Desmistificando: A estratégia por trás dos marca-páginas

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Ao que devemos o surto de marca-páginas e outros materiais exclusivos?

Começou devagar, um agrado ocasional da Panini aqui e ali, brindes em eventos no estande da NewPOP, marcadores sortidos da JBC na compra de assinaturas; mas de repente vemos todas as séries acompanhando marcadores e outros agrados a depender de onde e como se compra, alguns exclusivos. Por que será que as editoras passaram a usar essa estratégia e o que elas esperam conquistar?

14715_829938493748258_4447582026500210367_nUm brinde por natureza é um tipo de promoção, não só no sentido popular de artigos com descontos e brindes, quanto no sentido de promover o produto, de torná-lo mais conhecido e prestigiado. Toda vez que uma editora faz um brinde, ela está chamando atenção para aquele produto e estimulando o consumidor a escolher o seu em vez do outro. Um exemplo claro de brinde para estímulo de compra daquela série são os Boxes, outra forma de promoção para conjuntos de volumes ou séries completas que a JBC e a Nova Sampa já usaram, além é claro dos velhos marca-páginas e cartões-postais.

Não só o produto em si, a empresa também pode trabalhar sua própria imagem ao passar os brindes em forma de “presentes”, ainda mais quando não se cobra um valor extra, fazendo parecer que é tudo na mais pura bondade e amor, em vez de uma técnica publicitária. Não é a toa que a Panini, a editora que mais cancela e desaparece com os seus títulos (e que dificilmente informa sobre o que houve com eles até os dias atuais) tem uma legião de fãs. É tudo uma questão de trabalhar sua imagem e isso eles fazem muito bem.

Brindes como os marca-páginas também funcionam como propaganda de outras séries da editora. Isso fica muito claro na mania da JBC e da NewPOP de enviar marca-páginas aleatórios de papel na compra de produtos direto das empresas. Inclusive eles são geralmente de qualidade inferior aos mais chiques de PVC, feitos com os “restos” de triplex e duplex (papel utilizado nas capas), uma forma inteligente de aproveitar as sobras que muitas editoras adotam.

Entretanto, nem sempre essa promoção é feita para promover apenas a obra e sua empresa, às vezes são brindes que só podem ser adquiridos exclusivamente de uma certa forma. No caso em particular da Panini, nos últimos meses ela apareceu com a promoção de Vagabond, Berserk, Vinland Saga, Antes da Queda, Assassination Classroom, One Piece, Lovely Complex, Naruto, Ore Monogatari!! e Tutor Hitman Reborn!, todos eles via sua loja virtual, alguns restos dos marca-páginas exclusivos do evento Anime Friend. Sem contar com o pôster exclusivo para assinantes de Vagabond e um marca-páginas também exclusivo para assinantes de One-Punch Man.

Para entendermos de verdade a ideia desse tipo de exclusividade temos que levar em conta diversos fatores. Vamos começar analisando em que momentos esses brindes e agrados exclusivos são oferecidos para os clientes: ultimamente tais se concentram nos eventos, nas assinaturas, nas compras diretas com as editoras via suas lojas virtuais e em livrarias e lojas especializadas.

O que todos esses itens têm em comum? Lembra como alguns meses atrás comentamos  os custos envolvidos nos mangás? Lá discutimos como existe o preço de produção, royalties e lucro da editora, mais um valor em cima desse primeiro do lucro da distribuidora e pontos de venda. Não por acaso todas as opções acima são as que mais trazem lucro ou têm menor custo de distribuição para as editoras.

Quando uma editora faz um evento e vende mangás lá, todo o valor de capa que iria para a distribuição e lucro da revendedora vai direto para os cofres da própria editora. É claro que há um valor de funcionários e local, às vezes descontos, mas em geral o volume de vendas de um evento bem sucedido se paga e dá uma boa margem de lucro.

A mesma coisa acontece com as assinaturas e vendas nas lojas das próprias editoras, aqui a revendedora seria ela mesma. Mais uma vez há um custo de funcionário e possíveis descontos, mas que facilmente se paga e gera muito lucro. As assinaturas também ajudam a prever o número de leitores das próximas edições, além de ser um dinheiro antecipado. A depender do tipo de assinatura, receber antecipadamente significa receber mais, já que devido à inflação e desvalorização do real aqueles 250 reais pagos com 12 meses de antecedência valem mais do que os 250 reais que um leitor gastou ao comprar a coleção completa após a conclusão da publicação.  (Para você ter uma ideia, o índice de correção entre 7/2015 a 7/2016 passou dos 10%, não é pouca coisa.)

