Resenha: Rooster Fighter #01

O galo lutador

Em fins de 2020 e início de 2021, a internet foi tomada por um pequeno fenômeno no mundo dos mangás, um título que tinha animado a todos por ter como protagonista um galo, um galo lutador, esse era Rooster Fighter.

A obra ficou bem famosa no ocidente logo nos seus primeiros capítulos, tendo especial atenção na América Espanhola, onde se tornou uma das coisas mais comentadas do momento. O empenho internacional foi tanto que o autor até chegou a postar oficialmente os três primeiros capítulos da obra em espanhol em seu Twitter pessoal.

Mais do que isso, as coisas tomaram tamanha proporção que as editoras, mundo à fora, começaram a licenciar o título antes mesmo de ele ter o seu primeiro volume publicado no Japão, sendo a Argentina o caso mais icônico.

O Brasil não ficou de fora dessa onda e o mangá já chegou por aqui também.

Rooster Fighter é de autoria de Syu Sakuratani e começou a ser publicado no Japão no final de 2020 na Hero’s (mesma casa de títulos como Ultraman e Coyote) e ainda segue em andamento por lá, atualmente com apenas um volume publicado.

No Brasil, o mangá foi anunciado pela editora Panini em maio de 2021 e começou a ser publicado em agosto.

O galo

Na obra, o planeta terra é assolado por diversos ataques de monstros estranhíssimos, causando terror na população e os mais diversos estragos. Entretanto, as pessoas não estão desprotegidas, pois um galo aparece e, com seus super poderes, enfrentará e derrotará esses monstros.

Veremos, então, o galo indo de lugar em lugar, fazendo amigos, amores, batendo de frente com os inimigos e tentando salvar a vida da maioria das pessoas.

Um dos monstros

Sim, o mangá tem como protagonista uma espécie de OPM, mas em vez de um humano super forte, temos um galo lutador capaz de derrotar os adversários sem muitos problemas. Ou seja, o título é um tipo de paródia dessas obras de ação em que o protagonista é um viajante super forte (ao estilo Lobo Solitário) e que destroça os inimigos com grande facilidade.

Embora não saibamos muito sobre o galo (a origem de sua força ou como ele detecta a presença dos monstros), sabemos que ele tem um desejo de vingança para com um deles (que matou a sua irmã) e ele não descansará até conseguir o seu objetivo. Nesse volume inicial, então, veremos – como já mencionado – o galo ir de lugar em lugar, conhecendo pessoas, animais e buscando protegê-los ao destruir o monstro que aparece no local.

Um dos animais que o protagonista conhece ao longo do caminho…

Cada capítulo ou conjunto de capítulos possui uma historinha diferente, fechada em si mesma, com o encontro do protagonistas com certas pessoas (um senhor idoso, um tucano, uma tartaruga, etc) e, é claro, ao menos uma luta de tirar o fôlego.

O desenvolvimento desse volume inicial é muito bom, com o autor conseguindo te fisgar tanto pelo humor (o galo trepando logo no primeiro capítulo, por exemplo) quanto pelas batalhas. O mangá, na verdade, parece bastante com qualquer título de ação que você tenha visto, de maneira que as emoções afloram a cada instante, a cada luta, a cada confronto.

As cenas de lutas, inclusive, são muito bem desenhadas, com bastante detalhes e de um jeito que você não se perde na arte. Você passa os olhos pelos quadros voando para ver o desenrolar da batalha e a posterior vitória do galão da massa.

Uma das cenas de ação

Mas para além da ação e das pequenas doses de humor, Rooster Fighter também tem seus momentos emotivos. Por mais que a obra ainda não tenha mencionado o mecanismo que faz aparecer os monstros pelo mundo, já sabemos que eles são advindos de pessoas com algum trauma psicológico muito grande (não conseguir se sustentar adequadamente; ver a pessoa que você ama te enganando, etc, etc, etc), o que pode fazer com que fiquemos com pena das pessoas transformadas.

No volume temos até mesmo um capítulo com uma história toda dedicada a apresentar uma dessas pessoas afetadas, e o jeito que o autor a conta é tão tocando que pode até despertar algumas lágrimas em alguns leitores mais sensíveis.

No todo, Rooster Fighter é essa grande mistura de coisas: uma obra de ação comum, ao mesmo tempo uma paródia delas, com doses de humor aqui e ali, partes de drama e assim por diante, tudo muito bem feito, tudo muito bem orquestrado para fazer você gostar da obra.

Na opinião do Blog BBM, Rooster Fighter é um título que se mostrou muito bom nesse volume inicial e todos os amantes de mangás poderiam dar uma chance. Indicamos para todos, mas principalmente para os que gostam de obras de ação e aventura.

***

A edição brasileira de Rooster Fighter vem no formato padrão da editora Panini, no tamanho 13,7 x 20 cm, com miolo em papel offwhite e capa cartonada simples. Trata-se de uma edição bem satisfatória, completamente maleável e que permite ler e folhear o mangá muito bem.

Apesar de ser o mesmo papel de outros títulos da editora, o título possui tons mais escuros, de modo que você praticamente não vê páginas transparentes, o que torna a edição realmente boa.

O preço é R$ 29,90, mas como ele é um título eventual, todos podem conseguir acompanhar o mangá sem muitos problemas.

Dito isso, o Blog BBM reafirma a indicação desse mangá.

Ficha Técnica

Título Original:ニワトリ・ファイター
TítuloRooster Fighter - O Galo Lutador
Autor:  Syu Sakuratani
Tradutor: Fernando Mucioli
Editora: Panini
Número de volumes no Japão: 1 (ainda em publicação)
Número de volumes no Brasil: 1 (ainda em publicação)
Dimensões: 13,7 x 20 cm
Miolo: Papel offwhite
Acabamento: Capa cartão
Classificação indicativa: 18 anos
Preço: R$ 29,90
Onde comprar: Amazon / Loja da Panini

3 Comments

  • sasukedoi

    Eu achei uma leitura bem divertida, é algo mais despretensioso, e ao menos por hora terão poucos volumes, então vale continuar, a única coisa que senti falta foi dar uma variada nas lutas do galo, nos golpes, ele sempre usa o Koh koh reh koh, tudo bem que um galo não é lá mt versátil por não ter braços, mas espero que crie alguma variação, pq a luta contra a tartaruga por exemplo foi daora, teve uma coreografia dos dois. Tem a questão de ser efetivo tbm contra criaturas gigantes, mas um ataque com as garras quem sabe, ou outro que ele inventasse seria bem-vindo.

  • Anônimo

    se fosse em outros tempos, eu comprava, mas com tanto título bom vou deixar passar

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