Convencional que funciona?
Wind Breaker, de Satoru Nii, era uma daqueles mangás que não foram surpresa serem anunciados no Brasil. Isso porque o título vinha sendo licenciado em diversos países mundo à fora, em grande parte deles por subsidiárias da Panini. Daí que ele vir para cá também (seja pela Panini, seja por qualquer outra editora) era questão de tempo. Veio pela Panini.
Ainda em andamento no Japão, atualmente com 13 volumes publicados, o mangá acompanha o jovem Haruka Sakura que acaba de se mudar de cidade para estudar no colégio Fuurin, conhecido por abrigar os mais perigosos delinquentes da região. Sakura tem um único objetivo em mente, chegar ao topo da Fuurin, derrotando todos os outros marginais com seus próprios punhos…
Desde que li a sinopse do mangá pela primeira vez, Wind Breaker me pareceu um daqueles títulos de lutinha ultragenéricos que têm por aí. As capas dos volumes passavam a mesma sensação de modo que usualmente é um título que eu passaria longe ou, pelo menos, estaria no fim da fila das minhas escolhas.
Não vou dizer que ele não é genérico, mas a narrativa é absurdamente boa e ele consegue surpreender bastante dentro de seu gênero. A história desse primeiro volume é bem semelhante à sua sinopse, Sakura se muda, deseja ser o número 1 e tal, mas coisas acontecem e ele tem que lutar contra delinquentes já em seu primeiro dia no local, ou melhor, antes mesmo de entrar para a escola.
Ocorre que Sakura é muito forte e por ter cabelos e olhos de cores diferentes sempre foi alvo de mal entendidos e olhares maldosos, daí que chegando nessa cidade, ele não imaginava nada diferente disso. Entretanto, a escola de delinquentes era muito o oposto do que imaginava, os estudantes de lá agora eram como heróis na cidade e protegiam os moradores de outras gangues da região. Daí que agora Sakura teria que se juntar a eles…
O autor conseguiu criar uma narrativa muito bem feitinha nesse volume inicial. Fez um interessante background para o protagonista (mesmo ainda não sabendo muito dele), bem como da escola e da cidade. Além disso, criou personagens secundários muito interessantes que conseguem nos pegar pelo carisma.
Além disso, ele sabe criar conflitos na história (em 192 páginas, temos no mínimo três grandes), de modo que sempre tem coisa acontecendo e movimentando a narrativa, fazendo-a seguir sempre em frente. E, claro, as lutas (ainda que poucas) são muito bem desenhadas e sempre com grande emoção.
Wind Breaker é um título de lutinha convencional, mas bastante honesto e bem feito. Se as bases desse primeiro volume se mantiverem nos demais (sem poderes e sendo apenas a luta no braço por ela mesmo) e o autor não se perder, a história tende a ir muito bem, num crescendo interessante.
Esse mangá foi realmente uma grande surpresa. Então, se você gosta de mangás de luta, Wind Breaker é uma excelente pedida para você. Recomendo.
Ficha Técnica
Título Original: ウィンドブレイカー
Título: Wind Breaker
Autor: Satoru Nii
Tradutor: Eliana Takara
Editora: Panini
Número de volumes no Japão: 13 (ainda em andamento)
Número de volumes no Brasil: 1 (ainda em andamento)
Dimensões: 13,7 x 20 cm
Miolo: Papel offwhite 66g
Acabamento: Capa cartão
Páginas: 192
Classificação indicativa: 16 anos
Preço: R$ 36,90
Onde comprar: Amazon / Loja da Panini
Sinopse: Haruka Sakura só quer saber de enfrentar os mais fortes. Tendo acabado de ser transferido para o instituto Fuurin, escola de jovens problemáticos prestes a desistir dos estudos, o garoto tem um único objetivo: chegar ao topo da hierarquia dos delinquentes.
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Mais um descendente de Crows rs
Agora fiquei surpreso. Achei que era mais um título genérico tosco… Pena que não dou + conta de mangás ainda em andamento no Japão. Muita grana, prevejo reajustes y reajustes 🥲