Por fim, as vendas em livrarias e lojas especializadas têm um custo de distribuição bem menor se comparado às bancas. Dessa forma permitindo que essas empresas pratiquem preços mais em conta, além de várias práticas que economizam e viabilizam a venda das séries.

marcador_ndPois veja você como esses brindes exclusivos são um estímulo de compra direta, quem sabe uma estratégia de reeducação do público-consumidor! Ao oferecer brindes exclusivos, alguns de ótima qualidade, as editoras estão estimulando seus leitores a abandonar a caríssima distribuição em bancas (que não recebe tais brindes) e adotar outras formas de consumo mais viáveis e lucrativas para essas empresas. Note como é diferente dos brindes específicos de um certo volume, que não filtra as formas de compra.

Exemplos disso temos bastantes: a NewPOP continua com sua prática de enviar marcadores nas compras via sua loja online, dá-los em eventos e repassá-los a algumas lojas também online, além de já ter dado prêmios, cartões-postais e sobrecapas especiais de Number Six também durante eventos, ou seja, tudo de forma exclusiva. Por sua vez, a Panini e a JBC passaram agressivamente a fazer eventos de lançamentos, a oferecer marcadores de PVC, pôsteres e cartões-postais exclusivos para eventos, compras em sua loja virtual e assinaturas a depender do título.

Ao contrário da decisão de mudança de distribuição da editora NewPOP, que foi agressiva e definitiva, gerando uma certa resistência, as duas maiores estão também indo por um caminho semelhante, mas de forma sutil e disfarçada. Aos poucos estimulando e acostumando seu público-leitor a uma forma diferente de consumir, mais benéfica para eles.

Algo a se notar de tudo isso é o fato de todas as 3 editoras parecem estar em sincronia. Veja, leitor, vender nas lojas especializadas foi sempre mais em conta que nas bancas, assinaturas e lojas próprias também foram sempre mais em conta, as duas maiores da mesma forma também sempre tiveram assinaturas e vendas diretas para certos mangás e eventos, marca-páginas como  propagandas também não é novidade. Então por que essa mudança agora? O que teria acontecido no mercado de mangás que impulsionou as editoras a sair do “de sempre” e passar a mais agressivamente trabalhar com promoções exclusivas?

Dizem as más línguas que o grande X da questão seria a DINAP, seria daí que várias das atuais mudanças teriam surgido, como: as mudanças de distribuição, tanto da NewPOP, como já comentado, quanto da Panini e JBC que abandonaram a distribuição setorizada e passaram a praticar apenas a nacional; a mudança de periodicidade da JBC, que abertamente abraçou a bimestralidade, e da NewPOP, que parece ter mudado para trimestralidade; sem contar com o surto de aumento de preço e atualizações que tivemos este ano e a clara diminuição de lançamentos da JBC e NewPOP; quem sabe até está entre os muitos problemas encarados pela Nova Sampa.

Infelizmente, por ser um monopólio, quase ninguém se atreve a falar abertamente sobre o caso e acabamos ficando presos aos poucos depoimentos perdidos, comentários de jornaleiros frustrados e desabafos ocasionais. Não seria absurdo considerar que existam cláusulas nos contratos que os impeçam de fazê-lo também.

Independente disso tudo, já se sabe como a distribuidora manda e muito em como as coisas funcionarão, desde aquela infame regra de mangá de volume único ter que vir com numeração para sair em bancas ou as velhas respostas de jornaleiros: “Já pedi, mas eles não mandam”. Não seria uma ideia absurda que todas as editoras tentassem cada vez mais se distanciar de uma “parceira” problemática como essa ou, pelo menos, não depender tanto. E, sendo um monopólio, a única alternativa à DINAP é sair das bancas.

E será que anda dando certo? Será que é possível estimular os leitores a comprar de outras formas e sair das bancas? Alguns meses atrás a quantidade de respostas negativas à mudança de distribuição da NewPOP e até mesmo ao meu texto sobre sair da bancas foi grande. Passado cerca de cinco meses nos deparamos com um acontecimento inusitado, com Fullmetal Alchemist da JBC vendendo tanto nas livrarias a ponto de ir parar nos mais vendidos da empresa PublishNews (que analisa os mais vendidos das principais livrarias do país), acompanhado de vendas acima do esperado de assinaturas, esgotando a primeira leva.

