Uma obra que merecia vir ao Brasil!
Não sei quanto aos outros leitores e aficionados por mangás, mas conforme os anos passam me descubro cada vez mais chata e exigente. Pequenas coisas ficam cada vez mais insuportáveis e cada vez mais me decepciono com autores e séries que no passado me levavam à loucura.
Uma dessas chatices é a intolerância aos enredos clichês e a quantidade de erros e buracos nos plots. Chega uma hora que você exige maior qualidade e uma coisa absurda com a explicação da viagem ao tempo em 「Orange」 é o bastante para arruinar a história e seu divertimento com aquilo, é simplesmente decepcionante.
Por outro lado, conforme você envelhece e amadurece, você passa a exigir uma certa seriedade ou relevância nas histórias, aquela mesmice de superpoderes que resolve qualquer problema realmente cansa. Não que seja impossível de se divertir e aproveitar, mas é um tanto vazio, sem real questionamento na trama. Ninguém termina de ler 「Dragon Ball」 e começa a discutir a visão do autor sobre um assunto X ou Y ou se descobre.
Talvez você não tenha chegado lá ou talvez eu seja uma exceção mesmo, mas se a minha descrição acima lhe pareceu familiar, você assim como eu deve estar sempre à procura de uma obra com algo mais, uma obra que surpreenda e te conquiste totalmente como aqueles velhos tempos. E é aqui que entra 「Space Brothers」.
Confesso que nunca tinha dado muita atenção ao título e só fui ler por ser um dos poucos títulos Seinens disponíveis no Crunchyroll Manga. Já comecei a ler de má vontade, todo o início sobre alien e UFO já me desagradou e me forcei a terminar o primeiro volume antes de abandonar. Mas em algum momento, livre do preconceito inicial, me vi devorando os capítulos, lendo em todos os momentos disponíveis e possíveis.
O mais impressionante é que não estava ávida para descobrir o que aconteceria, desde o primeiro capítulo você sabe muito bem o que vai acontecer com 100% de certeza. Não, o que eu buscava ao ler cada capítulo era o capítulo em si, buscava as risadas, questionamentos e personagens carismáticos, eu simplesmente queria acompanhá-los um pouco mais.
É por ser uma obra tão boa e desconhecida pela maioria dos brasileiros que dedicarei meu tempo para te introduzir a esta obra maravilhosa, explorando todos os lados e faces do roteiro. Sim, haverá spoilers gerais, mas como dito acima, esse é o tipo de obra que você sabe exatamente o que vai acontecer, a brincadeira é como aquilo acontecerá e acompanhá-los nesse caminho, e isso não vou te contar! Vamos lá?
Visão Geral e Adaptações
『Space Brothers』, ou 「Uchuu Kyoudai」 em japonês, começou a ser publicado no Japão em 2007 nas páginas da revista 「Morning」 da editora Kodansha, a mesma que publica/ou 「Vagabond」 e 「GON」 (além de vários outros sucessos que ainda não vieram ao Brasil).
A história e arte é feita por Chuuya Koyama, um daqueles japoneses quarentões que você jura que não tem mais de 20. Chegou a trabalhar em duas outras obras, mas nenhuma dessas foi para frente. 「Space Brothers」 é sua obra mais longa e de maior sucesso.
Atualmente está caminhando para os 300 capítulos com quase 30 volumes, sem dar sinais de um fim próximo. Abaixo você pode conferir as capas simplificadas dos volumes. No Japão várias delas têm efeitos especiais (principalmente a metade mais recente), similares ao feito no volume 10 de 「Assassination Classroom」, infelizmente as imagens geralmente ficam borradas, por isso preferimos usar as simplificadas, mas para efeito de comparação e exemplificação adicionamos ali ao final a capa com efeito do volume 29.
O mangá deu origem a um anime de 99 episódios (de 2012 a 2014), um filme live-action (em 2012) e um animado (em 2014). O anime e seus 99 episódios estão disponíveis com legendas em português no Crunchyroll, com uma pontuação de 5 estrelas.
Além disso a história foi nomeada e ganhadora de diversas premiações japonesas de peso, entre elas o Shogakukan Manga Awards, Kodansha Manga Award e Tezuka Osamu Cultural Prize. (Conheça mais sobre as premiações aqui.)
História, Personagens e Trama
Tudo começa com a apresentação peculiar das condições do mundo durante o nascimento dos dois irmãos Mutta e Hibito Nanba, que sonham em ser astronautas um dia.
