Discutindo teorias da Internet…
Em meio aos diversos comentários sobre o preço de Akira (considerado por muitos como caro, surreal, abusivo), recebemos um muito interessante em nossa página no Facebook: uma pessoa comentou que sentia um cheirinho de que a JBC estaria se tornando uma Conrad 2.0.
Segundo o pensamento do leitor, a JBC está seguindo o mesmo caminho que a antiga Conrad ao lançar publicações de luxo, visto que em seus últimos dias como editora independente a empresa teria apelado para esse expediente em publicações como Dragon Ball, Nausicaa e Vagabond. Estaria, então, a JBC mal das pernas e tentando um último suspiro antes de desaparecer que nem a Conrad?
Existem alguns pontos a se analisar, mas a resposta já pode ser adiantada: não.
I
Entre alguns consumidores, criou-se o mito de que a Conrad buscou a publicação de luxo de algumas obras e isso teria resultado no fim da editora. Confesso que eu mesmo acreditava um pouco nisso, mas a verdade é que isso não é uma verdade factual. Ao olhar o catálogo da editora Conrad (clique aqui), você pode ver que ela lançava mangás por um preço mais elevado desde sempre.
Antes de iniciar a publicação de Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball a Conrad já havia lançado a publicação de Gen Pés descalços, ao preço de R$ 24,00. Em 2001, a editora ainda lançaria Preto & Branco, também a R$ 24,00. Em 2002, a editora publicou Mangaká: lições de Akira Toriyama (R$ 17,90) e em 2003 Gon (R$ 19,00) e Osamu Tezuka: uma biografia mangá (R$ 36,00), em 2004, O vampiro que ri (R$ 24,00). No ano seguinte, 2005, é que vieram as obras mais longuinhas, os relançamentos de Dragon Ball e Vagabond, além de outros títulos como Buda, de Osamu Tezuka, Ero-goru e Na prisão, tudo a preços bem elevados. Como se vê, a Conrad sempre apostou em mangás mais caros geralmente voltado a livrarias, mas no meio deles boa parte das publicações ainda era mais convencional, voltada às bancas e ao público jovem.
Embora esses valores pareçam pequenos (Um BIG da JBC é mais caro, por exemplo) é preciso lembrar a época de publicação e a correção de valores. Com o valor de Preto & Branco, lançado em 2001, você conseguia comprar 6 volumes de Cavaleiros do Zodíaco, à época R$ 3,90. A atualização do valor (confira pelo link) mostra que Preto & Branco equivale a mais ou menos 70 reais, o mesmo preço de Akira.
Vale comentar que estamos falando só de mangás, mas basta olhar o Guia dos Quadrinhos e você verá uma penca de hqs de outros países publicadas a preços altíssimos pela editora. Logo, não dá para olhar os títulos de luxo e ver a queda da editora, pois a Conrad sempre os publicou. De certo, talvez não fosse o momento de lançar um Dragon Ball em edição definitiva, ou uma edição especial de Vagabond, e isso tenha contribuído para o fim da editora, mas não dá para colocar na conta só isso e nem para aludir uma semelhança com o atual momento da JBC. Embora não existam dados públicos, é meio óbvio que o que derrubou a Conrad foi um conjunto de fatores que pode ser resumido simplesmente como má administração e se uma empresa é má administrada, não há títulos de sucesso que a salvem…
II
Estamos em uma crise econômica e, naturalmente, produtos supérfluos são os primeiros a serem cortados pela população. E mangá é um produto supérfluo^^. Então é lógico que a JBC foi afetada pela crise. Não há como saber ao certo o quanto ela foi atingida, mas nitidamente as vendas diminuíram e a empresa teve que reformular todo o seu planejamento.