É claro que essa conquista da JBC representa pouco para nada no quadro geral, mas é uma prova de que uma parcela do consumidor é flexível e está disposto a mudar e migrar para outras plataformas de vendas dado o devido estímulo. Uma realidade parcialmente menos dependente das bancas e da DINAP já é praticamente realidade, pelo menos para a JBC e FMA.

Será que sonhar com uma realidade onde nenhum livro de quadrinhos (em oposição à revistinha em quadrinho) seja majoritariamente vendido em bancas seja algo impossível mesmo? Talvez, mas se os marca-páginas exclusivos estão ajudando nessa causa, que venham mais! Rs.


Desmistificando é uma coluna semanal, lançada nas quintas-feiras, sobre o mercado e mangás brasileiros e internacionais. Você pode ver todas as outras postagens anteriores desta coluna aqui. Sugestões e comentários também são sempre bem-vindos! 🙂

53 Comments

  • Herbert

    Acho muito benéfica essa mudança pra livrarias e tudo o mais pois temos mais opções principalmente de acompanhar um mangá quem sabe no futuro um pouco mais barato e com mais volumes ( encontrando o volume um quando se está no 10, fica a dica panini) e de forma mais diversificada.

  • Hoje em dia, eu só compro mangá pela internet e simplesmente não ligo para marca-páginas. É difícil de acreditar que haja quem se importe com esse tipo de brinde, tão mixuruca ao meu ver.

  • Essa edição de Fullmetal ficar entre os mais vendidos só estimula a editora a nunca lançar kanzenbans…

    • Roses

      Na verdade mostra um público forte e fã, quem sabe valendo a pena um “FMA Black Edition” rs

      • Vamos ver se daqui a 20 anos a JBC lançará o kanzenban de Fullmetal com todo o acabamento a que tiver direito, e merece, para eu, aí sim, ter motivos para comprar uma nova edição do mangá.

  • Adorei a matéria. Por coincidência tinha acabado de comprar o 1º volume de Noragami, em banca mesmo, que veio com marca-páginas. Comprar em bancas tem sido um drama pra mim desde sempre, nunca consegui colecionar nenhum mangá sem buracos na coleção. Bom saber que as editoras estão adotando tantas estratégias para não depender só delas. Vou começar a fazer assinaturas e comprar online, se tem brindes melhor ainda! Huahuauhuha

  • O problema das editoras sairem das bancas é que o público passa a ter que obedecer três regras básicas:1-ter internet,tem gente que só usa uma pequena franquia de internet para ter facebook e tal ;2-ter cartão de crédito,pelo que eu saiba,só a JBC tem assinaturas por boleto;3-lojas especializadas,na falta das duas primeiras opções,rezar para ter uma loja especializada em quadrinhos na sua cidade ou perto dela se torna a solução,senão,bye,bye manga.Apesar de o mercado de mangas no Brasil,atualmente,sobreviver mais por causa da internet,ainda acho que sair das bancas é elitizar o mercado,somos um país enorme,com muitas cidades de interior que só tem uma pequena banquinha e muitas pessoas que ainda não tem muito acesso a internet.

    • Roses

      Olha, isso não é verdade não. Qualquer mangá pode ser comprado e encomendado em QUALQUER livraria. Tá certo que há cidades sem livrarias, assim como há cidades sem bancas ou com bancas, mas que não recebem mangás, mas a maioria esmagadora da população mora em cidade onde há livrarias.
      Além disso, quem compra mangá não é a classe baixa, é a classe média para cima. Quem tem dinheiro para bancas, inclusive, também é a classe média, ou você acha que classe baixa é grande consumidora de revistas e jornais? Procure por aí a tiragens dos grandes jornais e revistas do país, é um número absurdamente baixo frente à população brasileira. Peguei um valor aproximado aqui, a Veja tem tiragem de 1 milhão (tiragem é valor impresso, não vendido), o Brasil passou de 200 milhões. Isso significa que frequentar a banca de jornal (para comprar jornais e revistas) é algo que apenas 0,5% da população faz. Se você considerar que grande parte dessas vendas são via assinatura, o número desce ainda mais. Visto que bancas já são um local elitizado, ficar de mimimi sobre elitização é uma grande piada. Considerar então que uma pessoa que compra e consume mangá pertence a uma classe que não tem acesso à internet é uma falácia ainda mais absurda. Hoje em dia internet meia-boca na promoção pode ser comprada por 15-30 reais, o preço do mangá. Reclamar de cartão é igualmente engraçado, você pode ir no supermercado e comprar um cartão de crédito pré-pago, basta colocar o valor desejado no cartão e usar na internet. Alguém que pode pagar 20 reais num mangá, pode pagar 2 reais de mensalidade do cartão.
      Não me entenda mal, você pode não gostar de tirar da banca porque lhe é inconveniente, mas não passa disso. Uma mera questão de conveniência ou até preguiça, mas vir com essa de elitização quando se trata de um produto já extremamente elitizado… Vamos ser sinceros e admitir o verdadeiro problema: não quero ter que pagar, investir ou me movimentar mais do que já faço e por isso não quero que saia das bancas.

