O que que tá acontecendo aqui?
Desde sua estreia no Japão o mangá Choujin X, de Sui Ichida, está disponível em língua portuguesa oficialmente na Internet no site Manga Plus, da editora Shueisha. Entretanto, seja por falta de tempo ou esquecimento, eu nunca li o mangá. O máximo foi dar uma folheada nas páginas do primeiro capítulo, mas nada além disso.
Daí que, com o lançamento no Brasil pela editora Panini, esse está sendo o meu primeiro contato com o mangá e foi nesse contato a sensação inicial foi: o que que tá acontecendo aqui? Ao menos foi assim na primeira metade do volume…
O mangá começa em 1998 em um planeta terra diferenciado, onde existem seres conhecidos como Choujins. Não há muitas informações sobre eles inicialmente, e cada um desses seres tem uma característica própria (se transformar em cobra, fumaça, etc).
Como eles têm poderes especiais, eles podem ajudar bastante as pessoas, entretanto o contrário também é verdade, e eles podem causar grandes problemas à humanidade.
Nesse primeiro volume acompanhamos dois pontos distintos e interligados, em um vemos uma garota em um avião e um acidente acontecendo. Em outros vemos dois garotos, Tokio Kurohara e Azuma Higashi, vivendo suas vidas até serem assolados por um delinquente. Em comum, os dois incidentes tem choujins envolvidos no meio.
E, também em comum, veremos seres sendo transformados em choujins, cada um de uma maneira diferente, colocando bastante dúvidas sobre como e porquê nascem choujins (dúvidas estas esclarecidas nos paratextos, ao final do mangá^^).
A primeira metade do mangá é muito louca, com a gente sendo jogados em um mundo estranho, sem qualquer preparação. Vemos a amizade de Tokio e Azuma (com Azuma sendo uma espécie de herói, mesmo não sendo um choujin), o modo como eles se envolvem em uma encrenca daquelas e difícil solução encontrada. Há algumas cenas que são extraordinárias de tão esquisitas que são, cenas estas envolvendo choujins, mostrando uma engenhosidade sem tamanho do autor.
Mas a maior engenhosidade se mostra do outro lado da história, com uma cena de perseguição envolvendo a garotinha do avião. Essa perseguição sintetiza toda essa loucura na primeira parte desse volume, com uma “corrida” que inclui o uso de patinetes, motos e até mesmo tratores, em uma insanidade de cenas malucas e agitadas se passando em pouco tempo. Só por essas cenas o mangá nos ganha e nos faz querer continuar para ver mais e mais.
A segunda parte do mangá é mais sobre as consequências da primeira, especialmente para Tokio que tem que aprender a viver como um choujin e deve, inicialmente, se esconder de todos para sua vida não virar (mais ainda) de cabeça para baixo.
Essa segunda parte tem menos loucuras, mas é igualmente divertida, com algumas coisas inacreditáveis e também com um bom ritmo na história. A bem da verdade, apesar do mangá ter 262 páginas, a leitura dele passa voando de tão boa.
Então, se você gosta de obras de aventura, lutinha e fantasia, juntamente com uma pitada de cenas malucas, Choujin X é um título que pode te agradar bastante.
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Choujin X veio no formato padrão da editora Panini, com o tamanho 13,7 x 20 cm, capa cartão e miolo em papel offwhite. Há quatro páginas coloridas em couchê. De maneira geral é uma boa edição (embora simples), mas tem um pouco de transparência nas páginas.
Ficha Técnica
Título Original: 超人Ｘ
Título: Choujin X
Autor: Sui Ichida
Tradutor: Edward Kondo
Editora: Panini
Número de volumes no Japão: 8 (ainda em publicação)
Número de volumes no Brasil: 2 (ainda em publicação)
Dimensões: 13,7 x 20 cm
Miolo: Papel offwhite
Acabamento: Capa cartão
Páginas: 262
Classificação indicativa: 18 anos
Preço: R$ 36,90
Onde comprar: Amazon / Loja da Panini
Sinopse: Um avião é visto caindo, soltando uma fumaça preta. Aparentemente a causa foi um choujin. Mas, misteriosamente, o acidente causou poucos danos à aeronave e, acima de tudo, teve 200 sobreviventes. Os colegiais Tokio Kurohara e Azuma Higashi estavam voltando para casa depois de se voluntariarem para ajudar na cena do acidente quando, de repente, são abordados por um fatídico delinquente. Mas algo não está normal…
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