A editora diminuiu o número de publicações, passou vários títulos mensais para bimestrais, retirou Knights of Sidonia das bancas, atrasou o lançamento de diversos títulos novos, deixou o Ink Comics sem novidades, não faz anúncios de novos títulos a tempos e iniciou a publicação de obras de luxo. Tudo isso é um sintoma da crise, mas também é uma amostra de uma reformulação, visando sobreviver no mercado. Mesmo o adiamento constante do terceiro BMA (concurso de mangás da editora) e do Henshin Drive (plataforma de leitura digital da editora), ainda que sejam por outros motivos, parecem fazer parte da estratégia da editora de se adequar ao momento do país.
Notem como estava a JBC em 2015 e no início de 2016: ela lançava título atrás de título e anunciava mangá semana sim, semana não. Isso parou já no final da primeira metade do ano passado. Em maio de 2016 (como mostra a nossa edição do Calendário de lançamentos da época) a editora tinha mais de 10 séries anunciadas e boa parte delas eram de obras mais desconhecidas ou sem apelo popular, como Nijigahara Holograph e O homem que foge. A empresa adiou o lançamento dessas obras menos populares e se focou nos títulos consagrados Fullmetal Alchemist, My hero academia e Saintia Shô. Para completar a estratégia vieram os títulos de maior valor agregado, Cavaleiros do Zodíaco – kanzenban, The Ghost In The Shell e o artbook de The Lost Canvas, voltados para um público mais específico e com maior poder aquisitivo.
Em outras palavras, durante esse período (maio de 2016 – maio de 2017), a maioria das obras lançadas pela empresa foram aquelas com vendagem garantida. The Ghost In The Shell, por exemplo, conseguiu ser o livro mais vendido da Amazon do mês de janeiro. É claro que a gente pode atribuir isso aos descontos, mas loja também os oferece para outros livros, então ser o mais vendido na Amazon significa muita coisa. Além disso, o título esgotou e foi prontamente reposto pela editora em várias lojas. Não sei se o lançamento de o Perfect Book foi devido ao sucesso de GITS ou se isso já estava previsto antes, mas igualmente faz parte da estratégia dessa “nova JBC” que vem buscando se adequar ao momento e lançar obras com um certo apelo.
Veja que a editora tem sido “pés no chão” o tempo todo, então é completamente irreal essa ideia de que a JBC possa ser uma Conrad 2.0. Eu vejo que a editora não está em um bom momento – o país não está – mas a estratégia que a empresa montou parece a melhor possível: diminuiu o número de lançamentos dando mais folga para os consumidores (e, com isso, provavelmente tendo uma curva de vendas menor ao longo dos volumes) e, ao mesmo tempo, lançou alguns títulos de luxo com vendagem garantida, a preços mais altos e voltados para uma parcela mais rica da população.
Muita gente falou que o Kanzenban seria um tiro no pé da editora e, do mesmo modo, agora falam que Akira levará a empresa para o buraco por causa do preço, mas a verdade é que existe público para comprá-los. Decerto, se o mangá de Cavaleiros do Zodíaco fosse um fiasco a editora teria graves perdas financeiras, mas o público de CdZ é muito fiel e boa parte deles tem muito poder aquisitivo, então o mangá ser lançado a R$ 64,90 nunca fui um risco muito grande. Akira a R$ 69,90 representa menos risco ainda, visto que há publico para o título tanto entre os fãs de mangás, quanto entre os fãs de comics, dando praticamente 100% de certeza de que a obra será um sucesso.
Então, ao meu ver, é uma estratégia válida e que não coloca a editora em risco. Só devemos nos preocupar se a empresa vier e anunciar um mangá de mais de 10 volumes completamente desconhecido e o lançar a R$ 64,90 ou mais, pois aí sim seria um tiro no pé. Por ora, a empresa só tem lançado obras de luxo com vendagem certa^^.