    • Só para complementar.

      Somente a Amazon e a loja online da Panini exigem cartão de crédito. Todo o resto das lojas lhe permite comprar por boleto bancário, algumas até mesmo por depósito em conta. Então não ter cartão não é problema, pois existem várias opções…

      No mais, a Roses já disse tudo^^.

  • A NewPop ter deixado de mandar mangás pra bancas não me afetou tanto, já que no mês de lançamento eles os vendem em sua loja com frete grátis, então sai pelo mesmo preço.

    Quanto a assinaturas, eu não sou muito fã delas, pois gosto de ir na banca ou em lojas especializadas escolher meus mangás e pegá-los na hora que pago. Só fiz uma vez uma assinatura da JBC e não tive problemas, talvez faça novamente algum dia. Já as da Panini não me atraem nem um pouco pela quantidade de críticas negativas a mesma.

    • SIRIUS BLACK

      Cara, essa onda de frete grátis para alguns títulos da NewPOP só valem para aqueles mangás que começaram a ir para as bancas. Aí sim, no mês de lançamento, o frete é grátis. Só que daqui a um tempo, não vai ter nenhum mangá da editora que obedeça a esta modalidade, infelizmente. E aí o jeito vai ser comprar em lojas especializadas ou livrarias. Porque na loja virtual da editora o frete não compensa a compra, mesmo com o desconto.

      • O frete grátis vale pra qualquer título deles no mês de lançamento, não só os que vão pras bancas. Kazumi Magica não vai mais pra banca e todo mês que lança eu compro na loja deles com frete grátis. Pra quem quer comprar mangás antigos da editora, realmente o frete não compensa, por isso acabei comprando meu Hetalia 5 a Amazon.

        • Roses

          Na verdade são os títulos que iam para as bancas e não vão mais, isso que ele quis dizer.

  • Já me enchem a paciencia demais em casa por receber encomenda direto de manga aqui em casa, imagina se todos os mangas param de vir nas bancas? (Compro e ninguem vê) Mesmo com assinaturas eu tenho de ficar ouvindo reclamações do que gasto com MEU DINHEIRO. Felizmente a ausencia da NewPop das bancas não fez diferença pra mim

    • Roses

      Basta morar na sua própria casa que não tem mais ninguém metendo o dedo na sua vida. Hohoho

      • Bruno

        Só que pra comprar casa não sobra dinheiro pra Mangá, que é o que realmente importa

        • Roses

          Como assim?!?!?! Eu JAMAIS voltaria para a casa do pais ou de qualquer outro, ter uma casa minha (compradas ou alugada) tá lá em cima da lista, haha.

      • SIRIUS BLACK

        HAHAHAHAHAHA… Essa foi cruel! O problema, como você Roses, na comentou em uma matéria sobre a censura nos mangás hentais, é o péssimo hábito que nós, ocidentais temos, é de nos me termos e darmos opinião no que não é da nossa conta. Afinal, o que fazemos ou não com o nosso dinheiro não é da conta de ninguém.

    • Fabio Rattis

      quem nao tem problema em casa, o meu é a Minha mulher q fica me zuando e achando q gasto uma fortuna com mangás kkkkk só estou acompanhando OnePunchMan, Sidonia, Akame ga Kill e Ajin. nao gasto 1% do meu salario, kkkk e ainda me per tuba porq nao leio online de graça ¬¬’. trabalho em 2 empresas. com computador o dia inteiro kkkkk já uso um oculos com gral começando a ficar alto, kkkk antes eu lia online. mas agora nem consigo mais ficar lendo, os olhos cansão de ficar na frente do PC.

