadas. A revista não possui muitos hits e Ajin é o primeiro licenciado no Brasil, mas podemos citar os mais ou menos conhecidos 「Witch Craft Works」 e 「Junketsu no Maria」 (ambos com anime).
Em 2014 a obra passou também a ser publicada pelo Crunchyroll, em inglês, disponível para brasileiros e várias outras nacionalidades alguns dias depois do lançamento do capítulo no Japão.
Possui atualmente 7 volumes no Japão, sendo que o volume 8 já está previsto para o final de abril. São lançados em média dois volumes ao ano e parece que a história deve ser concluída com mais ou menos 10 volumes. Possui atualmente 38 capítulos, lançados por volta do dia 5 todo mês.
Narração e desenho
Não há nada de “novo” na narrativa de 「Ajin」, muito pelo contrário, há muita coisa resgatada. Assim como seu primo, 「Ataque dos Titãs」, cada novo capítulo levanta mais perguntas do que responde.
Como todo bom romance, o leitor entra na história nu, ignorante de tudo, sem conhecer os personagens, seus passados, suas intenções ou “verdades”. Por todo lado são deixados pequenos ganchos que serão retomados posteriormente, alguns muito difíceis de se reconhecer como tal.
Todos esses ganchos juntos criam uma coesão narrativa, recheada de diversos mistérios, suspenses e reviravoltas. É claro que nada disso valeria muito se o autor não fosse criativo e conseguisse criar situações e soluções interessantes e inteligentes, surpreendendo o leitor.
Isso não significa, entretanto, que a obra seja perfeita, existem situações clichês ou simplesmente óbvias demais; momentos mal aproveitados e decisões duvidosas, mas que no total não tira o mérito.
***
「Ajin」 surpreende também por causa do traço e qualidade artística. Com cenas claras e dinâmicas, o autor utiliza bastante de mudanças de angulação, zooms e diferentes perspectivas – todas aquelas ferramentas cinematográficas típicas de mangá.
É muito fácil de ver como o autor utiliza e muito bem tais ferramentas, criando cenas e quadros de pontos de vista únicos.
O problema de movimentar sua “câmera” livremente assim é que muitos autores perdem a noção de anatomia e aquela sensação 3D da imagem. Mas o autor de 「Ajin」 não desaponta e desenha todas as posições com maestria, note nas imagens ilustrativas como a anatomia e perspectiva chamam a atenção com desenhos claros e bem detalhados.
E isso é algo que você simplesmente não consegue passar para o anime e que torna o mangá uma leitura obrigatória para os fãs.
Outra coisa que não dá para não falar são as expressões faciais realistas e que não se utilizam de nenhum destacador (fundo, onomatopeias, linhas de apoio) para te passar o recado (confira nas imagens mais abaixo).
Aqui vem um dado interessante, o autor usa quase que exclusivamente onomatopeias, sons de verdade, no mangá. E mesmo elas não são tão presentes assim. Ficando mais concentradas nas cenas de ação, o autor confia nas expressões e arte para passar o recado. Você não vai encontrar aquelas páginas carregadas de gitaigos e gijougos para destacar ações e sentimentos, geralmente muito presentes nos shounens.
Vale a pena comentar que o autor claramente se utiliza de fotos reais para produzir tais desenhos, com o caso abaixo onde foi utilizada uma foto de Hugh Laurie. Uma prática super comum na verdade e que vive causando polêmica aqui e ali (como as fotos da NBA utilizadas em 「Slam Dunk」 e as capas de 「No Game No Life」).
Mas, sendo honesta, o que mais curto na arte é o óculos do personagem Tosaki. (Sim, cada um com suas loucuras.) Mas a magia desse óculos não está no design… “singular”, mas como o autor o utiliza para permitir certas angulações sem tapar os olhos do personagem. Muito criativo! ^^
Universo de 「Ajin」
「Ajin」, assim como vários mangás, se passa no Japão. Em quase todos os aspectos é um mundo exatamente igual ao nosso, com um único pequeno adendo: a existência dos Demi-Humans (Ajin).
Descobertos há 17 anos, os demi-humans são muito similares aos humanos comuns, mas há algo de especial neles que os impedem de morrer. De fato, toda vez que “morrem” seu corpo é regenerado ao seu estado “perfeito”. Além disso, devido a esse “algo”, os demi-humans são capazes de materializar uma “criatura” com características próprias como aquelas das capas, que lembra uma mistura de múmia com sombras. Toda essa característica especial é um dos grandes mistérios da obra, por isso não vou entrar em muitos outros detalhes.