Mutta, o mais velho, é um indivíduo muito estranho, com seus cabelos pretos em forma de capacete, passando realmente um ar de esquisitão. Desde os primeiros momentos você já vê como ele tem uma fixação pelo seu “papel de irmão mais velho”. Ele considera ser sua obrigação sempre estar à frente do seu fraterno, abrindo-lhe o caminho. Quando Hibito lhe diz que irá à lua, Mutta retruca que irá a Marte.
Hibito, o mais novo, já é um personagem muito mais carismático e galã. Tem um jeito sincero e de molecão, diz o que dá na telha e não tem medo de ser feliz, mas é muito talentoso e esforçado quando quer.
Enquanto Hibito segue seu sonho de ser astronauta, Mutta desiste e segue uma carreira de engenheiro automobilístico. E é aqui que a história realmente começa, quando Mutta dá uma cabeçada no chefe a la Zidanne e é demitido.
Embora ambos assumam o papel de protagonista em diferentes partes da história, todo o início é focado em Mutta. Com o apoio do irmão e da família (se é que dá para chamar aquilo de apoio) ele decide se tornar um astronauta e começa a correr atrás do irmão que está prestes a ir para a lua.
Como comentei na introdução, essa é uma história muito óbvia. É claro que Mutta se tornará um astronauta, que irá para a lua, que ambos um dia irão numa missão juntos. Então qual a graça? A magia da história está em como ele chega lá e nos personagens secundários. Mutta vai virar um astronauta, mas como? E os amigos dele? Você se vê muito investido no suspense de quais daqueles personagens secundários também conseguirão a vaga, quem irá para a lua, quem passará nos testes, etc.
Outro ponto importantíssimo é a comédia, Mutta é um completo trapalhão e passa pelas situações mais ridículas possíveis. O ridículo da coisa é muitas vezes extremamente hilário, principalmente acompanhado das reações e tentativas de conserto dele, a arte e expressões também ajudam. Não tem como não rir da angústia e desespero dele frente a essas situações. As trapalhadas, entretanto, não ficam presas apenas a ele, Hibito tem seus momentos nonsenses também.
No fundo pouco importa o final ou o fato de você saber onde a história irá, 「Space Brothers」 é como um passeio turístico, o caminho e a companhia acaba sendo tão interessante ou mais quanto o objetivo. E de fato, as sacadas, temas, subplots, personagens e todo o caminho é extremamente interessante e envolvente, passando por diversas questões científicas, sociais e políticas. Mas falaremos mais sobre isso adiante.
Comédia e Referências
A comédia é um ponto forte da obra, mas aparece de várias formas diferentes. A maioria vem centrada nos dois protagonistas: Mutta com suas trapalhadas e lógica absurda (às vezes me lembrando de Sakuragi Hanamichi de 「Slam Dunk」, que se acha o rei da cocada preta) e Hibito com sua total falta de vergonha ou bom senso, fazendo o que lhe dá na telha. As situações loucas e golpes de sorte também ajudam nessa atmosfera engraçada, naquela típica comédia sem noção.
Entretanto, o autor se utiliza de outras formas de comédia também, como as referências. Para começar, os pais deles são… Exóticos? O pai está sempre fazendo imitações ininteligíveis de apresentadores e shows japoneses. A mãe sempre aparece com roupas e bandeirinha absurdas com algum tipo de sacada ou piada…
As referências continuam para todo lado, seja realmente no enredo ou apenas no cenário, citando filmes que acontecem ou envolvem o espaço, como 「Armagedom」. Alguns muito específicos, outros clichês, alguns ainda uma forma de paródia escrachada.
Infelizmente muitas dessas referências passam batidas ou são impossíveis de se entender por serem relacionadas à cultura japonesa. Mas no geral, aquele fã de cultura pop, cinema e viagens espaciais vai se divertir com elas.
Outra forma de comédia muitíssimo interessante está no embate de culturas. Embora a história seja focada no Japão inicialmente, toda a parte de exploração e treinamento dos astronautas posterior acontecem na NASA, nos Estados Unidos; mais para frente trazendo pessoas de outras culturas e envolvendo os cosmonautas (os russos). O autor explora muito inteligentemente as confusões e diferenças culturais nas situações mais engraçadas. Um exemplo típico está em um personagem viciado no Japão que continuamente aparece com camisas com kanjis que fazem quase nenhum sentido. Algo que vemos mesmo acontecer naqueles casos de gente tatuando caracteres que não significam o que elas acham que significa.
