Veja como está o mangá
Mangá Aberto é uma nova coluna de resenhas aqui do blog em que mostraremos a edição física de um mangá, geralmente um lançamento. O nome advém de um antigo blog em língua espanhola que fazia exatamente isso^^.
A ideia é apresentar aos leitores exclusivos do blog o que já fazemos em nossas redes sociais, mostrar fotos do mangá acrescentando alguns detalhes sobre as obras e opiniões. A postagem de hoje será sobre Sangatsu no Lion – O Leão de Março, mangá lançado em fevereiro de 2023 pela editora JBC
DETALHES SOBRE A OBRA
Sangatsu no Lion – O Leão de Março é um mangá de autoria de Chica Umino (autora famosa pelo mangá Honey & Clover) e começou a ser publicado no Japão em julho de 2007 nas páginas da revista Young Animal, da editora Hakusensha, e ele segue até hoje, tendo 16 volumes lançados e sem previsão de conclusão.
A obra foi indicada a diversos prêmios ao longo dos anos, faturando vários deles, como o Manga Taishou e o Kodansha Manga Awards, ambos em 2011, além do grande prêmio do Prêmio Cultural Osamu Tezuka, em 2014. Em 2021, a obra venceu também o 24º Grande Prêmio do Japan Media Arts Festival Awards.
Ele ainda teve uma adaptação em anime, somando 44 episódios no total, o que ajudou a alavancar a popularidade da obra. O sucesso é tanto que hoje algumas pessoas conhecem a autora mais por Sangatsu do que por Honey & Clover.
No Brasil, o mangá foi anunciado pela editora JBC em 19 de junho de 2022 e tinha previsão de ser lançado no mesmo ano, mas acabou ficando para os primeiros meses de 2023 e começou a chegar nas lojas nos primeiros dias de fevereiro, com o lançamento do primeiro volume.
FORMATO DA EDIÇÃO BRASILEIRA
A edição brasileira veio no formato 13,2 x 20 cm. Esse é o tamanho padrão da maioria dos mangás da JBC nos últimos anos, utilizado em títulos como Silver Spoon, Tokyo Revengers, Shimanami Tasogare, Ao Ashi e Boys Run the Riot, dentre diversos outros.
A altura (20 cm) é também do mesmo tamanho dos mangás da Panini, mas em largura ele é um pouco menor (a largura dos mangás da Panini é 13,7 cm).
O mangá foi lançado em capa cartão simples (o mesmo tipo de capa da maioria dos mangás brasileiros) e o papel do miolo não foi divulgado pela editora, mas aparenta ser o pólen bold 70g. O pólen é aquele papel cor creme usado em boa parte dos livros do Brasil e frequentemente usado nos mangás da JBC nos últimos tempos. É um papel considerado bom para a leitura por não refletir tanto a luz. Particularmente gosto bastante dele.
Ao todo são 184 páginas no primeiro volume, todas em preto e branco. Entretanto, o volume possui um pin-up colorido frente e verso, no mesmo papel das demais páginas.
CAPA, QUARTA-CAPA E LOMBADA
A capa da edição brasileira segue a mesma ilustração da versão japonesa, apresentando o protagonista da obra, de cara fechada e séria. Achei a fonte do título e a disposição dos elementos bem boa, sendo uma capa bem bonita. A única crítica de nossa parte é a editora não ter usado “O Leão de Março” como título principal do mangá. No mais, achei tudo muito bom.
Em termos de acabamento, a capa é cartonada simples (sem orelhas, sem sobrecapa, e outras firulas), não tendo nada a mais que lhe agregue valor. Não estamos desmerecendo o acabamento, é apenas uma característica de um certo filão de mangás, aqueles com acabamento mais simples.
A quarta-capa é mais bonita do que a capa^^. Quarta-capa é como se chama a parte de trás do mangá, e ela apresenta uma belíssima ilustração com o protagonista, as irmãs da Cidade de Março com quem o protagonista passa a ter contato e alguns animais em frente a uma casa, adornado na parte de cima com alguns elementos cruciais, como o logo da editora, a classificação indicativa e um aviso de temas sensíveis. Além disso, claro, destaca-se uma sinopse, apresentando a história do mangá. Tudo muito bonito, tudo muito organizado.
A lombada é lindíssima também, com uma boa disposição dos elementos (imagem, logotipo da editora, título e nome da autora) e utilizando um lindo tom rosa. Nada a criticar, só a elogiar.