「Ajin」 então seria a história de “imortais” que podem criar “criaturas”? Parece um exagero de poderes, não? Todo esse poder vem imerso em limitações e singularidade, cada ajin tem habilidades únicas que diferem um dos outros. E por mais poderosos que sejam, também são frágeis e vulneráveis como qualquer outro humano, suas habilidades não lhe conferem invencibilidade, apenas imortalidade.
Nesse ponto, novamente lembra muito Eren, de 「Ataque dos Titãs」, onde seu poder simplesmente não é a resposta para todos os problemas e constantemente é inútil. De certa forma também lembra muito a essência de 「Death note」, onde você tinha os donos de Death Note, com o poder de matar e controlar ilimitado, mas, ao mesmo tempo, limitado, e Shinigamis que em muitos momentos foram decisivos, mas tinham suas próprias limitações e restrições.
De fato, assim como Light, os personagens de 「Ajin」 constantemente dependem unicamente de seu intelecto e criatividade para sobreviverem e conquistarem seus objetivos.
***
As semelhanças com 「Death Note」 continuam, aqui também essas pessoas com poderes são fortemente perseguidas pela sociedade. Nela, Kira dividiu a opinião pública, enquanto o governo e polícia o caçavam. Em 「Ajin」, o governo e a polícia também os caçam e a opinião pública é igualmente dividida entre aqueles que os apoiam e os que os condenam.
Só que os demi-humans têm dificuldade de se esconder e não são considerados humanos, sendo caçados e perseguidos como animais e, uma vez capturados, passam por testes e experimentos desumanos, verdadeiras torturas.
Esse é um dos assuntos chaves da obra, a questão dos “direitos humanos” desses não-humanos e da percepção da sociedade. O autor explora durante toda a série as várias opiniões e atitudes tomadas, muitas delas uma crítica clara à apatia da sociedade que assiste às “injustiças” às minorias sem reação. O próprio protagonista não tem qualquer empatia por nada nem ninguém, sempre julgando não ser da sua conta, movido pelo egoísmo e interesse próprio.
Em vários momentos é possível identificar uma semelhança com a realidade, como os atos terroristas que muito lembram a atual “luta” do “Ocidente x Terrorismo”. E como o Estado utiliza-se do medo e terror para quebrar e ignorar leis e direitos por um “bem maior”.
Também lembra todas as lutas de classe e minorias, onde a população majoritária se recusa a aceitar ou até permitir que aquele grupo seja reconhecido. Como sempre torcemos o nariz para aquilo que não faz parte da nossa cultura e insistimos que de alguma forma as nossas tradições são mais “corretas” que do outro. Devido a tudo isso, é difícil tomar partido em 「Ajin」.
***
「Ajin」, como já dito, é um seinen, por isso, embora tenha semelhanças com 「Death Note」 e 「Ataque dos Titãs」, a faixa etária adulta muda e muito o teor da história. Não há a necessidade de justificar os atos imorais, de haver “bondade” ou “boas intenções” nas ações dos personagens. Um personagem pode matar simplesmente porque gosta de matar, sem motivos, só porque deu vontade.
O lado sangrento dessa série é também uma parte importante do enredo, seja pelas constantes mortes dos demi-humans ou pela violência contra humanos, sangue e carnificina aparecem em quase todos os capítulos.
Esse desdém pela vida humana é também um ponto importante do enredo, o questionamento do valor e importância de uma vida. Trabalhando a ideia da moral e ética, da responsabilidade do estado e poder monetário. Até temas como terrorismo e guerra aparecem.
Contudo, em momento nenhum, o autor defende ou prega uma ideia. Nosso protagonista, Kei, por exemplo, beira a psicopatia, sendo muitas vezes imoral, traindo e enganando, completamente cínico… E ele não justifica isso de forma alguma, ele está pouco se lixando mesmo. Não é o tipo de personagem por quem você torce e defende, é alguém que você observa curioso, mas que não consegue se identificar. Ou melhor, com quem você sente que não deveria se identificar.