É claro que muitas dessas coisas teriam mais graça para um japonês, mas ainda assim é uma exploração de diferenças culturais bem interessante que lhe permite conhecer mais tanto do japonês, quanto das outras em contraste. E quem sabe se reconhecer ali, né? Hehe.
Veracidade dos Fatos e Embasamento Científico
Eu sou uma daquelas pessoas esquisitas que vão ao cinema assistir documentários e que lê mais não-ficção e artigos científicos. Em especial adoro astronomia, biologia e outras ciências, mas pouquíssimo interesse em engenharias e astronautas. Por esse motivo mesmo li grande parte da série assumindo que as coisas expostas ali eram invenções, que os processos e entidades governamentais eram de mentira, afinal a história acontece no futuro (próximo, mas ainda futuro).
Mas em certo momento o autor entrou na minha área de interesse e, para a minha surpresa, utilizou-se de fatos e teorias reais e atuais, algumas coisas bem recentes que ainda são discutidas pela comunidade científica. O mais comum é que os autores utilizem aquele conhecimento escolar, muitas vezes ultrapassado, e cometam milhões de erros de biologia, física, química, etc. Mas aqui aparece um utilizando algo de forma embasada e condizente com o conhecimento atual… Estranho.
Daí para frente ele passou a citar e usar cada vez mais as ciências, desde a discussão de vida nas luas de Júpiter, a discussões envolvendo engenharia, física, química, até discussões e conhecimentos mais específicos em geologia, como formação de cavernas, vestígios de água; de astronomia, como estrelas, planetas e asteroides, e de medicina, discutindo doenças e consequências das viagens espaciais a longo e curto prazo.
Depois de perceber a seriedade do autor em se embasar, passei a pesquisar se as coisas envolvendo a NASA e JAXA, astronautas, suas vestes, treinos e outros eram verdades também, e não que era mesmo? Como não se impressionar com um autor que se esforça em fazer uma história baseada na realidade? Que se importa em ser fisicamente possível e plausível? E ao mesmo tempo passar tudo isso de forma natural e até engraçada? Te ensinando coisas sem você nem perceber?
De fato o esforço dele é tão louvável que cientistas e engenheiros já lhe deram honras inestimáveis como ter sua ilustração em um foguete e seu nome dado a um asteroide. Quando uma agência governamental e um cientista sério decide te dar esse tipo de privilégio, alguma coisa você está fazendo certo. Existem diversos outros mangás sobre espaço e de vendas muito maiores e nenhum deles ganhou nenhuma dessas honras.
Se formos atrás desse asteroide, cujo nome é 13163 Koyamachuya, encontramos a seguinte descrição:
Artista japonês Chuuya Koyama (n. 1978) criou Uchuu Kyoudai (“Irmãos Fascinados pelo Cosmos”), um quadrinho científico apresentando o universo e o futuro. Eles já ganhou diversos prêmios. (Versão original em inglês.)
Note como o cientista utiliza o termo “quadrinho científico” para caracterizar a obra. Uma coisa é uma pessoa interessada e amadora como eu não achar erro, mas um cientista formado e da área chamando de “científico” mostra o quão sério o autor é na hora de fazer suas pesquisas. Aparentemente ele não é formado em alguma das engenharias ou ciências exatas, e sim passa horas e horas pesquisando e estudando os assuntos, com “especialistas” que o ajuda, mas seja como for esse autor é de tirar o chapéu. É claro que ele simplifica e ignora uma coisa ou outra, um certa liberdade literária para fazer as coisas chegarem onde ele deseja.
Para os interessados sobre o foguete, o satélite meteorológico 「Himawari 9」 foi lançado adornado com duas artes do autor que você vê abaixo. Esse evento aconteceu em junho-julho deste ano e tinha como objetivo estimular os jovens a sonhar alto. Aqui um vídeo promocional.
Agora é muito importante salientar que embora haja esse cuidado todo, não se trata de um mangá para fins educacionais como a coleção da Novatec. Para te ajudar a entender, é como o filme 「Interestelar」, baseado em conceitos físicos reais, com referência a vários fenômenos científicos, mas não se trata de um documentário.
Existe essa ideia de que colocar “realidade” e “física” nas obras a torna chata, que para ser entretenimento é necessário deixar de lado o factível, a velha liberdade autoral. A maioria nem liga se aquelas coisas são impossíveis no mundo real e que todo mundo já teria morrido ou que a estatística e a probabilidade do mocinho não levar um mísero tiro durante 2 horas de tiroteio seja absolutamente impossível.