III
Como tentei demonstrar não existe qualquer indício de a JBC possa estar perto da falência. No momento, a empresa parece estável com sua média de 9 a 10 mangás todo mês. O mercado está em um momento ruim e as empresas estão se adequando, não só a JBC. Basta ver a NewPOP que abandonou totalmente as bancas de revista em 2016 e agora tem lançado um número menor de publicações todos os meses. Do mesmo modo, a empresa tem deixado de lado os títulos mais desconhecidos (alguém lembra de Gagoze ou Category; Freaks?) e apostado nas obras mais populares como A voz do silêncio e Great Teacher Onizuka. A única que não parece ter sentido a crise é a Panini, embora há quem diga que o aumento de publicações seja uma estratégia também da multinacional de passar por esse momento…
O grande ponto, entretanto, é até onde vai essa estratégia da JBC. Será que ela não fará novos anúncios? Será que o resto do ano a empresa irá utilizar para lançar os quatro mangás que ainda estão na gaveta (Akira, Inu-Yasha, Samurai 7 e Sakura Wars)? Eu não acharia estranho se fosse só isso mesmo, afinal o país ainda sofre com crise econômica e desemprego recorde, mas logicamente em algum momento a editora terá que publicar um título novo.
Por fim, vale comentar que algumas pessoas estão achando que a editora está mudando o seu foco de atuação e passando aos poucos a abandonar suas publicações para a classe média e embarcando no mercado de luxo (opinião de nossa redatora Roses^^). Porém eu acho que não dá para fazer qualquer análise nesse momento, pois eu não consigo imaginar qualquer outro mangá que possa ser direcionado a um público mais abastado sem ser um risco enorme. Decerto, se o artbook de The Lost Canvas foi um sucesso, talvez a empresa lance mais um ou outro, mas fora isso não há nada que me pareça minimamente confiável para ser lançado em formato de “luxo”.
Diante disso, só nos resta ir acompanhando e ver o que a JBC nos reserva para os próximos meses.
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@Mugi-chin, ótimo comentário, parabéns. Assim como alguns outros, destaque maior para o do @Júnior Ribeiro (com pequenas ressalvas) e o da @Luluka (excelente e especial por causa das imagens, que me fez lembrar porque todo dia “saio de casa e digo para o mundo” que não troco nem fod… digo, nem ferrando minhas edições Conrad de DB e CDZ pelos tanko’s porcarias de Panini e JBC respectivamente…u_u).
A princípio, sobre o post em si, eu estava pronto para dizer que era uma palhaçada fazer um post deste tipo, uma piada, só podia… pois, qual a necessidade de discutir uma teoria tão estapafúrdia, jogada na internet possivelmente por alguém que só quis “causar”/gerar polêmica??… Mas me tranquilizei e li o post inteiro e todos os comentários. Após isto, diante de vários comentários e opiniões interessantes, achei que talvez tenha realmente valido a pena criá-lo, mas só por isto mesmo. Eu, inclusive, sinceramente me recuso a sequer responder a pergunta-título do post, mesmo que com apenas uma palavra, pois a resposta é tão óbvia e sem necessidade de discussão que… encerro meu comentário por aqui.
Grande parte das postagens do blog são pensadas vendo comentários e teorias sem sentido das pessoas na Internet^^.
Eu penso que se tem gente que diz um certo absurdo é sempre bom fazer uma postagem para desmentir o absurdo, mesmo que a tal pessoa não chegue a ver.
“Grande parte das postagens do blog são pensadas vendo comentários e teorias sem sentido das pessoas na Internet^^” -> hahaha, pode até ser, mas este não é o meu sentimento em relação aos posts. Pelo menos não de modo tão exacerbado como foi neste caso. O único até agora que me passou isto foi exatamente este post aqui.
É por causa do título e da introdução^^.
Em outras postagens esses detalhes costumam ser melhor trabalhados.
Eu defendo a Conrad no sentido de achar que ela estava um pouco a frente de seu tempo. Muita gente na época, já colecionava quadrinhos, porém o padrão de qualidade era outro. O “bum” dos quadrinhos padrão luxo veio por volta de 2008 a 2010, quando o universo cinematográfico da Marvel começou a despontar.
Usando como comparação a própria Panini, basta ver a “evolução” no padrão de qualidade das HQs, hoje, qualquer história já ganha uma versão capa dura, mais caprichada e tals. Isso demorou um pouco a chegar nos mangás, mas está aí. E vemos muitas coisas sendo relançadas em um padrão mais caprichado (citando aqui todos os relançamentos da JBC). Temos OPM, Ajin, Planetes, obras que talvez não precisassem ser “essa Coca Cola toda”.