Kei é bem a representação daquele seu lado ruim, que todos escondemos bem fundo e fingimos não existir. Aquela vozinha que diz “Dane-se, não é comigo, problema dele”. Muitas vezes você se pega identificando com alguns personagens, mesmo reconhecendo que aquilo deveria ser “errado”, que aquilo é imoral.
Isso não quer dizer, entretanto, que Kei seja um poço de maldade, em determinados momentos o leitor vê uma faísca do que podemos interpretar como bondade, que deixa o leitor na expectativa que no fundo talvez ele tenha salvação.
Da mesma forma que não há um “herói”, também não vemos a figura de “vilões”. Os inimigos de Kei, são muitas vezes muito mais humanos do que ele, você se identifica até muito mais e torce por eles.
***
「Ajin」 não é a história de uma pessoa que irá salvar o mundo, mas sim de um cara que se viu envolvido em uma luta entre “raças”, na qual não tem o menor interesse e faz de tudo para tirar seu corpo fora.
Em determinado momento ele entende que não adianta mais fugir, vendo-se obrigado a participar desse combate. Como não há nenhum lado “correto”, ele se junta a aquele que mais o beneficia, independentemente dos crimes cometidos anteriormente ou os objetivos. Mais uma vez notamos o caráter realista da obra, nenhum dos lados tem a razão, vira tudo uma questão de perspectiva.
***
Outro lado interessante é a falta de romance ou fan-service.
Não é incomum que obras desse gênero encham suas páginas de calcinha e peitos, mas em 「Ajin」 não há nada do tipo. Note como a personagem feminina abaixo não é nem um pouco atrativa, nada em sua fisionomia é feita de forma que a torne sensual. O autor não utiliza disso para cativar seus leitores.
Quanto ao romance e amor, estão limitados a algumas passagens e motivações de certos personagens secundários. De fato, o que mais dá as caras são os questionamentos sobre amizade, mas que mesmo assim são constantemente descartadas e jogadas fora por ser mais conveniente. Esqueça aquela ingenuidade de shounen de que amor e amizade são as coisas mais importantes do mundo.
Adaptações
A primeira adaptação da obra foi anunciada por volta de 2015, tratava-se de uma trilogia de filmes animados pelo estúdio Polygon Pictures, o primeiro foi aos cinemas em novembro de 2015 e será seguido pelas duas continuações em maio e setembro deste ano.
Seguindo a estreia do filme, o mesmo estúdio transformou a produção em anime para televisão que estreou no Japão em 16 de janeiro deste ano. A primeira temporada terá 13 episódios e está na reta final por lá.
Além da transmissão televisiva, 「Ajin」 teve seus episódios também colocados no Netflix japonês, apenas 3 dias depois de sua estreia nos canais. Outras localidades no mundo também terão acesso ao título por volta do meio do ano, data ainda não divulgada. Aparentemente saiu hoje no Netflix, vão assistir! 😀
Os autores
Inicialmente se tratava de uma parceria entre Tsuina Miura (roteiro) e Gamon Sakurai (arte), mas após o volume um o autor original abandonou a série e Gamon passou a assumir tudo.
Atualmente Tsuina Miura está trabalhando na série 「Tenkuu Shinpan」 com outro ilustrador.
Mas voltando ao autor mais importante… Gamon Sakurai começou a trabalhar com mangás profissionalmente em 201o, quando passou a escrever histórias curtas voltadas aos temas adultos eróticos, como o hentai e lolicon, sob o pseudônimo G-10 ou GGGGGGGGGG.
Previamente havia ganhado dois prêmios da Kodansha: em 2006 recebeu menção honrosa e em 2008 foi o ganhador do grande prêmio na premiação Afternoon Shiki, da revista 「Afternoon」.
Sua carreira no ero-manga não foi muito bem, só teve uma coletânea de histórias lançada em 2012 chamada 「Jihatsu Arui wa Kyousei Shuuchi」 (imagem ao lado).
Não se sabe muito sobre sua vida pessoal, fora que é nascido em Tóquio e fuma… Também vive falando sobre jogos FPS e TPS (Shooters em primeira e terceira pessoa) em seu blog, especialmente 「HALO」, do qual é muito fã.