  • zanza

    Eu prefiro comprar em banca , vai ser uma coisa ridicula se essas duas fizeram essa merda que a NewPop fez,

    • SIRIUS BLACK

      Principalmente a Panini, já que na loja virtual deles só compra com cartão, o que dificulta a compra dos mangás deles. E a JBC, sem uma loja virtual, fica difícil adquirir qualquer produto dela, também.

      • Fabio Rattis

        a JBC disponibiliza todos os Titulos na Amazon e Saraiva, só consultar . e sempre rola uns descontinhos marotos nessas lojas.

  • Fabio Rattis

    sempre quando eu faço alguma compra, dou preferencia para a Saraiva. pego a maioria das veses frete de 2, 4 reais, e sempre pego desconto nos mangas. mas é claro sempre compro de 50 a 100 reais. deixo juntar as edições e compro tudo junto. todos os titulos da JBC se encontra no siteda saraiva, e sempre tem desconto quando compra mais de 2. o unico problema q enfrento é no site da panini, q nao sou todos os titulos q encontro na saraiva, soh os de “LUXO” – Vagabond OnePunchMan Ajin e etc. ai fiz uma compro no site deles, (obs nao tem desconto e o frete eh um pouco auto, e demora pra entregar) Comprei Akame ga Kill Noragami, SAO 2, e ja aproveitei pra comprar Ajin 1. uma pena q nao tem desconto no site deles, e demora muito, moro perto da distribuidora e demorou 2 semanas pra entregar. na saraiva eh 2 dias e o frete é mais barato, e vem em caixa nao em carta registrada.

    • Eddie

      Antigamente eu só comprava nas bancas pela confiabilidade de vc ver o que está comprando, mas de uns tempos pra cá fui forçado a me aventurar pela lojas Online em busca dos volumes atrasados que vez ou outra acabava perdendo (ou porque 1 mês de exposição nas bancas era pouco tempo, ou se esgotava rápido ou falha na distribuição), sempre com aquela desconfiança sobre a loja ser confiável ou não, mas hoje pelos aumentos significativos no valor do mangá tenho optado pelos descontos da loja online Saraiva (e não pago frete porque pego direto na loja que tem a 2 quarteirões de casa) e também em alguns casos opto pela Loja Nerdz que tem frete grátis para um determinado valor de compras, e ambos vem bem embalados, mas com alguns títulos da Panini eu acabo ficando preso as bancas por falta de opção melhor.
      Já comprei pela loja da Panini mas não acho que vale apena, pelo menos não no meu caso que moro perto de varias bancas.

      • Fabio Rattis

        Comprar na panini é triste kkkk só comprei porq nao tinha na banca perto da minha casa. o meu problema é esse. perto do meu trampo nao tem banca de jornal, e a que tem perto de casa, o cara nao pega quase titulo nenhum, só alguns. PANINI online, nao tem Desconto e o frete é caro.

  • gilberto94819

    Acho a distribuição de mangás em bancas horrível. Pelo menos na única banca que vende mangás na cidade onde eu moro tem um espaço minúsculo no chão, com vários mangás um em cima do outro e totalmente misturados. Sem contar no custo adicional de mais impressão e de distribuição, que acaba encarecendo o produto.
    Prefiro fazer as compras de mangás em grande sites, como a Saraiva e a Amazon, pois consigo comprar com desconto.
    A assinatura da JBC é ótima, já consegui assinar mangás com 20% de desconto e brindes. Já peguei desconto bom na Panini, assinei SnK com 50% no Black Friday, o problema é que eles são desorganizados e não tem muita opção de assinatura.