O que eu quero dizer é que se fosse hoje o kanzenban de Dragon Ball, o de Vagabond (ignorando o fato de que eles interromperam a publicação da versão meio tanko) e a versão lindona de Evangelion teriam vendido como água! Cara, até hoje sonho com um Kanzenban de DB com uma qualidade daquelas ou com uma edição realmente especial de Evangelion.
Os one-shots do Akira Toriyama até hoje são referencia de qualidade, assim como os volumes de Bambi, Morte a Festa, Uzumaki, o lindo e fantástico Nausicaã, etc.
Erros grotescos de administração, como o pessoal falou (não vou ficar chovendo no molhado), infelizmente esgotaram com a Conrad, uma pena.
Sinto apenas falta da JBC não ter loja própria para mangás em papel, com exceção das assinaturas…
A NEWPOP, por outro lado tem loja própria e assinatura. Acho bacana, pois ela oferece promoções e pacotes completos por preços muito interessantes. Isso ajuda a desencalhar o estoque dos volumes já impressos.
Já a PANINI … snif … me entristece. Embora detenha direitos de mangás de sucesso, é difícil para um usuário como eu encontrar, na loja dela, assinaturas de pacotes completos, volumes anteriores de mangás em andamento, ou detalhes claros dos números contemplados nas assinaturas vigentes, por exemplo, de que nrº a qual nrº?
Quanto a CONRAD, bons tempos… Comprava com o dinheiro do lanche. Papel branco, de qualidade, capa refletiva. Por isso preciso compartilhar, aqui neste comentário, alguns volumes que ainda tenho do Dr. Slump e a prova da folha, ainda branquinha, de um antigo One-Piece.
Papel ainda braquinho de um One-Piece:
https://lulukasite.files.wordpress.com/2017/05/mnghlostpic001.jpg
Capas da CONRAD ainda brilhando:
https://lulukasite.files.wordpress.com/2017/05/mnghlostpic003.jpg
^-^
O sistema de assinaturas da JBC é muito bom mesmo, além do desconto e frete grátis, nunca tive problema do mangá vir zuado ou de atrasar muito. A NewPop não dá desconto nas assinaturas pelo o que lembro, mas pelo menos o frete é grátis e eles fazem promoções na loja deles. Agora a Panini… até gostaria de assinar com eles, mas com a quantidade absurda de reclamações que vejo, inclusive de amigos que assinaram e ficaram meses sem receber um volume sequer, sem condições :/
Sobre a Conrad, uma pena mesmo! A edição de Nausicaä deles era linda demais, muito triste não terem conseguido lançar até o final… imagino como seriam os mangás de banca deles atualmente se eles ainda estivessem no ramo.
Eles tinham nos anos 2000, eu lembro pois era a única forma de conseguir os mangás da JBC sem ter que esperar ou lidar com atrasos de 4 a 6 meses (se chegasse…). Aí um dia eles tiraram do ar para “manutenção” e aquilo ficou lá com um aviso de em breve durante anos, até eles sumirem com o link nos sites depois desse tempo todo. 🙂
Essas teorias conspiratórias pegaram de jeito até a JBC, hahaha! Não creio que ela esteja se tornando uma CONRAD, mas é certo que ela está trilhando os mesmos caminhos da antiga rival. Um ponto a se ressaltar para todo e qualquer material da editora, é que ele vai até livrarias gigantes como Amazon, FNAC e Saraiva, ficando fácil conseguir praticamente todo o catalógo dela com um bom desconto, diferente da NewPOP e Panini à exemplo, a qual nem todas suas publicações de mangás alcançam tais livrarias.
Esse negócio de “crise do papel” já nem é base pra justificar mais nada, creio que a editora nem use este termo há muito, pois o estado atual de nosso país não é uma crise só de “papel” e sim de tudo, praticamente. A crise bateu, e todas as editoras estão se virando como podem.