Até 2015, mantinha um Twitter bem atualizado, com diversas imagens dele criando, desenhando e montando o mangá. Aqui o link para os curiosos de plantão. Cuidado que pode ter spoiler! 🙂
Apesar do sucesso estrondoso de 「Ajin」, em entrevista, o autor diz sentir falta de trabalhar com o gênero erótico e que, após a conclusão da série, pretende voltar às raízes.
Potencial e expectativas
「Ajin」 chamou a atenção desde o início. Mesmo em 2013, quando o mangá tinha apenas 3 volumes, a série já tinha sido incluída no top 20 de obras para o público masculino do ranking da revista 「Kono Manga ga Sugoi!」, alcançando a terceira posição, muito à frente de séries de fama inquestionável, como 「The Seven Deadly Sins」 e 「Ataque dos Titãs」.
Em 2014 e 2015 tornou a ser nominado em diversos prêmios de renome, embora não tenha levado nenhum deles para casa. Agora em 2016 volta a ser nomeado para alguns, mas as premiações ainda não ocorreram.
Em termos de venda, 「Ajin」 já chama atenção de ter alcançado uma tiragem de mais de meio milhão de edições por volume, entrando sempre na lista dos mais vendidos no Japão nas estreias de novos volumes. O dado mais recente revelado, entretanto, mostra a série com 400 mil (tiragem do volume 6), compare a outras séries de fama da editora e vida bem mais longa como 「Fairy Tail」 com 446 mil e 「Vagabond」 com 680 mil.
Na verdade, para um seinen (material para maiores de 18 anos) esse valor por si só já é uma grande conquista. Embora shounens alcancem no seu auge mais de um milhão de impressões por volume, com casos como 「One Piece」 que até passou dos 4 milhões (atualmente com 3,6 mi), os seinens mais vendidos dificilmente passam desse valor.
Mas o fato é que 「Ajin」 não parece estar em seu auge, qualquer um que acompanha a série percebe que ainda há potencial e história para se desenrolar, embora tenha sido dito quando anunciado no Brasil que a previsão é que seja encerrado com mais ou menos 10 volumes. É claro que o autor pode fazer besteira e pôr tudo a perder, mas o futuro parece guardar grandes surpresas para a série.
Particularmente não me surpreenderia se a obra alcançasse números ainda maiores de tiragem no próximo ano. Principalmente com os lançamentos dos 2 próximos filmes e demais temporadas do anime, além da conclusão da série.
Conclusão
Não precisa ser um gênio para notar que gosto muito da série e acompanho ávida pelo seu desenrolar, atualmente meu vício admitido. Mas, ao invés de concluir com notas e coisas do gênero (que considero desnecessário), prefiro deixar aqui meu desejo sincero de que a obra também te conquiste.
Lembrando que a obra foi licenciada pela editora Panini e deve sair em algum momento neste ano (julho, provavelmente), mas que você pode acompanhar também em inglês pelo Crunchyroll Mangá!
***
Esteja avisado que este texto foi feito baseado na versão em inglês do Crunchyroll, na versão nacional da Panini os nomes e termos podem ser alterados. Gostariam de um review sobre a versão da Panini aqui na BBM? Talvez de alguém que escreva menos? Rs. 🙂
amei seu texto, consergui atualizar hoje xD asauhsa mas ja fazia um tempo que eu tinha lido e tinha parado xD
Eu assisti os dois primeiros episódios e chamei bem chato, não sou acostumado com esse tipo de animação e para ser sincero acho bem ruim, como o post disse de cara você não se interessa mas vou continuar assistindo para ver se me agrada.
O anime em questão de história e arte perde em muito para o mangá, sério. Especialmente a segunda temporada que não tem quase nada a ver com o mangá. Minha sugestão seria, se o conceito da obra, do anime, a sinopse, o tipo de história te agradou, leia o mangá.
[…] Confira nossa resenha sobre a obra […]
[…] Série ainda em andamento no Japão, o volume 9 saiu esta semana por lá. A série supostamente deve acabar com mais ou menos 10 volumes. Conheça mais sobre a série. […]
[…] Mais um volume de Ajin chega no dia 07 de outubro no Japão, por aqui a editora Panini já lançou dois volumes. A série supostamente deve acabar com mais ou menos 10 volumes. Conheça mais sobre a série. […]
[…] Tracing está numa linha invisível entre copiar e usar de material de referência que, embora extremamente polêmico, é difícil de processar ou de criminalizar. De fato, tracing é usado o tempo todo com fotos, tanto no passado, como os casos de “Slam Dunk” e as fotos da NBA, tanto no presente, com o autor de “Ajin” utilizando fotos do autor Hugh Laurie. […]
Ajin volume 1 por 8,32 acho que vale a pena né?? haha
Gostei muito do review. Me lembrou Éden, não pelo tema, mas pela representação realista – e violenta – do mundo e da guerra.