CAPAS INTERNAS
As capas internas são bastantes simples e por isso mesmo também bonitas. Em uma tem o título do mangá com o logotipo rosa que contrasta muito bem com o branco, e na outra tem uma ilustração e uma mensagem da autora Chica Umino.
PIN-UP
O mangá possui logo em seu início um pin-up dupla face. Pin-up é um pôster encartado que não se pode ou não se recomenda tirar. Já teve em alguns mangás no Brasil como Naruto Gold, Vênus Invisível e a edição da JBC de Nausicaä do Vale do Vento.
O pin-up de Sangatsu no Lion – O Leão de Março, na verdade é diferente, ele possui um pequeno ponto serrilhado em que permite ser destacado (para quem quiser o transformar em um pôster).
OUTROS TÓPICOS
Considero a edição brasileira de Sangatsu no Lion – O Leão de Março muito bonita e com um bom acabamento no geral, apesar de simples. Gosto da capa, lombada, quarta-capa, do pin-pun, enfim de quase tudo. A encadernação é razoável, permitindo ler e folhear o mangá. A única crítica é que em algumas páginas (umas duas ou três) os balões ficaram muito juntos das emendas das páginas, tendo que fazer um esforço para lê-los.
Em termos de texto, eu achei o mangá muito bem adaptado como costumam ser a maioria dos mangás da JBC e não encontrei nenhum defeito ou erro de revisão. Vale dizer que o mangá tem muito texto, muito texto mesmo, de modo que o trabalho de edição deve ter sido duríssimo. Mas ficou muito bom, eu gostei.
E UMA CONCLUSÃO
Sangatsu no Lion – O Leão de Março é um slice of life de drama daqueles bem bons. O início pode parecer um tanto quanto confuso, pois o mangá começa “do meio” por assim dizer, mas logo as coisas se assentam e você entende melhor a relação entre os protagonistas e o que foi dito na obra. O que pode ser complicado para alguns é a existência dos jogos de shogi que são incompreensíveis para os não iniciados (não há explicação das regras). Entretanto, ao menos nesse início, saber ou não das regras não faz diferença para a apreciação da história, pois tudo o que precisamos saber, compreendemos pelas percepções dos personagens e suas falas. Além disso, a obra se detém mais sobre os personagens, sobre as relações humanas e não exatamente nos jogos (nesse primeiro volume).
Dito isso, eu recomendo bastante o mangá. Ele custa R$ 34,90 por volume e o título possui 16 números e está em andamento no Japão, o que pode ser um impeditivo para muitos. Entretanto, creio que vale a pena adquirir por ser uma história muito boa.
Ficha Técnica
Título Original: 3月のライオン
Título: Sangatsu no Lion – O Leão de Março
Autor: Chica Umino
Tradutor: Caio Suzuki
Editora: JBC
Número de volumes no Japão: 16 (ainda em publicação)
Número de volumes no Brasil: 1 (ainda em publicação)
Dimensões: 13,2 x 20 cm
Miolo: Papel pólen 70g
Acabamento: Capa cartão com pin-up encartado
Páginas: 184
Classificação indicativa: 16 anos
Preço: R$ 34,90
Onde comprar: Amazon
Sinopse: Rei Kiriyama é uma das poucas elites no mundo do shogi. Ainda no ensino médio, alcançou o status de jogador profissional e, por isso, enfrenta uma enorme pressão, tanto da comunidade shogi quanto de sua família adotiva. Buscando a independência de sua vida tensa em casa, ele se muda para um apartamento em Tóquio. Como um jovem de 17 anos vivendo sozinho, Rei tende a cuidar mal de si mesmo, e sua personalidade reclusa o ostraciza de seus colegas na escola e no shogi hall. Quando Rei conhece Akari, Hinata e Momo Kawamoto, sua vida começa a mudar. Enquanto luta para se manter física e mentalmente ao longo de sua carreira de shogi, Rei deve aprender a interagir com os outros e entender suas próprias emoções complexas.
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Será que se a obra emplacar a editora se animaria em relançar Honey & Clover? Hoje em dia se tornou uma coleção bem rara e não visualizo a Panini relançando, como já tem mais de 12 anos que saiu acho que a Panini não deve ter mais os direitos dela. Fora isso, tá nos meus planos pegar esse mangá, esperar acabar Kaguya Sama para que eu consiga liberar orçamento para ele.