Se formos comparar editoras à antiga CONRAD, que tal adicionarmos a NewPOP no meio? Ela já não é de hoje publica muita coisa a preços mais elevados, como as edições de Tezuka, Hetália, Suicide Club, e nem por isso a mesma veio a falir. O quê a JBC tá fazendo é aproveitar o momento; GiTS e Akira vende pros colecionadores de Mangá, e vende também pros colecionadores de Comics. CDZ é ruim? É… mas tem público gigante que pedia uma edição mais trabalha há tempos, e se tem quem compre, por quê não investir então em edições mais luxuosas, diminuir o fluxo de edições mais baratas para conter os gastos e assim, obter um lucro considerável?
Sobre o material da JBC, pode sim não ser o melhor do mercado quanto ao Off-Set, mas com os descontos possíveis nas mais famosas livrarias, que vão de 10% à 40%, fica bem fácil a aquisição dos mesmos; vale lembrar também, que quanto ao papel jornal, que alguns carinhosamente apelidaram de “papel bunda”, é o melhor usado entre as editoras que o adotam, e eu adoro as edições da JBC neste papel.
Enfim, que a JBC prospere mais e mais, é preciso essa competição saudável entre editoras em nosso mercado; a Panini pode estar fazendo um bom trabalho hoje, mas se ela ficar com o monopólio, esperem por 20 Shoñens ao mês, 01 Shõjo, 01 Jõsei e 01 Seiñen.
Ah, sei lá, acho que NewPOP e Panini não chegaram nem perto de serem tão afetadas quanto à JBC. Lembro que ano passado o Júnior falou, inclusive, que as vendas tinham aumentado, e a Beth falou algo como “não houve nada que causasse muita preocupação”. No caso das duas editoras, acho que elas só tiveram que fazer uns ajustes aqui e ali, mas não chegaram a levar prejuízos (que eu acredito que tenha sido o caso da JBC).
Sobre as publicações delas, a Panini só vem aumentando o número de mangás com acabamento melhor de uns tempos pra cá. Em 2015, acho que ela tinha muito mal Planetes, e hoje eles têm 5 ou mais títulos com um formato melhor. No caso da NewPOP, lembro do Júnior comentar um tempo atrás que eles estavam precisando muito de tradutor. Então acho que eles não tiveram problema com queda de vendas, e sim com falta de profissionais, o que levou a um menor número de publicações.
De qualquer forma, não acho que a JBC ande mal das pernas. Há alguns meses eu estava bem mais preocupado. Até o número de publicações deles no facebook tinha diminuído, e não faz muito tempo que ocorria uns debates bem… “calorosos” em algumas postagens da JBC, e até isso foi parando com o tempo, eu tava com a impressão de que o pessoal estava a acompanhando menos. Confesso que, dentre os títulos da JBC que ainda não têm data de publicação, nenhum me interessa. Talvez, muito talvez, eu vá pensar em comprar Inuyasha, mas há uma série de outros títulos que estão na frente dele em minha lista de prioridades. Só que, de alguma forma, nesse ano eu fiquei bem mais tranquilo quanto à JBC. Acredito que eles pelo menos conseguiram “segurar as rédeas” da crise.
“calorosos” em algumas postagens da JBC, e até isso foi parando com o tempo, eu tava com a impressão de que o pessoal estava a acompanhando menos.
<< Ooooou finalmente baniram todo mundo que dava. HUAHUAUHAHUA *corre*
O que você disse sobre os debates calorosos,já tinha chamado a minha atenção há muito tempo e,junto com isso,a grande diminuição de curtidas nos posts da JBC,é íncrivel a diferença de curtidas no facebook dela,se comparado ao facebook da Panini.
