BBM Lista: As melhores capas do 2º semestre de 2016

Seguindo com as postagens semestrais…

Este blog costuma fazer, a cada seis meses, uma postagem reunindo as dez melhores capas de mangás (ou light novels) publicados no Brasil durante o período.

Como de costume, vamos deixar alguns esclarecimentos com relação ao fundamento dessa postagem. Primeiramente não iremos considerar sua história, analisando tão somente a programação visual da capa, portanto eu posso nem mesmo ter lido um mangá que consta nessa lista. Segundo, as capas que aqui forem mencionadas são preferências de cunho pessoal, e por isso se trata estritamente de uma opinião. Os leitores que estiverem acompanhando a lista têm todo o direito de discordar das escolhas. Inclusive seria muito interessante se todos postassem nos comentários suas capas favoritas publicadas no período da postagem.

Peço desculpas pelo atraso nessa postagem (era para ter saído em janeiro), mas vamos ver essas belas ilustrações… o/

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10. Knights of Sidonia #06

A última posição de nossa notória lista é do mangá de Tsutomu Nihei, Knights of Sidonia. Essa é uma das capas mais bonitas da obra, nem tanto pela sua ilustração, mas sim pelo conjunto harmonioso de cores. A imagem me trouxe a sensação de hibernação; de que eu estou vendo alguém realmente em gravidade zero. Toda a angulação utilizada para retratar a personagem é grande responsável por isso. Se eu fosse definir um defeito para a imagem seria a escolha de cor para os elementos textuais da capa, visto que destoou muito do sentimento que transparecia, talvez apenas trocar a cor da fonte para algo um pouco mais neutro fosse o suficiente para melhorar ainda mais a imagem e fazê-la subir de posição nessa lista, infelizmente não é assim que a vida funciona…

9. Tokyo Ghoul #07

Na última lista a série Tokyo Ghoul também marcou presença com a edição de número cinco. Eu sempre fico completamente abismado com a arte de capa desse artista, toda essa pintura que simula guache é sensacional. Mas, o que realmente chama a atenção nessa capa, comparada com as outras da série, são as cores mais vibrantes que se contrastam com a pele pálida do protagonista da imagem. Esse contraste sem dúvida traz uma sensação única para quem vê.

8. Slam Dunk #02

A oitava posição é do mangá de basquete de Takehiko Inoue, Slam Dunk. Normalmente não é uma capa que chamaria muita atenção e provavelmente deve ter passado despercebido por boa parte dos consumidores, mas tenho algumas coisas a dizer sobre ela… Antes de tudo podemos mencionar o ponto mais alto da capa: a angulação do assunto. Assunto é o elemento que deve chamar a atenção na imagem, aquilo que o autor instituiu para ser o foco da ilustração, neste caso é o jogador. O personagem de fato simula um avanço, sem precisar mostrar mais que a metade do seu corpo. Poucos ilustradores conseguem simular movimento com tanta maestria. Geralmente são usadas técnicas narrativas, mas aqui não precisamos disso, pois o autor já se acostumou a desenhar esse tipo de coisa e não precisa de mais do que o busto do personagem para mostrar que sabe. O título, tanto quanto os outros elementos externos (como a logomarca da Panini) não poluíram a capa em absolutamente nada, optaram por colocarem no canto superior esquerdo justamente para não interferir no desenho. Decisão acertadíssima…

7. The God’s Lie

A ilustração dessa capa é muito linda em todos os sentidos. Se considerarmos a angulação do assunto, vemos que a atenção de quem a vê é conduzida de baixo para cima, destacando as lindas flores no jardim e o trem atrás dos personagens. As cores são sublimes, nada na imagem destoa e nem cria um contraste desconfortável. O conceito da imagem é ótimo, com os protagonistas de mãos dadas em meio ao jardim, e por fim os elementos textuais que optaram por não incomodar a imagem, ficando discretamente em segundo plano. Preciso dizer mais?