  • SIRIUS BLACK

    Infelizmente, a assinatura da Panini para mim, não é uma opção. Devido às inúmeras reclamações, eu não me arrisco a fazer assinatura da Panini diretamente da editora. Sorte que tem a Lúmina para isso, mas infelizmente não tem para todos os títulos da editora, principalmente aos que ainda estão em andamento, como The Testament of Sister New Devil, por exemplo. A desvantagem de comprar em loja online é o frete, mas até que comprar na Liga HQ em pré-venda ao custo de R$2,50 a partir de quatro mangás, tem sido mais vantajoso, mesmo os recebendo aos poucos e conforme forem sendo recebidos na loja e me enviados. Quanto a loja virtual da NewPOP, só compensa comprar lá se for em grande quantidade para se obter frete grátis, já que para comprar lá um único mangá, o frete pesa demais. E mesmo com o desconto, o frete já não faz isso valer tão a pena, assim. Com todos estes problemas, comprar nas bancas ainda é a melhor opção para mim em relação à NewPOP e as demais editoras, já que eu não gastaria com o frete, já que esse é um dinheiro perdido e sem retorno. Assinatura é tudo de bom, pena que não dá para fazê-la sempre, infelizmente.

  • JMB

    Até entendo essa estratégia das editoras de dar brindes como forma de trabalhar/melhorar sua imagem perante o público, mas ao mesmo tempo fica parecendo que o pessoal “se vende” por causa de fucking marca-páginas (pff) e daí esquecem os erros das editoras (é triste sequer pensar que alguém engole cancelamento descarado da Panini por causa desses brindes, mas não duvido que aconteça. E enquanto funcionar ela vai estar fazendo isso). Mas no sentido de fazer o consumidor migrar para outras formas de compra é realmente algo muito bom.

    • Julia

      Tipo a galera que vive elogiando tokyo ghoul pelos marcadores/postais sendo que a qualidade física é horrível desdo volume 2

      • JMB

        Pois é. Trocaria todos os marcadores/ postais do mundo por uma qualidade melhor nos volumes 3-6 de TG

  • Ótimo post (como sempre) Roses.

    Adorei sua frase: “Não é a toa que a Panini, a editora que mais cancela e desaparece com os seus títulos (e que dificilmente informa sobre o que houve com eles até os dias atuais) tem uma legião de fãs. É tudo uma questão de trabalhar sua imagem e isso eles fazem muito bem.” Esse é um fenômeno que mostra porque o otaku brasileiro precisa ser estudado. Hahaha

    Falando sério agora, essa questão da DINAP é realmente complicada, minha cidade tem 4 bancas e atualmente apenas uma delas recebe mangás, pois todas as outras desistiram. Não é uma cidade do interior, levamos 20 minutos de carro até a Porto Alegre, e mesmo assim os mangás quase não vinham, e quando chegavam, era com mais de mês de atraso (independente da fase).

    Conversando com um desses donos de banca, ele me disse que desistiu de pedir quando o pessoal parou de ir procurar na banca dele após ouvir tantos “não chegou”. E realmente, eu sou um que cansou de esperar nas bancas da cidade, meus mangás são todos comprados ou pela internet ou no final de semana quando vou para Porto Alegre e compro lá.

    Acho que as assinaturas e lojas das editoras são uma solução muito boa para o problema, mas precisam ser melhor trabalhadas. A Panini peca demais em seus planos de assinaturas, já tive 3 e me estressei em todos a ponto de nunca renovar, a loja infelizmente só aceita cartão de crédito, o que convenhamos, nem todos tem (Kyon fez um ótimo post esses dias sobre o motivo, então nem vou entrar nele). Já a NewPOP é difícil confiar na assinatura quando nem a própria editora parece saber quando vai publicar seus títulos, já na loja, infelizmente ela não parece ter achado um ponto que não pese tanto para o consumidor. E por fim a JBC, que para mim tem um ótimo sistema de assinaturas, mas que continua pecando na falta da loja online. Sei que teve problemas, mas querendo ou não, é um atraso não ter.

    Sobre os brindes, que na verdade é o motivo do post, infelizmente acho que são poucos que pensam dessa forma e enxergam o real motivo para essa estratégia. Não é raro vermos pessoas que parecem mais preocupadas com o marca página do que com o mangá mesmo. E isso me preocupa um pouco, pois da mesma forma que isso ajuda a moldar positivamente o mercado, também parece estar moldando negativamente. É quase um “cala a boca” para o consumidor: “eu vou cancelar tal série, mas toma aqui um marca página na outra” ou “a qualidade está ruim, mas em todos os volumes vou lhe dar um belo poster”. Espero que o pessoal abra o olho com isso.

    Gostei muito do seu post.

    Vou parar agora com textão.