[…] complicados de se identificar, mas aqui e ali o pessoal pega os autores utilizando-se da técnica, como em Ajin. Se isso acaba sendo um demérito ou não, fica por sua conta. Abaixo selecionamos algumas imagens […]
Me interessei em ler o mangá pelas imagens e premissa dele, porque se fosse depender do animê feito por aquele estúdio horrendo para me interessar pelo quadrinho…
Pra min não foi nada difícil tomar partido. De cara já comecei a torcer pelo personagem principal, o Nagai. Meu primeiro contato com Ajin foi pela animação, não me contive, li o mangá e espero ansioso pelo desenrolar da história.
Eu já tinha visto esse lance do roteirista ter saído, mas alguém sabe dizer o porquê disso? Desinteresse dele ou até insatisfação com alguma situação? Enfim, queria saber só de curiosidade mesmo
Olha, não foi divulgado o motivo, apenas houve o aviso de que ele iria se retirar do projeto. Inclusive no anime a autoria é dada exclusivamente ao Gamon. Às vezes eles não se deram bem ou tinham ideias muito diferentes.
Pelo que deu a entender, a ideia do projeto é do artista, o roteirista teria se unido para dar forma a ideia dele. Outra possibilidade é que simplesmente o cara acabou não sendo necessário e o Gamon se virou sozinho muito bem.
Devi admitir que no começo eu não me interessava por Ajin e apesar de ver o pessoal comentando bem, me recusava a ler online, preguiça mesmo. Daí saiu o anime e decidi dar uma chance, mas acabei dropando já no segundo episódio, o CG destruiu a expectativa que eu estava com o anime. Quando a Panini anunciou eu já tinha pensado em nem comprar, mas depois de ler a matéria vou dar mais uma chance pro mangá, até porque não se pode julgar o mangá pelo anime (vide Zetman, por exemplo).
Rose tem um termo que voce pode usar para obras que não são shonens padrão e nem seinen .Eu vejo muito nos foruns estrangeiros chamarem akame ga kill , shingeki no kyojin ,tokyo ghoul e aijin de dark shonens.
Martha, Ajin é seinen, não há nada de shounen nele, é lançado para mais de 18 anos. Tokyo Ghoul é também seinen, idem ao anterior. Se for pra chamar de algo, seria “dark seinen”, oficialmente são a parcela “young” do seinen, “young seinen”.
E “dark shounen” não é um termo, é só uma adjetivação, como shounen de esporte, shounen de luta, shounen de aventura, shounen sombrio. Não é um termo, é só uma tentativa de categorizar, são todos shounen, não existe um “shounen padrão”.
É um pouco diferente de “young seinen” que já é uma categoria verdadeira, usada pelas revistas, na verdade a separação de uma parcela do seinen, que e a 18-24 anos, chamada de young, jovens, jovens adultos.
Eu particularmente chamo esses shounens de “late shounens”, já que são os shounens voltados para os 16-18 anos, por isso os assuntos mais pesados e presença de muita matança e morte. SQ Jump é uma “late shounen”.
Chame do que quiser, não são termos, mas não troque a demografia do negócio só porque ficou com vontade…
Os absurdos que rola nesses fóruns estrangeiros… Na verdade qualquer fórum desse tipo, alguém inventa um “nome” e todo mundo segue. No passado um famosíssimo era o “steamy shoujo”, não tenho mais visto atualmente.
Da minha parte, só uso termos japoneses. Não gosto dessa loucura de sair inventado termos que nada refletem a realidade japonesa. Como chamar seinens de shounens…
Desculpa o desabafo.
Um mangá que corta um Pokémon no meio pode ser chamado de Kodomo?
Vocês estão colocando a carroça na frente dos bois. Não é o conteúdo do mangá que define a demografia, mas onde foi publicado.
A demografia parece muito com classificação indicativa, mas são dois animais diferentes. A demografia é o público alvo, a classificação indicativa é uma restrição.
