Um ano com muitas restrições, mas muitas publicações
Falar de 2020 é, inevitavelmente, remeter à crise sanitária mundial e os impactos causados por ela. Mesmo o nosso mercado de mangás não passou impune e tanto as editoras (falta de papel, alta nos preços dos insumos, etc, etc,), quanto os consumidores (aumento de preços dos mangás, distribuição falha, etc) foram impactados.
Mas o objetivo desta matéria não é falar do cenário apocalíptico em que nos encontramos. O que gostaríamos aqui é relembrar o ano do mercado brasileiro de mangás EM NÚMEROS, mostrando a quantidade de títulos novos, o número de volumes publicados, o número de séries em publicação (dentre diversas outras coisas) e, ao mesmo tempo, fazendo uma comparação com anos precedentes.
Antes de adentrarmos na matéria, no entanto, é preciso que você saiba como chegamos aos dados aqui apresentados e qual é a nossa metodologia. A seguir:
FORMA DE CONTAGEM E MUDANÇA DE METODOLOGIA
1 – Esta postagem busca falar de mangás publicados no Brasil e, aqui, se entende a palavra “mangá” como “Histórias em Quadrinhos Produzidas no Japão“. Assim, títulos como Radiant (francês) e Solo Leveling (coreano) não entram nas estatísticas. Também não entram databooks, light novels, artbooks, etc.
2 – Os dados que você verá NÃO contabilizam reimpressões. A única exceção são os títulos que foram reimpressos em um papel muito diferente da versão original, mudando de papel jornal para papel offset (Hunter x Hunter, Dragon Ball e Tokyo Ghoul).
3 – Neste ano, nós fizemos uma mudança na metodologia de contagem. Até 2019, a gente pegava os dados dos checklists das editoras e somava tudo, entretanto havia um problema especialmente em relação aos mangás da Panini, pois alguns títulos acabavam atrasando e saindo só no meio de janeiro, mas ainda assim estavam contados como sendo do ano anterior. Para se ter uma ideia, 30 volumes de 2019 acabaram só saindo em 2020.
Por causa dessa distorção, mudamos nossa metodologia e, a partir de agora, nós listamos apenas o que efetivamente saiu. Assim, títulos do checklist de dezembro que tenham atrasado, serão contabilizados apenas no ano seguinte.
4 – Como sabemos quais mangás saíram? Todo domingo a gente faz uma postagem chamada Mangás Que Saíram Esta Semana (clique aqui para ver), a qual reunimos os títulos que saíram em lojas especializadas nos últimos sete dias. Basicamente, essas lojas especializadas divulgam o que receberam na semana (publicando fotos nas redes sociais ou incluindo o produto em seus sites) e a gente reúne tudo na postagem semanal. Além disso, todo mês fazemos uma postagem chamada Resumo do Mercado Brasileiro de Mangás (clique aqui para ver) em que compilamos o que saiu durante um mês. São esses os dados que serão usados na postagem.
5 – Os dados são precisos? Na medida do possível, sim. Se o mangá saiu em alguma loja especializada (física ou online) a gente consegue saber facilmente já que muitas dessas lojas divulgam. Foge ao nosso controle, porém, as obras lançadas em banca de revista. Algum volume pode ter saído em banca e a gente não tenha ficado sabendo a tempo, mas é uma margem mínima e que não afeta o todo.
6 – Como mudamos nossa metodologia, revisitamos os dados antigos e alguns números de anos anteriores (2016 a 2019) sofreram alterações. Então se você acompanhou nossas postagens antigas perceberá que os dados estão diferentes. A seguir você pode ver uma comparação entre a antiga e a nova metodologia.