O caso é que por mais divertido que possa ser uma obra dessa, onde a física e a realidade não toca o protagonista (comumente chamada de magic bullet shield ou plot armor), uma obra em que a realidade prevalece é geralmente uma obra mais inteligente, surpreendente e bem pensada. Para derrotar o vilão não basta inventar um novo superpoder ou uma arma mágica escondida em algum canto, o autor precisa bolar alguma outra coisa, quando essa coisa é na verdade algo real e que você não sabia, você tem algo educacional e divertido.
É claro que isso não quer dizer que a obra não tenha seus plot armors também em outras áreas, Mutta mesmo é a pessoa mais sortuda e ao mesmo tempo azarada da face da Terra e isso é parte da comédia da coisa. Também podemos encontrar outros tipos de golpe de sorte, de ingenuidade ou coisas que convenientemente aparecem. Mas, na soma geral, as sacadas do autor são excepcionais.
No fundo, não querer aprender sobre gravidade e quântica não atrapalhou assistir 「Interestelar」, atrapalhou? Pois não atrapalhará aqui também, é parte do cenário e assuntos secundários. Mesmo que não seja do seu interesse, pode acabar te ensinando ou criando curiosidade e isso é sempre bom!
Questionamentos Sociais e Morais
Mas não é apenas nas ciências exatas que o autor se destaca, continuamente durante a série ele coloca seus personagens em situações que questionam a sociedade e o mundo.
Dois em especiais me chamaram a atenção: o primeiro é a velha briga e discussão sobre o gasto de dinheiro em pesquisas e explorações que não refletem em avanços imediatos ou apenas geram conhecimento. O segundo um questionamento sobre a “mania” da sociedade japonesa de promover ataques anônimos e até perseguições da mídia, algo que fazemos às vezes aqui no Brasil também, como o caso da autora de 「Mônica Jovem」 e o ataque que sofreu por pessoas contra o aborto.
Não são poucos os brasileiros que consideram a escola e conhecimentos em geral coisas desnecessárias, que só reconhecem valor nos conhecimentos que podem ser aplicados imediatamente no seu dia a dia. As mesmas pessoas provavelmente seriam incapazes de compreender como alguém vai ao cinema assistir documentários, rs.
Essa briga de se a curiosidade vale o dinheiro é algo atual e em todos os níveis da sociedade. Uma batalha sendo travada em todas as universidades e por pesquisadores neste exato momento, pessoas que têm que achar “utilidades” em suas pesquisas para justificar e conquistar o patrocínio de empresas e governos. Uma briga sendo travada nos senados e órgãos governamentais de todo mundo quando se decide onde e quem receberá investimento e apoio, nas escolas e órgãos relacionados quando se decide o que deve ou não se ensinado e aprendido e até nas famílias quando os pais e seus filhos decidem que interesses e hobbies podem ou devem ser estimulados e bancados.
Em um mangá que trabalha com idas ao espaço financiadas por governos, tal questionamento é importantíssimo. Vale mesmo a pena pagar tanto para mandar alguém para a lua? A discussão na série é relativamente longa e interessante, expondo diferentes opiniões e ressaltando os benefícios passados dessa nossa curiosidade incessante por coisas às vezes aparentemente inúteis e o benefício ao logo termo.
Esse é um dos muitos pontos discutidos, o autor passa por várias coisas pequenas e grandes, discussões sobre sonhos e aspirações, sobre a frieza calculista das empresas, sobre as responsabilidades pessoais e formas de viver. Porém, todos esses questionamentos são inseridos dentro da trama e apresentados aos poucos, às vezes de forma muito escondida, te fazendo pensar e considerar os pontos apresentados, concordando e discordando naturalmente.
Infelizmente não dá para comentar muito sobre isso pois é parte da trama e drama da série, mas é inegável a maturidade e relevância dos questionamentos. Porém, mais uma vez, se você não está interessado nisso ou se preocupa em interpretar e questionar, não se preocupe, você não vai nem notar e passar reto, pois tudo isso acontece no plano de fundo. Muita gente assistiu 「Happy Feet」 e não percebeu as críticas e temas sobre preservação ambiental e respeito multicultural, ainda assim gostou de ir assistir o pinguim dançante. É a vida.
Arte
Mas mangá não é apenas enredo, e a arte? Os primeiros capítulos mostram bem a inexperiência do autor, com movimentos ruins e travados. O próprio Mutta muda um pouco quando comparamos os primeiros e últimos capítulos, as expressões e detalhamento melhoram bastante.