Kyon, Akira já tá em primeiro nos mais vendidos da amazon, mostrando o quanto esses caras que reclamam do preço estavam “certos’ não?!hahaha…
No momento em que vi estava em segundo, mas dá no mesmo. Realmente uma análise “totalmente acertada”. Rs
Já subiu pra primeiro, e isso que é pre venda ainda hein!!!Mas agora eu to é curioso com inu yasha, no último vídeo do henshin online dava pra ver uma edição do wideban japonês em certo momento.Seria um sinal de que talvez saia nesse formato ou algo parecido?!Se for confesso que seria bem interessante ao meu ver, o que vc acha?
Não necessariamente, eles podem usar ele como base, mas lançar um Tanko normal
Se não me engano Fullmetal, ou Kenshin, teve o material tirado do kanzenban, mas o formato foi um Tanko normal
Eu acho difícil os lançamentos de títulos de luxo causarem prejuízo, desde que sejam títulos consagrados, simplesmente porque fãs de mangá são uma coisa louca: conheço vários que compraram GITS porque TINHAM que comprar – depois não gostaram nem da história, nem da arte, mas não se arrependeram porque a edição é “linda”. Não tenho dúvidas de que Akira será um sucesso.
A Conrad publicava muitos comics e Grafic Novels de sucesso. Até hoje é dificil entender como ela quebrou. A Conrad publicou muitas obras do Manara e publicou Sandman, só pra citar duas das mais conhecidas. O editor chefe da época, Rogério de Campos, é hoje sócio da editora Veneta, que publica HQ’s de “luxo”. Então a queda da Conrad foi por algo muito maior do mangás.
Sobre a JBC, vale lembrar que a Dinap andou reajustando seus preços e hoje che a cobrar até 60% do preço de capa. GiTS ficou em 2º lugar na amazon em abril, Eden era um dos mais vendidos também, assim como FMA.
Mesmo a Panini teve que diminuir o ritimo com Marvel e DC em 2016. Tá dificil pra todos.
Diz a lenda que a Conrad enlouqueceu com as vendas monstros de Dragon Ball, que eles diziam ter chegado a mais de 8 mi-… quer dizer 100 mil. E passaram a imprimir tiragens monstros de todos os seus mangás. Só que a coisa não vendeu tanto assim, então eles começaram a vender tudo por preço de banana para recuperar a grana. O público começou a parar de comprar em dia e esperar os pacotões e boxes com às vezes 50% de desconto que saiam logo em seguida. Ou seja, má administração.
Putz…não sabia disso. Seria algo cômico se não fosse trágico. Eu tenho alguns comics da Conrad e tanto a parte editorial como a gráfica são ótimas. Vlw pela informação/lenda.
Eu lembro da época dos “packs” de mangás 2 por 5 ou 2 por 10. Muita coisa se perdia ou simplesmente não era recolhida.
Gostei desse link com correção de valores
de acordo com ele, um mangá de R$ 10,90 em 2010 custaria R$ 16,90 hoje
A JBC não pode acabar. A Panini tá muito ruim, não pode deixar ela tomar o monopólio.
Realmente, se a JBC se for, será um retrocesso ABSURDO no mercado. É a pior coisa que pode acontecer. A Panini seria de fato um monopólio e ia cair naquela mesmisse, já que a Panini nunca arrisca longe e só adota coisas depois de anos de prática das outras, vide offset, páginas coloridas, formato tankoubon, etc etc.
se pegar o monopólio, vai ser aquela lixeira, vao querer empurrar titulos ruim. com acabamento pior ainda. tem q ter a competitividade entre. para sempre recebermos coisas melhores, em preços mais acessáveis.
Se a Panini mesmo com concorrência lança mais de 70% dos seus mangás em papel descartável imagina se não existissem as demais editoras…
Não pode ? Ora então por que JBC não muda um pouco e coloca os seus produtos em pé de igualdade com a concorrente , compara um Sindonia com Vagabond não vale o preço o material da JBC está ruim e sempre dão a mesma desculpa ”crise do papel” , eu consumo uma boa parte do material JBC não é sendo hater da mesma mas sim a realidade , eles tão dando foco aos luxos e deixando os mangás de banca ”lixo” , um exemplo que sempre vejo aqui na minha cidade , os mangás da Panini sempre em plástico os da JBC nunca vi (vale ressaltar que os que pego em lojas especializadas vem no plástico daí não sei se é erro da JBC ou da distribuidora ) Boku no Hero merecia uma versão em pé de igualdade com Bererk já que é muito bom , bem desenhado , mas ta uma versão tensa , um logo feio , Nanatsu é ruim a capa o papel ser jornal não me incomoda mas merecia uma capa melhor , em resumo se não querem perder mercado façam por merecer o espaço que eles ainda tem e quem sabe voltar a competir de igual para igual com a concorrente .