Vamos entender o gráfico acima: em 2016, havia 375 volumes nos checklists das editoras, mas 12 deles só foram sair em 2017, então o número abaixou para 363. Já em 2017, os checklists davam um total de 395 volumes de mangás. Entretanto, 12 obras de 2016 só saíram em 2017, e 16 obras de 2017 só saíram em 2018. As mesmas contas valem para os outros anos.
7 – Os dados de 2001 a 2015 permanecem os mesmos, visto que não dispomos de ferramentas para averiguar o que saiu e o que deixou de sair nesses anos. Para esses casos, continuamos a usar os checklists das editoras, por meio dos dados do site Guia dos Quadrinhos.
8 – Não há dados sobre números de vendas no Brasil. O motivo disso é que não existe nenhuma empresa que faça esse tipo de levantamento sobre os mangás publicados no país. Editoras, via de regra, também não divulgam dados por questões estratégicas. Logo, não há como falarmos disso, pois não temos acesso a números oficiais.
VOLUMES DE MANGÁS PUBLICADOS NO BRASIL EM 2020
Apesar dos problemas que aconteceram durante o ano, foram lançados 425 volumes de mangás no Brasil em 2020, um número que chega a ser surpreendente, tendo em vista todo o contexto da pandemia. Para se ter uma ideia do tamanho da surpresa, o ano ficou atrás apenas de 2015, quando saíram 446 volumes.

Os 425 volumes foram publicados por 7 editoras diferentes. A Panini foi a que mais publicou com 335, seguido da JBC com 50. Demais editora somaram juntas 40 volumes. Esses dados mostram que a Panini lançou quase 80% dos volumes publicados no Brasil durante o ano.


Em relação aos anos anteriores, a Panini apresentou um grande aumento com quase 100 mais volumes do que em 2019, sendo 2020 o ano em que ela mais publicou. A JBC teve uma grande diminuição (De 106 para 50). A NewPOP também publicou menos (de 26 para 23).

SÉRIES DE MANGÁS PUBLICADAS NO BRASIL EM 2020
Já em relação aos títulos (volumes únicos ou séries que tiveram ao menos um volume publicado durante o ano), houve um total de 111 coleções diferentes em 2020. A Panini foi responsável por 70. A JBC publicou 19 e a NewPOP 12. Demais editoras somaram 10 séries.

Das 111 coleções publicadas em 2020, 39 começaram a ser lançadas durante o ano, enquanto 72 vieram de anos anteriores.

Das 39 novas séries, a Panini foi responsável pelo lançamento de 18, a NewPOP ficou com 7 e a JBC 6. Demais editoras publicaram 8.

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Em comparação com anos anteriores, o número de séries que circularam no Brasil em 2020 foi menor, mas a diferença foi pequena no todo (nos dois últimos anos foram apenas cinco séries a mais).

Já quando falamos em novas séries, o ano de 2020 teve uma queda acentuada em relação a 2019. Naquele ano foram publicadas 54 novas publicações de mangás, enquanto em 2020 começaram a sair apenas 39. O que “segurou” o ano no número de séries (e no número de volumes publicados) foram as coleções que começaram a ser lançadas em anos anteriores.

SÉRIES X VOLUMES ÚNICOS
Em relação ao número de volumes dos títulos novos, das 39 novas séries, 30 delas foram obras com mais de um tomo, enquanto os outros 9 foram volumes únicos. A Panini foi a que mais lançou obras longas, já a NewPOP foi a que mais publicou mangás unitários.


Falando especificamente dos volumes únicos, há que se lembrar a existência de muitas considerações. Um dos mangás publicados pela Panini foi Kingdom Hearts – Chain of Memories que possui originalmente 2 volumes. A edição brasileira é que reuniu tudo em um só. O mesmo vale para um dos volumes únicos da NewPOP, Cutie Honey, que reúne dois números em apenas um.
Já o volume único lançado pela Devir, O Gourmet Solitário, na verdade possui 2 volumes no Japão, mas a empresa publicou apenas o primeiro. Acontece que a obra original tinha sido concluída em apenas um volume mesmo no Japão, mas em 2015 os autores publicaram um segundo, com outras histórias. Ou seja, é como se fossem dois volumes independentes. A Devir não anunciou o segundo volume.
O volume único da Todavia, Dementia 21, é uma coletânea de contos que foram publicadas em 7 volumes curtíssimos no Japão (menos de 100 páginas cada). Posteriormente, alguns desses contos foram lançados em uma coletânea nos Estados Unidos e foi por meio da empresa americana que a Todavia licenciou a obra. Essa editora americana acabou por publicar, depois, um segundo volume de Dementia 21 nos Estados Unidos, compilando os contos restantes. Ou seja, é como se fossem volumes independentes. A Todavia não anunciou o segundo volume.
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Agora falando especificamente das obras mais longas, apesar de terem sido publicados 30 títulos com mais de um volume durante o ano, apenas 14 deles têm (ou terão) dez ou mais volumes no Brasil, enquanto outros 9 terão no máximo três volumes no Brasil.

