O segundo volume de Re:Zero – Capítulo 2: Uma Semana na Mansão dá continuidade à adaptação do segundo arco das light novels escritas por Tappei Nagatuski (livros 2 e livros 3). Ao final do primeiro volume, Subaru morreu misteriosamente, voltando no tempo para o momento em que ele foi acordado pelas empregadas gêmeas Ram e Rem. O segundo volume começa exatamente desse ponto e, a partir daí, Subaru tentará dar um jeito de sobreviver. Porém, SPOILER, ele morre de novo e de novo.
Aqui mais uma vez são colocadas aquelas questões básicas sobre o retorno da morte e o carma que é ter esse poder, criando laços que ele considerou importante e perdendo-os em segundos. Para piorar a situação, Subaru acabou conhecendo a morte por meio das mãos de pessoas que ele julgava serem confiáveis, mãos que ele mesmo estava tentando proteger. Não obstante, a mente dele fica em frangalhos várias e várias vezes e o medo é visível em seus olhos.
Por fim, um contrato com Beatrice termina por ser uma possível brecha de salvação ao rapaz, mas a história ainda tem muito a dar nos próximos volumes. Subaru ainda terá que descobrir o porquê de ele ter morrido na primeira vez, além de tentar ganhar a confiança de certas pessoas para não acabar morto por elas. Se ele não conseguir, terminará definhando mais uma vez.
De modo geral, a adaptação de Re:Zero feita por Makoto Fugetsu continua muito boa como no primeiro volume. A essência dos personagens estão lá, o carisma próprio dessa versão permanece (com certas expressões e trejeitos únicos) e a quadrinização mantem-se boa, fazendo a narrativa fluir muito bem. Há algumas partes, porém, que os personagens não parecem eles mesmos, desenhados de uma forma meio esquisita, mas no todo isso não gera um problema significativo, pois Fugetsu consegue fazer um trabalho competente e a gente reconhece nos traços, os personagens que já tínhamos vistos no anime e na light novel.
Quanto à edição brasileira, assim como no primeiro volume a gente notou algumas particularidades em respeito à adaptação, mostrando divergências quanto aos nomes previamente usados no Brasil, seja na light novel, seja na adaptação em anime (tanto na versão dublada, quanto na legendada). Em primeiro lugar, o Subaru apelida o Roswaal de Rosito na light novel, mas no mangá da Panini, ele é chamado de Rossito; O Portal (que todo indivíduo do mundo paralelo tem) é chamado na Panini de Portão; e a vila Alam, que fica perto da mansão Marthers, é chamada de vila Arlam, entre outras mudanças aqui e ali.
Novamente soa diferente essas escolhas quando já se tem algo oficial no Brasil com os mesmos personagens e mesmo lugares. Particularmente não gostei justamente por isso, eu gostaria que se mantivesse um padrão, mas olhando de forma separada não vejo problemas nas escolhas.
Fora isso, existe uma falta de padrão interna, dentro da adaptação da editora. Em duas oportunidades durante o volume, Subaru foi chamado de Subaru-kun sem uma razão aparente. Não dá para saber se foi uma escolha da empresa ou se foi um descuido da revisão, mas o fato é que em todo o momento ele é só chamado de Subaru ou de Senhor Subaru e em duas ocasiões ele virou um Subaru-Kun sem motivo.
No mais, continuaremos acompanhando essa história mais uma vez, pela terceira mídia diferente (anime, light novel e agora mangá).
- Ficha Técnica
Título Original: Re:ゼロから始める異世界生活 第二章 屋敷の一週間編
Título Nacional: Re: Zero – Capítulo 2: Uma Semana na Mansão
Autor: Makoto Fugetsu
Tradutor: Fernando Mucioli
Editora: Panini
Dimensões: 13,7 x 20 cm
Miolo: Papel Offwhite
Acabamento: Capa cartonada simples, algumas páginas coloridas
Classificação indicativa: 14 anos
Número de volumes no Japão: 5
Número de volumes lançados no Brasil: 2 (ainda em andamento)
Preço: R$ 22,90
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