Geralmente algo feito para maiores de 18 anos como público costuma ter temas e cenas que acabam sendo inadequados para menos de 18. Mas isso não é uma regra, Chi’s Sweet Home é um seinen de classificação livre, por exemplo.
Dessa forma, algo será um kodomo se for lançado numa revista kodomo. Se um kodomo pode ter um pokémon cortado ao meio é algo que cabe aos japoneses responderem.
O caso que você está citando é do Dengeki! Pikachu, onde um Arbok é cortado em dois. Ele foi lançado na Coro Coro, uma revista kodomo. Então, sim, pode, pôde.
O Japão é um lugar muito complexo
E Ataque dos Titãs é shounen, mesma demografia de One Piece, Naruto, DragonBall, etc.
Apesar do seus conteúdos não demonstrarem isso.
Olha entendo o seu desabafo mais eu não to seguindo nada , agradeço o esclarecimento. Mais tente não ser tão ‘bruta”s com as pessoas ,da outra vez que você me respondeu sobre gramatura de papel e não foi deste jeito que você me respondeu, como:” mas não troque a demografia do negócio só porque ficou com vontade”…, ”alguém inventa um “nome” e todo mundo segue”. Não troquei por minha vontade apenas vi em alguns sites usarem esse termo pensei que era tal. Não sou Expert em mangás e seu gêneros tenho muito que aprender.
Oi, Martha, não foi para você o “mas não troque a demografia(…)”, foi indeterminado. Foi um desabafo com pessoas que saem por aí trocando demografia porque acham que devia ser x ou y e isso me deixa louca.
Desculpa se sentiu que foi com você, mas era voltado ao mundo, algo como “mas esse pessoal tem que parar de ficar trocando(…)”.
Começou com uma resposta, mas virou um desabafo ranzinza sobre o mundo, de verdade, não foi direcionado a você. Perdão se ofendeu ou incomodou. 🙂
Se for lançado em offset de qualidade, eu compro.
Provavelmente vai, já que vai ser que nem Vagabond
Sinceramente, quando vi que ia lançar, já tava pensando em colecionar, agora, só tenho certeza kkk Uma pergunta, essa liberdade da Kodansha, ela tá deixando pra todas as obras??
Excelente texto! Só acho que as editoras perceberam que muitas pessoas estavam se desinteressando por mangás por causa da mesmice, sempre o roteiro batido e cheio de cliches. Eu mesmo já tinha parado de ler shonens, voltei depois que assisti o anime de SnK.
Ta explicado então porque a Panini já vai lança-lo então. É beeeem estranho pensar que vai acabar já com 10 volumes. me parece tão pouco se levar em conta o que ta acontecendo no mangá agora. É um dos meus mangás preferidos e achei que ia ser relativamente longo, então dá meio que uma dor no coração.
Não sabia que o autor tinha saído, mas é interessante ver como a saída do cara que fazia a história não afetou a qualidade da obra negativamente. Pelo contrário, fica melhor ainda, tanto nos desenhos quanto no roteiro. Gamon Sakurai se tornou meu ídolo, deu até vontade de ler os hentais que ele fez agora XD Ta explicado também porque os nomes de vários capítulos de Ajin são referências a jogos de tiro e filmes.
E como assim a Izumi não é atrativa? Ela é linda <3
Concordo, ela é minha crush.
Valeu pela dica, vou comprar o 1, era este tipo de post que esperava para me ajudar a decidir.
E, pelas imagens que vi, gostaria muito de ver/ter os hentais do cara (sei lá New Pop e Alto Astral trouxeram alguns porque não sonhar?).
Mais um manga da série: “Se eu comprar é pela arte”.
Eu nem precisava procurar e pesquisar sobre Ajin, por que logo de cara, com uma imagem apenas, me interessou muito. E sabia que este tipo de história me agradaria. São poucos mangás seinen publicados no Brasil, mas que de uns tempos para cá, parece que está aumentando esta demografia! E isso é muito bom!
Mas como já gosto de vim ao BBM, e ler todos os textos postados, resolvi ler e ir ao fundo sobre este mangá! E me surpreendeu mais ainda e fiquei com mais ansiedade pra adquirir! Parabéns pelo texto!
AJIN está na minha lista pra as próximas compras! Vamos que vamos, por que o ano só está começando!