Apenas Panini e JBC publicaram obras com dez volumes ou mais, sendo 11 pela Panini e 3 pela editora JBC.

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Como visto, apesar do número de volumes de mangás ter aumentado em 2020, o número de séries novas foi menor do que em anos anteriores. Tanto o número de obras longas, quanto obras de volume único tiveram diminuição.


TÍTULOS INÉDITOS X REPUBLICAÇÕES
Outro ponto que devemos comentar é a relação entre títulos novos e republicações. Das 39 estreias de 2020, 29 foram séries novas, enquanto 10 foram republicações. O número de republicações é maior do que nos dois últimos anos somados.

Nunca o número de republicações ficou tão próximo do número de novidades e isso mostra como o ano de 2020 foi atípico.
PREÇOS DOS LANÇAMENTOS
Como dito nos tópicos acima, foram 39 novas coleções em 2020. O mangá com o maior valor e o menor valor foram lançados pela mesma empresa, a NewPOP. Joy Second saiu a R$ 18,00, o único título a ter saído por menos de vinte reais durante o ano. Já Cutie Honey saiu a R$ 94,90. A seguir você vê a lista de preços das novidades que saíram durante o ano:
R$ 18,00
- Joy Second (NewPOP)
R$ 22,90
- As Quintuplas (Panini)
- Jujutsu Kaisen – Batalha de Feiticeiros (Panini)
- Re:Zero – Capítulo 3: A Verdade de Zero (Panini)
- Spy x Family (Panini)
- Sword Art Online – Calibur (Panini)
- Sword Art Online – Mother’s Rosario (Panini)
- The Seven Deadly Sins Seven Days (JBC)
- We Never Learn (Panini)
R$ 24,90
- Dragon Ball – Edição em Offset (Panini)
- Demon Slayer (Panini)
- No Café Kichijouji (NewPOP)
- Takagi – A Mestra das Pegadinhas (Panini)
- Tokyo Ghoul – Edição em Offset (Panini)
R$ 27,90
- I Sold My Life (JBC)
- Slime (JBC)
- Vigilante: My Hero Academia Illegals (JBC)
R$ 28,00
- Astra Lost In Space (Devir)
R$ 29,90
- A Besta (NewPOP)
- Given (NewPOP)
- Goblin Slayer (Panini)
- Hunter x Hunter (JBC)
- Mulheres e Seus Segredos (NewPOP)
- Sword Art Online – Girls Operations (Panini)
R$ 44,90
- Vinland Saga – Nova Edição (Panini)
R$ 45,00
- O Gourmet Solitário (Devir)
R$ 46,90
- Banana Fish (Panini)
R$ 57,90
- Sakura Wars – 3 em 1 (JBC)
R$ 59,90
- Deathdisco (Darkside Books)
- Kingdom Hearts (Panini)
- Kingdom Hearts – Chain of Memories (Panini)
- Kingdom Hearts 358/2 Dias (Panini)
R$ 69,90
- Satsuma Gishiden (Pipoca & Nanquim)
R$ 74,90
- A Voz do Silêncio – Edição Definitiva (NewPOP)
R$ 84,00
- Sunny – Edição 2 em 1 (Devir)
R$ 89,90
- Recado a Adolf (Pipoca & Nanquim)
R$ 94,90
- Cutie Honey – Edição Histórica (NewPOP)
Como é possível ver, oito mangás tiveram o preço de R$ 22,90. Por sua vez, seis mangás foram lançados por R$ 29,90 e cinco por R$ 24,90. Quatro obras saíram por R$ 59,90.
A título de comparação, em 2019 dezesseis obras saíram a R$ 22,90, cinco saíram a R$ 24,90 e cinco a R$ 18,00. Assim como em 2020, o mangá com preço mais alto em 2019 custou R$ 94,90.
PREÇO X VOLUMES
Em 2020, três volumes saíram ao preço de apenas R$ 15,90 (Dr. Slump) e três volumes saíram a R$ 16,90 (Wotakoi), sendo os volumes mais baratos do mercado no ano. Já na “parte de cima”, dois volumes saíram a R$ 94,90 (Cutie Honey e Devilman #02) e dois a R$ 89,90 (Recado a Adolf #01 e #02), sendo os mais caros do ano.
O preço mais comum foi R$ 22,90 (158 volumes) seguido de R$ 24,90 (93 volumes), R$ 19,90 (30 volumes) e R$ 29,90 (26 volumes). Demais faixas de preço apresentaram poucos volumes.
- 15,90 (3 volumes)
- 16,90 (3 volumes)
- 17,90 (2 volumes)
- 18,00 (6 volumes)
- 18,90 (1 volume)
- 19,90 (30 volumes)
- 20,90 (6)
- 21,90 (11)
- 22,90 (158 volumes)
- 23,90 (2 volumes)
- 24,90 (93 volumes)
- 25,90 (3 volumes)
- 26,90 (7 volumes)
- 27,90 (13 volumes)
- 28,00 (5 volumes)
- 29,90 (26 volumes)
- 30,90 (2 volumes)
- 32,90 (1 volume)
- 42,90 (1 volume)
- 44,90 (10 volumes)
- 45,00 (1 volume)
- 46,90 (3 volumes)
- 54,90 (2 volumes)
- 57,90 (4 volumes)
- 59,90 (7 volumes)
- 64,90 (6 volumes)
- 69,90 (6 volumes)
- 72,90 (1 volume)
- 74,90 (1 volume)
- 79,90 (6 volumes)
- 84,00 (1 volume)
- 89,90 (2 volumes)
- 94,90 (2 volumes)
GASTO TOTAL E MÉDIA
Como mencionado mais acima foram lançados no Brasil um total de 425 volumes de mangás em 2020. Então, se alguém, por ventura, fosse comprar todos os tomos de todas as séries que saíram gastaria um total de R$ 12.174,80, um número maior do que em anos anteriores.

