O início da causa e uma nova personagem
I
Quando One Week Friends foi anunciado eu logo criei uma certa expectativa. Na verdade, não era um título que eu ansiava ou que sequer lembrava da existência. Quando a adaptação em animê foi exibida eu nem liguei muito para a obra (e olha que era uma época que eu assistia muito mais desenho animado do que hoje em dia) e nunca terminei de assistir, mas já que o mangá foi licenciado valia a pena dar uma chance aos quadrinhos, pois o título faz parte de um gênero de histórias que gosto bastante com comédia, cotidiano escolar e aquele quê de romance, embora a obra efetivamente não seja de amor.
No mangá, acompanhamos a de amizade de Yuuki Hase e Kaori Fujimiya, colegas de classe mas que até o início da história não se falavam. Na verdade, Fujimiya não falava com ninguém de sua sala e Hase, ainda que com certo receio, decide puxar um papo com ela e se tornar seu amigo. O resultado é que ela rejeita a amizade dele de imediato. Há toda uma explicação para isso: a garota simplesmente esquece de todas as memórias felizes que teve com os amigos (e só com amigos) toda semana, não se lembrando mais deles O_o. Por causa disso, decidiu não fazer amizade com ninguém e evitar transtornos. Ao saber desse inconveniente um tanto quanto peculiar, Hase o ignora e decide ser amigo dela de novo toda semana.
No volume 1 (veja a resenha aqui), vemos o início do desenrolar da amizade dos dois na escola, misturando simples conversas banais (indo algumas vezes para o lado da comédia) e outras um pouco (muito pouco) mais sérias, mostrando ao leitor o modo como eles vão se relacionando e como um gosta da amizade do outro.
II
No volume 2, One Week Friends mantém a mesma pegada. Entretanto o mangá apresenta desentendimentos, mal entendidos, busca por explicações, além do aparecimento de novos personagens. Como não podia ser diferente, boa parte do que acontece nesse volume tem a ver com a relação entre Hase e Fujimiya. De modo nítido, a relação entre os dois é de simples amizade, mas eles possuem uma sintonia diferente. Enquanto Fujimiya está contente por ter feito um amigo (mesmo nunca se lembrando a cada nova semana), Hase cada vez mais vê o lado “fofo” da garota, indo para o viés da paixão. Até o volume 2, ainda não vemos Hase apaixonado, mas os ciumes já se fizeram presente. Ciúmes pelos motivos mais bobos possíveis^^.
O garoto tem aquele sentimento infantil de posse e de querer reconhecimento, e acaba ficando enciumado de seu amigo Shougo Kiryuu, pelo simples fato de as pessoas terem visto Shougo com Fujimiya e acharem que o rapaz era amigo dela não ele – Hase – que almoça com a garota todos os dias. A infantilidade do garoto acabará por gerar uma briga e uma série de acontecimentos que demorarão um tempo para serem resolvidos. Mas, no fim, a amizade entre o rapaz e o garota prevalecerá mais forte como nunca. Isso não é um spoiler, pois estamos falando de um mangá juvenil leve em que muitas coisas são previsíveis (e isso não é demérito).
O legal do mangá, contudo, é que ele sempre consegue usar a doença de Fujimiya de modo preciso, ajudando no conflito criado ou o utilizando como propagador de um conflito ou de um momento da história. A briga entre os dois inevitavelmente passará pelo esquecimento da garota, surgindo um outro embate e que, como dito, será resolvido. Do mesmo modo, a falta de memória da garota será usada para a apresentação de dois novos personagens, a mãe de Fujimiya e Saki Yamagishi, colega de classe de Hase.
III
A mãe de Fujimiya é um personagem usado unicamente para o início da resolução do mistério envolvendo os esquecimentos da garota. Temos aqui novamente o clichê do acidente. Assim como outros títulos que trabalham com a ideia de uma pessoa perder a memória depois de uma certa quantidade de tempo, Fujimiya também se envolveu em um acidente. Entretanto, se em títulos como E.F a tale of memories, Como não esquecer essa garota e Como se fosse a primeira vez, a falta de memória é algo físico, em One Week Friends parece ser psicológico. Nesse volume, o mangá nos dá a base para interpretar que a garota tinha um amigo muito importante e que ele a decepcionou. Obviamente, nada é explicado ainda, afinal ainda estamos no volume 2…
Se a mãe de Fujimiya é só uma ferramenta de roteiro para “destravar” o mistério, Saki Yamagishi vem se juntar à lista de personagens excêntricos do mangá. Sim, pois os personagens são bem excêntricos, únicos, no sentido de serem diferentes entre si. Hase é o garoto bonzinho que não sabe matemática e vive tirando notas baixas, Fujimiya é a garota com excelente memória, mas que esquece dos amigos após uma semana. Kiryuu é o melhor amigo Hase e, embora pareça despreocupado, está sempre tentando resolver os conflitos. Enquanto isso Saki Yamagishi é a novata que vem se embrenhar no coração de Fujimiya.
Tal como Hase, Yamagishi queria ter a amizade de Fujimiya e decide falar com ela. O detalhe é que ela é a pessoa mais avoada e esquecida do mundo e, ao saber do problema da garota, acha que elas são parecidas. O desenvolvimento da relação das duas é rápida e o resultado você já deve saber^^. Agora fico curioso para saber o que acontecerá nos próximos volumes e como Yamagishi se enquadrará na equação que envolve Hase e Fujimiya…
IV
One Week Friends é aquele mangá de humor simples e que você, mesmo não gostando de usar palavras japonesas, apenas consegue definir como “kawaii”. É uma história fofinha que você se apega e não quer parar de ler. Infelizmente o título tem muito poucas páginas e a leitura passa voando. O primeiro volume teve só 162 páginas, o segundo não chegou a 150.
Obviamente o mangá não é para todo mundo e se você é aquele que gosta apenas de mangás de lutinha, melhor passar longe desse título…
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Preciso saber se alguém sabe me dizer onde posso comprar esse mangá, já que não consigo encontrar.
No Mercado Livre tem bastante.
Adoro mangás slice of life, mas sinceramente One Week Friends foi uma dureza terminar de ler. Muito chato e bobinho…
Mangá muito fraco, muito chato… tentei ler mas morri de tédio e abandonei.