Quer comparar uma multinacional que a Panini com a JBC? Tá certo. kkkkkkkk
Ei! *gasp* Não acho que haverá abandono em si, mas mudança de foco para a parcela da população que está bem das pernas. Alguns anos pra frente, se o mercado voltar e a classe média prosperar, com certeza haveria a volta a toda dos 20 títulos mensais da velha JBC. Calunia! XD
A gente já conversou algumas vezes sobre isso e eu sou um um tanto preocupado com a JBC, mas concordo com você que não é ao ponto de se tornar uma Conrad.
Me preocupa na JBC a queda de variedade e até mesmo “famosidade” de suas obras. Convenhamos, dos que estão para vir, só InuYasha tem apelo de público e ainda assim não é tudo aquilo.
Os mais famosos como Magi, Nanatsu e Terra devem entrar em hiato em breve, Zetman e Sidonia estão próximos do final. E a editora não dá sinais de que vai substituir eles a altura, me desculpem os fãs, mas quem é Sakura Wars quanto as concorrentes trazem Nisekoi e GTO? (não falo de ser bom ou ruim, mas sim de ter “peso”).
Agora temos também um ponto de vista que pode ser mais “otimista”. Eu acho que a editora aprendeu com seus erros em Akira e InuYasha. Chega de anunciar a vontade e só trazer anos depois. Eu, por enquanto, prefiro acreditar que eles vão deixar os anúncios para quando estiver para sair, evitando aquelas cobranças de “e isso vem quando?”. (engraçado que Dr. Slump levou 1 ano e ninguém reclamou tanto como de InuYasha).
Eu me preocupo com o rumo da JBC, das obras atuais pouca coisa me agrada e não vejo nada futuro para que eu compre. Porém estou longe de achar que ela vai ser uma Conrad.
Agora um PS que esqueci.
Sobre o choro dos “luxos”, muito é hipocrisia do pessoal. Vejo gente reclamando que “Cavaleiros não precisava disso”, mas que um post depois pede Omnibus de InuYasha ou Kanzenban de Shaman King.
Vamos ser sinceros, nenhum dos luxos foi algo exagerado. É a quarta publicação de Cavaleiros, já teve meio-tanko e tanko, o kanzenban era questão de lógica assim como seria de Dragon Ball. Akira e Ghost in The Shell eu nem preciso falar, assim como o Artbook e o Perfect Book. Todas obras que justificam o formato.
Bem, a editora tem muito pouca coisa anunciada, não ter nada que te interesse é normal. Rs. É o que eu disse, temos que ir acompanhando e ver o que a JBC fará nos próximos meses.
Fui ver aqui: neste ano, Terra Formars entrará em hiato e talvez The Seven Deadly Sins. já Zetman e Blood Blockade acabarão. Teoricamente, a editora não precisaria anunciar nenhum mangá este ano para substituir esses títulos. Fort of apocalypse termina em dezembro. Os demais títulos só terminam ou entram em hiato ano que vem. Então talvez só tenhamos novos anúncios no fim do ano. Mas isso é só um chute. Talvez Inu-Yasha demore mais a vir e a editora precise divulgar um título novo. Ou talvez a editora diminua ainda mais seus lançamentos. hahaha. No momento é tudo especulação.
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Talvez as pessoas gostem mais de Inu-Yasha do que de Dr. Slump^^, por isso cobrem um e não outro. Mas bem, Nisekoi também demorou um ano e não vimos muitas críticas…