O shoujo do mesmo autor de Another
Hiro Kiyohara é um autor já bastante conhecido do público brasileiro, seja pela adaptação em mangá de Another, seja pelo “meme” criado em torno da JBC ao publicar várias obras dele e o trazer para o Brasil anos atrás.
No segundo semestre de 2017, a referida editora voltou a publicar um mangá de Kiyohara no Brasil, dessa vez um título que ele fez voltado ao público feminino no Japão, a obra Coin Laundry Lady. Publicado na extinta revista shoujo Beans Ace (casa de obras de Zone 00 e um dos mangás de Code Geass), o mangá possui apenas um volume e ele é inteiramente focado em comédia, naquele estilo meio nonsense parecido com Arakawa Under The Bridge, apresentando situações absurdas e personagens que parecem meio loucos.
Hoje, passados vários meses do lançamento, viemos falar um pouco sobre esse mangá e dizer nossa opinião sobre o título^^.
- Sinopse
Esta é a história de Maoko, a misteriosa garota que vive em uma lavanderia automática frequentada por Haru Tanaka, que se vê obrigada a lidar com ela, e sua relação com as estranhos figuras que lá encontram. São histórias com humor e emoção, e de uma absurda máquina de secar!
- História e desenvolvimento
A editora JBC vendeu Coin Laundry Lady como um mangá de comédia que brincava com os clichês do terror. Essa descrição não chega a estar totalmente errada, visto que várias cenas famosas de alguns filmes são refeitas no mangá, porém a comédia não funciona. A gente vê a brincadeira, sabe que é para rir, mas acaba não rindo. Não à toa, desisti de ler o mangá após dois ou três capítulos. Estava um tédio que eu não conseguia suportar.
Entretanto, meses depois, um tédio ainda maior apareceu sobre esse redator e eu acabei pegando novamente o volume para ler. Os primeiros capítulos continuaram totalmente sem graça, com o autor não conseguindo me fazer sequer dar um leve sorriso. Mas bastou eu avançar um pouco mais e a coisa deslanchou.
As cenas que eram apresentadas haviam mudado e as situações passaram a ser bastante hilárias e os personagens que apareceriam ( o “chefe” masoquista, o “príncipe” stalker – e masoquista -, etc) eram todos muito interessantes ao seu modo, contribuindo para o humor da narrativa.

Aquela premissa inicial de brincar com o gênero de terror praticamente acabou (ainda existe aqui e ali, mas a gente nem identificou como sendo) e mesmo a lavanderia (usada como palco para as brincadeiras dos primeiros capítulos) acabou se revelando apenas como o grande ambiente em que os personagens contracenam, especialmente Maoko – a moça que mora na lavanderia e que se divertia assustando as pessoas – e Haru, uma das pessoas assustadas por Maoko e que acabou virando uma frequentadora habitual do ambiente.
Todos os capítulos são curtinhos e apresentam uma situação mais hilária que a outra, quase sempre apegando-se ao clima nonsense.
Por ser um mangá de comédia e, principalmente, por ser um estilo de comédia muito específico não é todo mundo que irá gostar desse mangá. Se você leu Arakawa Under The Bridge e gostou, existe uma chance grande de gostar de Coin Laundry Lady. Se você não gostou, então é melhor evitar a obra.
Se você não leu Arakawa, a melhor comparação que pode ser feita é com alguns episódios de Chapolin Colorado, no qual a protagonista faz algumas coisas sem sentido como pegar a janela da parede e dizer que hoje em dia elas não servem para nada.
Esse é mais ou menos o estilo de humor de Coin Laundry Lady, em que você verá realmente situações absurdas e conseguirá rir delas. Se este for um estilo que você goste, compre o mangá sem medo. Se não for, então você faz bem em o não ter em sua coleção.
- História Extra
Há uma história extra chamada Irmãs Suzuki, mas essa história não foi publicado na Beans Ace e sim na Shonen Ace. A história fala de duas irmãs afficionada em garotos de 14 anos que elas apelidam de Suzuki. E é só isso. Não consegui rir dessa história.
Ao fim do mangá, ainda há uma propaganda em quadrinhos para outra obra do autor chamada Shisshou Holiday, com roteiro de Otsuichi, o mesmo de Só você pode ouvir e Feridas. Trata-se de uma propaganda bem interessante, que nos instiga a querer ler, mas ele é inédito no Brasil. Será que trarão em algum momento?
- A edição nacional
A edição brasileira veio no formato 13,5 x 20, 5 cm, padrão da editora JBC, com miolo em papel offwhite, o mesmo usado em títulos como Your Name e Fairy Tail Gaiden. A edição está boa, não apresentando qualquer problema de encadernação e permitindo a leitura sem percalços.
O trabalho editorial também foi muito bem feito, com todas as placas traduzidas e nenhuma palavra ou partícula japonesa usada de forma desnecessária. A editora também teve o trabalho de colocar algumas notas para explicar duas ou três piadas incompreensíveis para os ocidentais, demonstrando a preocupação da editora em querer que a obra seja lida tanto por antigos, quanto por novatos na cultura japonesa.
- Veredicto
Coin Laundry Lady é realmente um mangá muito divertido, mas ele não é para todo mundo, pois nem todos gostam do estilo de comédia utilizado no mangá. Então, ele é totalmente recomendado apenas se você gosta de obras com situações nonsense, ao estilo Chapolin Colorado ou Arakawa Under The Bridge.
- Ficha Técnica
Título: Coin Laundry Lady
Autor: Hiro Kiyohara
Editora: JBC
Dimensões: 13,5 x 20,5 cm
Miolo: Papel Offwhite
Acabamento: Capa cartonada simples
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos
Número de volumes: 1 no total
Preço: R$ 15,90
Onde comprar: Amazon
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Ae você, não seja louco de comprar essa obra, pior mangá que li em 2018.
Só gostei do primeiro cap, mas as constantes piadas sem sentido e a inexistência de progresso na história fizeram essa obra ser péssima.
Eu simplesmente amo esse mangá, é um dos mangás mais divertidos que já li <3
Achei um saco o Coin Laundry Lady. Chato, chato, chato. Sem graça de doer. Impossível de rir. Dinheiro jogado fora. Cada um com seu gosto… vai entender.
O mais engraçado de Coin Laundry foi a resenha que sofreu do MaisdeOitoMil, praticamente um desabafo sobre este mangá de comédia não ser engraçado.
Olha, eu realmente gosto muito de Arakawa e o seu humor non sense, mas fiquei indignado ao ler Coin Laundry Lady. Não consegui rir de nada, apenas senti raiva por ter gasto dinheiro nesse pedaço de papel. Mas, humor é isso aí, a subjetividade fala muito alto.
Simplesmente amei o mangá: extremamente divertido, me rendeu ótimas risadas das situações; a arte é combina demais com o estilo da obra, dando vida e carisma aos personagens, que são o que há de melhor nesta obra. Depois de anos, a JBC acertou em um título!
A comparação com o (ótimo) estilo de humor de Chapolin que vocês fizeram é perfeita! Mandaram bem nessa! Não à toa, o Vermelhinho é o meu “herói” favorito (DC/Marvel não tem vez!), e Coin Laundry Lady (assim como o fantástico Arakawa) caiu no meu gosto já nas primeiras páginas!
Pena que a editora não tem em seu catálogo outras obras tão divertidas como essa ….