Resenha: One Week Friends #02

O início da causa e uma nova personagem

I

Quando One Week Friends foi anunciado eu logo criei uma certa expectativa. Na verdade, não era um título que eu ansiava ou que sequer lembrava da existência. Quando a adaptação em animê foi exibida eu nem liguei muito para a obra (e olha que era uma época que eu assistia muito mais desenho animado do que hoje em dia) e nunca terminei de assistir, mas já que o mangá foi licenciado valia a pena dar uma chance aos quadrinhos, pois o título faz parte de um gênero de histórias que gosto bastante com comédia, cotidiano escolar e aquele quê de romance, embora a obra efetivamente não seja de amor.

No mangá, acompanhamos a de amizade de Yuuki Hase e Kaori Fujimiya, colegas de classe mas que até o início da história não se falavam. Na verdade, Fujimiya não falava com ninguém de sua sala e Hase, ainda que com  certo receio, decide puxar um papo com ela e se tornar seu amigo. O resultado é que ela rejeita a amizade dele de imediato. Há toda uma explicação para isso: a garota simplesmente esquece de todas as memórias felizes que teve com os amigos (e só com amigos) toda semana, não se lembrando mais deles O_o. Por causa disso, decidiu não fazer amizade com ninguém e evitar transtornos. Ao saber desse inconveniente um tanto quanto peculiar, Hase o ignora e decide ser amigo dela de novo toda semana.

No volume 1 (veja a resenha aqui), vemos o início do desenrolar da amizade dos dois na escola, misturando simples conversas banais (indo algumas vezes para o lado da comédia) e outras um pouco (muito pouco) mais sérias, mostrando ao leitor o modo como eles vão se relacionando e como um gosta da amizade do outro.

II

No volume 2, One Week Friends mantém a mesma pegada. Entretanto o mangá apresenta desentendimentos, mal entendidos, busca por explicações, além do aparecimento de novos personagens. Como não podia ser diferente, boa parte do que acontece nesse volume tem a ver com a relação entre Hase e Fujimiya. De modo nítido, a relação entre os dois é de simples amizade, mas eles possuem uma sintonia diferente. Enquanto Fujimiya está contente por ter feito um amigo (mesmo nunca se lembrando a cada nova semana), Hase cada vez mais vê o lado “fofo” da garota, indo para o viés da paixão. Até o volume 2, ainda não vemos Hase apaixonado, mas os ciumes já se fizeram presente. Ciúmes pelos motivos mais bobos possíveis^^.

O garoto tem aquele sentimento infantil de posse e de querer reconhecimento, e acaba ficando enciumado de seu amigo Shougo Kiryuu, pelo simples fato de as pessoas terem visto Shougo com Fujimiya e acharem que o rapaz era amigo dela não ele – Hase – que almoça com a garota todos os dias. A infantilidade do garoto acabará por gerar uma briga e uma série de acontecimentos que demorarão um tempo para serem resolvidos. Mas, no fim, a amizade entre o rapaz e o garota prevalecerá mais forte como nunca. Isso não é um spoiler, pois estamos falando de um mangá juvenil leve em que muitas coisas são previsíveis (e isso não é demérito).

O legal do mangá, contudo, é que ele sempre consegue usar a doença de Fujimiya de modo preciso, ajudando no conflito criado ou o utilizando como propagador de um conflito ou de um momento da história. A briga entre os dois inevitavelmente passará pelo esquecimento da garota, surgindo um outro embate e que, como dito, será resolvido. Do mesmo modo, a falta de memória da garota será usada para a apresentação de dois novos personagens, a mãe de Fujimiya e Saki Yamagishi, colega de classe de Hase.

III

A mãe de Fujimiya é um personagem usado unicamente para o início da resolução do mistério envolvendo os esquecimentos da garota. Temos aqui novamente o clichê do acidente. Assim como outros títulos que trabalham com a ideia de uma pessoa perder a memória depois de uma certa quantidade de tempo, Fujimiya também se envolveu em um acidente. Entretanto, se em títulos como E.F a tale of memories, Como não esquecer essa garota e Como se fosse a primeira vez, a falta de memória é algo físico, em One Week Friends parece ser psicológico. Nesse volume, o mangá nos dá a base para interpretar que a garota tinha um amigo muito importante e que ele a decepcionou. Obviamente, nada é explicado ainda, afinal ainda estamos no volume 2…

Se a mãe de Fujimiya é só uma ferramenta de roteiro para “destravar” o mistério, Saki Yamagishi vem se juntar à lista de personagens excêntricos do mangá. Sim, pois os personagens são bem excêntricos, únicos, no sentido de serem diferentes entre si. Hase é o garoto bonzinho que não sabe matemática e vive tirando notas baixas, Fujimiya é a garota com excelente memória, mas que esquece dos amigos após uma semana. Kiryuu é o melhor amigo Hase e, embora pareça despreocupado, está sempre tentando resolver os conflitos. Enquanto isso  Saki Yamagishi é a novata que vem se embrenhar no coração de Fujimiya.

Tal como Hase, Yamagishi queria ter a amizade de Fujimiya e decide falar com ela. O detalhe é que ela é a pessoa mais avoada e esquecida do mundo e, ao saber do problema da garota, acha que elas são parecidas. O desenvolvimento da relação das duas é rápida e o resultado você já deve saber^^. Agora fico curioso para saber o que acontecerá nos próximos volumes e como Yamagishi se enquadrará na equação que envolve Hase e Fujimiya…

IV

One Week Friends é aquele mangá de humor simples e que você, mesmo não gostando de usar palavras japonesas, apenas consegue definir como “kawaii”.  É uma história fofinha que você se apega e não quer parar de ler. Infelizmente o título tem muito poucas páginas e a leitura passa voando. O primeiro volume teve só 162 páginas, o segundo não chegou a 150.

Obviamente o mangá não é para todo mundo e se você é aquele que gosta apenas de mangás de lutinha, melhor passar longe desse título…

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4 Comments

  • JES_CAH

    Preciso saber se alguém sabe me dizer onde posso comprar esse mangá, já que não consigo encontrar.

  • Luna

    Adoro mangás slice of life, mas sinceramente One Week Friends foi uma dureza terminar de ler. Muito chato e bobinho…

  • Alexandre K

    Mangá muito fraco, muito chato… tentei ler mas morri de tédio e abandonei.

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