    • Concordo muito. Se por um lado os brindes servem para estimular a compra fora das bancas, como o texto fala, por outro está criando uma legião de “colecionadores de marcadores e brindes”. Já vi reclamações nas páginas da Panini e JBC no facebook por tal marcador ser exclusivo de um evento e assim ficariam faltando na coleção de quem não vai a eles. Já está até sendo criado um mercado de marcadores, com gente que compra eles a um certo preço, por não considerar sua coleção completa sem os marcadores da editora.

      E, claro, tem o pessoal que não entende o conceito de “brinde”, e vivem reclamando por as editoras só darem esses brindes em eventos e assinaturas, e não enviar pra todo mundo, já que eles “também compram os mangás e são fieis leitores da editora há anos”.

      E sobre assinaturas, a Panini devia organizar seu sistema antes de fazer campanhas pra incentivar as pessoas a assinarem. Nunca fiz assinatura da Panini, mas vejo tantas reclamações a mesma que me surpreendo de alguém ainda querer assinar com eles.

      • Roses

        Olha, não há nada de errado em colecionar coisas, algumas pessoas acham prazeroso e lhes traz um sentimento de satisfação. Se alguém quiser colecionar mangá apenas pelos brindes, deixa eles. Quem somos nós para discutir a forma correta de se consumir ou comprar algo. Mas parte da coleção é realmente sair e ir atrás, às vezes pagar bastante por algo que você não teve acesso, trocar e tal.
        O cara que reclama que não recebe tudo de mãos dadas é geralmente jovem e imaturo, deixa ele falar as besteiras deles, uma hora amadurecem sozinhos. Para que se incomodar com o que pedem ou reclamam no Facebook da editora? Deixa eles serem felizes. Contanto que eles não comecem a cobrar mais para vir com brindes, aproveite e venda os seus para esse pessoal. Já vendi uns antigos que peguei em eventos por 50 cada, pagou um monte de besteira pros meus animais de estimação. 🙂

        • 50? Caramba! Sabia que alguns estavam supervalorizados, mas não sabia que era tanto. Vou começar a vender pra bancar as xerox da faculdade.

          E sim, como você disse, cada um coleciona o que quer, apesar de eu realmente achar estranho alguém comprar um mangá só pelo brinde. Mas, como você disse, desde que não comecem a cobrar mais caro pelos brindes, então tá de boa.

        • Pois é! O pessoal que gosta de super-heróis é colecionador de lombadas e capas duras e o pessoal do mangá, é colecionador de marca páginas! Ler, que é bom…

        • Pois é, tinha um conhecido meu que ia em todas as lojas especializadas que ele podia em São Paulo para pegar marcadores. Ele entrava, os lojistas faziam cara feia, ele pegava os marcadores de quilo e ia embora sem comprar nada.

        • Marca-páginas de mangás podem ser vendidos por um preço tão alto? Que trouxas os que compram! Foi esperta. Acho que vou me inspirar em você. hahah

      • binho

        Curioso mesmo alguém ainda assinar com a Panini. Tive interesse uma vez, ainda no início, com as edições de One Piece, mas por questões financeiras acabei não assinando. Ultimamente a editora vive me ligando e oferecendo “descontos” nas assinaturas, mas sempre acabam sendo recusadas por essa resistência criada após tantos problemas.

        Um amigo meu assinou alguns títulos e vive me contando as mazelas que enfrentou: desde receber 3 edições iguais, até receber uma edição 1 mês atrasado depois de ter que ligar todo mês para reclamar… Isso, em si, já tira qualquer interesse que eu pudesse despertar na assinatura da editora, considerando que em minha opinião, assinar é ter garantia de receber meu produto sem dor de cabeça, o que é, na verdade, tudo o que você acaba conseguindo ao contratar eles.

        • Recebi edição repetida do primeiro volume de One-Punch Man por conta do atraso na entrega do mangá e reenvio dele para que o prazo fosse cumprido. Pretendo esperar uns anos e vender essa edição por uns 100 reais quando for considerada rara. HAHAHAHAH Temos que saber aproveitar as oportunidades. XD

  • Bruno

    “aquela infame regra de mangá de volume único ter que vir com numeração para sair em bancas”

    sério isso????

    • Aham, todo mangá de volume único que vai para bancas de revistas tem que ter escrito o número 1 em algum lugar.

      Às vezes, as editoras conseguem disfarçar bem e colocam bem escondidinho no código de barras, às vezes fica bastante explícitos e há até consumidores que reclamam das editoras^^.

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