Mas embora não seja excepcional de início, o traço simples e limpo acaba casando bem com a comédia e tema. E, conforme a história avança o autor melhora e muito, com cenas e paisagens muitíssimo bem construídas. Não espere encontrar aqueles fundos temáticos, de linhas ou tones neste mangá, os fundo são de cenário, desenhados e detalhados.
Também não espere encontrar uma movimentação e angulação muito boa dos quadros, o autor vai geralmente ficar naquela visão básica frontal, como se estivéssemos assistindo a um filme. Embora uma vez ou outra apareça algo num ângulo diferente.
Por fim, uma coisa interessante são as composições do autor, onde ele consegue fazer piadas e brincadeiras em partes sérias e dramáticas apenas com detalhes no quadro, como a cena em que ele está na banheira pensando no seu sonho e aspiração, acompanhado de um patinho estrategicamente posicionado, hehe.
「Space Brothers」 no Brasil?
Será que uma obra como essa conseguiria ser lançada no Brasil? Infelizmente a maioria das obras lançadas no território nacional são infantojuvenis e com animes de fama, 「Space Brothers」 não só é adulto como não teve um anime de grande sucesso aqui, estaria então fora de cogitação para as editoras lançá-lo em território nacional?
Felizmente as coisas andam mudando, a cada ano que se passa vemos mais Young Seinens e Seinens sendo lançados, além da presença de obras que não tiveram animes, mas que são estouros de venda como 「Vagabond」 e 「Lobo Solitário」. Tudo isso prova que existe sim um público maduro e receptivo para obras de conteúdo e arte de qualidade, e 「Space Brothers」 com certeza se encaixa nesse perfil.
Mas, enquanto o mercado amadurece e se desenvolve, tudo que os fãs podem fazer é promover o título e indicar aos amigos na esperança que um dia o “desejo” pelo título ganhe uma voz forte. É claro, dá sempre para sugerir para as editoras, em especial a Panini que atualmente parece estar investindo mais em obras desse caráter e é conhecida por ter um bom relacionamento do editora em questão, a Kodansha. Inclusive, se 「Arakawa Under the Bridge」 for bem de venda, seu perfil é muito semelhante a 「Space Brothers」 em vários pontos como demografia, gênero, anime antigo e tamanho grande.
Vale lembrar que o título pode ser lido em inglês no Crunchyroll Manga, onde é publicado acompanhando a revista japonesa (com um certo atraso), sob o nome 「Space Brothers」. Quem não sabe inglês pode ler os cinco primeiros volumes em italiano pelo site da editora Star Comics, clicando aqui. Se nenhum dos dois idiomas é seu forte, o anime com legenda em português está disponível também no Crunchyroll sob o nome 「Uchuu Kyoudai」. Deem uma conferida. 🙂
Pessoal, vocês podem comprar o mangá ma versão americana, mesmo sendo americana não perde a graça, acreditem em mim ^-^. Foi muito boa para treinar o inglês também.
[…] O trigésimo volume chega no dia 23 de janeiro no Japão. É uma das séries favoritas desta que lhes escreve, rs. Você pode conhecer mais aqui. […]
Foda que nem online tem(todos os capitulos) para ler.
Tem sim, no Crunchyroll tem todos já lançados, mas você tem que pagar. 🙂
Interessante. Mas é em portugues o problema , nos sites em que eu encontrei só encontrei 40 capitulos.
Realmente, português é complicado, mas você pode tentar assistir o anime. 🙂
Eu acho que o problema é vc mesma.
tipo, eu estou aberto a obras mais maduras e até estou caçando algumas nos bookdepository da vida, mas de maneira nenhuma deixo de curtir as obras mais “clichêzentas”. O importante é se divertir.
Quanto a Space Brothers, estou assistindo o anime e é uma boa obra. Talvez o que mais me interessa dele é alguns temas de abertura e encerramento do que a obra em sí que não é nenhum Planetes da vida.
Seria muito bom mesmo se esse mangá viesse pra cá, mas aqui pro Brasil só vem mangá com essa quantidade de volumes quando é shounen pow pow e seinen bem conhecido. Já acho difícil vir mangás como Oyasumi Punpun que já está encerrado com 20 e poucos volumes…
Com Planetes, por exemplo, que tem uma temática parecida, vivia indo gente na página na panini e no facebook da Beth comentar “ah, é legalzinho, mas Vinland Saga é muito melhor. Eu gosto mesmo é de porrada!”
Sim, por isso mesmo que comentei de como Arakawa é diferente. Se Arakawa fizer sucesso, sendo apenas comédia sem luta, as possibilidades se abrem, entende? 🙂