Veja o que você precisa saber sobre o mangá
Mangá Aberto é uma nova coluna de resenhas aqui do blog em que mostraremos a edição física de um mangá, geralmente um lançamento. O nome advém de um antigo blog em língua espanhola que fazia exatamente isso^^.
A ideia é apresentar aos leitores exclusivos do blog o que já fazemos em nossas redes sociais, mostrar fotos do mangá acrescentando alguns detalhes sobre as obras e opiniões. A postagem de hoje será sobre a edição brasileira de A Casa do Sol, mangá que começou a ser publicado no Brasil no final de junho de 2023 pela editora NewPOP.
DETALHES SOBRE A OBRA
A Casa do Sol (também conhecido como Taiyou no Ie) é de autoria de Taamo e foi publicado originalmente no Japão entre 2010 e 2015 na revista Dessert, da editora Kodansha, tendo seus capítulos compilados em 13 volumes.
No Brasil, o mangá foi anunciado pela editora NewPOP no dia 7 de abril de 2022, durante uma live em seu canal no Youtube, e tinha previsão inicial de ser lançado em novembro do mesmo ano, o que não aconteceu. Após remanejamentos, o mangá começou a chegar nas lojas no último dia de junho de 2023.
FORMATO DA EDIÇÃO BRASILEIRA
A edição brasileira de A Casa do Sol veio no formato 13 x 18 cm (é um tamanho pocket, similar a outros mangás da editora como Girl Friends), com miolo em papel offset 90g e capa cartonada. Ao todo, são 168 páginas, todas em preto e branco.
CAPA, QUARTA-CAPA E LOMBADA
A capa da edição brasileira segue a mesma ilustração da versão japonesa, mas a nossa é mais centralizada (na capa japonesa aparece apenas uma parte do sofá, enquanto na nossa aparece o sofá por inteiro), com o título na parte superior.
Em termos de material, é uma capa cartão simples (sem sobrecapa, sem orelhas) com acabamento brilho, sendo um mangá da linha dos básicos.
A quarta-capa possui uma repetição do título, uma nova ilustração e uma boa sinopse (sempre importante). Achei a composição dela muito bem feita e bonita. Já a lombada achei apenas ok. Não é feia, mas também não é bonita.
CAPAS INTERNAS
Nas capas internas temos duas ilustrações (com os personagens principais da história) em tom alaranjado. Ao meu ver, devem ser ilustrações da capa original japonesa (que fica abaixo da sobrecapa), pois muitos mangás possuem esse tipo de ilustração em uma cor só.
PAPEL
O papel utilizado no miolo é o offset 90g, o papel branco usado na maioria dos mangás da editora. Não costumo gostar de papel branco em mangás, mas sendo bem objetivo, de uma maneira geral o papel de A Casa do Sol está ok. Tem uma transparência aqui e ali, mas não chega a ser algo que incomode.
ACABAMENTO
O mangá faz parte das linha dos básicos da editora, então o acabamento geral é bem ok também. A capa é simples, o papel é bem comum, e o destaque vai sempre para a encadernação da editora, com miolo colado e costurado, que permite abrir o produto mais do que mangás com miolo apenas colado. Em suma, é um publico simples, básico, mas bem acabado.
TEXTO
A Casa do Sol foi traduzido por Erika Yuriko Tanaka. Particularmente gostei da tradução e achei a adaptação da NewPOP boa, assim como o texto no geral, que está bem fluído. Essa parte só não está 100% perfeita, pois existem os recorrentes problemas de revisão da editora.
No caso, só teve um problema grave (o do quadrinho abaixo) em que os profissionais da empresa (dois, segundo o próprio mangá) não viram uma inversão entre o pronome e o verbo.
PARATEXTOS
Ao final do volume temos duas falas da autora. Uma que provavelmente deveria estar na orelha da sobrecapa original japonesa (coisa comum nos mangás do Japão) e outra que provavelmente estava no final do volume nipônico também. Para além disso, há também uma prévia do próximo volume, em duas páginas.
A HISTÓRIA E UMA CONCLUSÃO
Para quem é um pouco mais antigo e adepto do nicho dos mangás shoujos, A Casa do Sol dispensa apresentações. Era um título bem famosinho em uma certa época e considerado uma boa aposta a aparecer por aqui. Não veio na época, mas agora sim^^. Nunca cheguei a ler inteiro, mas do que me lembro, gosto bastante da história.
Em relação a esse primeiro volume, temos os dois amigos (um adulto de uns 20 e poucos anos e uma adolescente de uns 17) indo morar juntos porque o pai da menina é meio… sei lá. Não existe climinha de romance entre os dois, visto que eles se conhecem desde pequenos e vivem em atrito, entretanto inevitavelmente o convívio pode fazer com que eles (ou pelo menos um deles) veja as coisas por um ângulo diferente.
A protagonista é meio chatinha e (embora a gente entenda a vida sofrida que ela teve) fica difícil gostar dela de primeira, mas o tom da história, o zelo, a amizade, faz com que vejamos pouco a pouco ela como uma grande personagem. O co-protagonista, por sua vez, é legal desde o começo e a gente vê a sua ternura logo de cara. Os dois são bons personagens no todo e acho que quem der uma chance a esse mangá poderá se surpreender muito positivamente.
Então eu recomendo o mangá.
Ficha Técnica
Título Original: たいようのいえ
Título: A Casa do Sol
Autor: TAAMO
Tradutor: Erika Yuriko Tanaka
Editora: NewPOP
Número de volumes no Japão: 13 (completo)
Número de volumes no Brasil: 1 (ainda em publicação)
Dimensões: 13 x 18 cm
Miolo: Papel offset 90g
Acabamento: Capa cartão
Páginas: 168
Classificação indicativa: 10 anos
Preço: R$ 34,90
Onde comprar: Amazon
Sinopse: Antigamente, este lugar parecia uma casa mágica. Era um lugar que te fazia sorrir mesmo chorando… Ter que voltar para esta casa agora me deixa muito, mas muito feliz…” Quando era criança, Mao vivia indo na casa do seu vizinho da frente, Hiro, pois sempre se sentia bem lá. Alguns anos depois, Mao acaba saindo da casa de seu pai após ele formar uma nova família. Sem ter onde ficar, ela acaba indo morar com Hiro que vive sozinho desde que perdeu seus pais. E então… Assim, começa a alegre, porém levemente triste, vida a dois dos amigos de infância que têm uma certa diferença de idade…
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Eu acho que a New Pop faz um sorteio pra escolher o tamanho de seus mangás porque cada um é de um formato diferente eu gosto mais quando a editora tem um formato padrão fica mais bonito na estante, se for uma edição especial ou mais “de luxo” eu até entendo formatos diferentes, mas nos títulos comuns dela sempre vem cada um de uma forma diferente eu acho que isso contribui com a desorganização da empresa nos lançamentos mensais já que nada que eles prometem eles cumprem.
aschei foisfo