6. Saintia Shô #02

A sexta posição é provavelmente a queridinha de muita gente. Por todo lado que olho, vejo pessoas elogiando a arte de capa da Chimaki Kuori. E é inevitável se encontrar boquiaberto com as capas desse título. De qualquer maneira, podemos ver as cores que são vívidas e chamam muito a atenção. Quanto à construção da arte, podemos ver duas mulheres lutando juntas e notar um tom de amizade é inevitável para aquele que vê essa imagem, por isso como conceito ela é muito boa também. O único detalhe que me incomodou na imagem foi o uso do título, que embora combine e seja muito bonito poderia ser um pouco menor para não interferir tanto na apreciação do desenho.

5. My Hero Academia #02

Começando a entrar na parte de cima da lista, temos a capa de um dos meus títulos favoritos atualmente. O que mais chama a atenção nessa ilustração é a rivalidade entre os dois personagens na imagem, podemos ver uma ruptura no meio dos dois que conceitualiza muito bem a ilustração. O único detalhe que me incomoda um pouco é a cor de fundo vibrante demais, fora isso, me parece uma capa muito bem construída.

4. Ajin #02

Não acredito ser o único impressionado com esse conceito que Gamon Sakurai criou para as capas de Ajin; trazer sempre as criaturas de forma minimalista, cada edição em uma posição diferente. É de fato sensacional como consegue ser uma capa sóbria, com cores menos vivas, mas que chamam uma atenção absurda. Penso que essa abordagem mais sombria chame muito a atenção dos curiosos nas bancas… Muitos devem ter comprado sem nunca ouvir falar do título apenas pela capa. De qualquer maneira, esse é um bom exemplo de que muitas vezes menos é mais.

3. Nijigahara Holograph

Chegamos agora nas três capas mais bonitas dessa lista, e a terceira é uma capa da obra de Inio Asano. Apesar de ser diferente da capa original que acredito ser mais bonita (embora muito mais minimalista), essa ilustração é também maravilhosa! Não só a tonalidade viva de amarelo é contrastada com as sombras escuras, como também vemos pequenas borboletas amarelas para detalhar ainda mais a capa e torná-la incrivelmente vistosa. Cheia de detalhes e com uma contextualização muito forte, a capa deixa o assunto muito bem destacado. Fora isso, temos a composição do título e subtítulo que ficaram perfeitamente empregados na imagem em consonância com todos os outros aspectos. Precisamos de mais capas assim por aqui…

2. Fate/Zero #03

A única light novel da lista abocanhou o segundo lugar. A questão é que as capas de Fate/Zero são simplesmente sensacionais. Não deve ser novidade que o ponto principal de todas as ilustrações de capa desse título são as cores. Cores vívidas, mas que conseguem se distinguir muito bem uma da outra, trazendo várias lindas tonalidades para a imagem. Não só isso, como a arte também é um ponto muito incisivo nessa série. Simplesmente lindo. Nesse caso, temos as pétalas que dançam na “fotografia” e fazem tudo se tornar ainda mais bonito. Por último temos o título da franquia muito bem posicionado pela editora e que não incomoda nem um pouco na imagem, optando por um tamanho perfeito. Segundo lugar muito merecido!

 1. Kuroko no Basket #28

E o primeiro lugar é de Kuroko no Basket! Aposto que muita gente deve estar querendo me trucidar pela escolha, mas prometo que vou fundamentar… Primeiro vamos tratar do conjunto de elementos externos, geralmente textuais. Todo ele foi posicionado de modo a não competir atenção com o assunto, que no caso é o jogador no meio da foto e a sombra do outro atrás. Pode notar que racionalmente é a melhor posição para se incluir tanto o nome do título quanto a numeração e os pormenores.

Já as cores, outro ponto chave da ilustração, são muito bem utilizadas embora sejam limitadas a tons de vermelho e o desenho principal em preto e branco. Além disso, temos uma ilustração até clichê com um personagem de fundo e um na dianteira. O que torna essa capa diferente foi justamente a escolha de manter os traços de mangá no primeiro desenho e uma colorização forte no fundo. Esse contraste entre um desenho e o outro torna a ilustração simplesmente sensacional! Atenção também ao detalhe que são os rabiscos que indicam o movimento dos olhos do personagem. Como conceito, vemos um confronto direto entre dois jogadores, um que parece mais calculista no fundo, e o da frente que ilustra a força de vontade e a resistência. Muito bom, não?

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