Como em 2020 foram lançados muito mais volumes do que em 2019 é interessante também dar uma olhada na média de preço. Por meio desse indicador também houve um aumento no ano, passando de R$ 25,56 em 2019, para R$ 28,65 em 2020.


Como é possível ver, o gasto total e a média vêm aumentando ano a ano, independente da quantidade de volumes publicados. Isso se deve ao aumento de preço dos mangás básicos e de um maior número de publicações mais caras (acima dos R$ 40 ou R$ 50). Em 2018, por exemplo, os novos mangás básicos da Panini deixaram de ser lançados em papel jornal e começaram a sair em offwhite, o que aumentou o preço ali mesmo, de uma vez. Do mesmo modo, de 2017 para cá editoras como Darkside Books, Devir, Pipoca & Nanquim, entre outras, vêm lançando títulos a preços altíssimos, com acabamentos luxuosos.
Com o novo aumento de preço dos mangás básicos da Panini (e a situação nada agradável do Brasil atualmente) é provável que isso se repita em 2021 e anos posteriores.
DETALHANDO A EDITORA PANINI
A editora Panini publicou um total de 335 volumes durante o ano, estas divididas em 70 coleções diferentes (68 séries, visto que há duas versões de Vinland Saga e Dragon Ball). A reimpressão em papel offset de Dragon Ball foi a coleção que mais ganhou volumes durante o ano, com um total de 15. Food Wars! teve 14 e Naruto Gold teve 13.
Das 70 coleções que tiveram ao menos um volume publicado durante o ano, 18 foram estreias (sendo dois volumes únicos e dezesseis séries). Por sua vez, doze títulos foram concluídos durante o ano.
O mangá Triage X não teve nenhum volume publicado. Ele e Toriko (que não ganha volume desde janeiro) estão em processo de renegociação de contrato segundo a Panini. Outros mangás que não tiveram nenhum volume publicado durante o ano foram Yo-Kai Watch (que a editora já divulgou o cancelamento) e Batman & a Liga da Justiça (parado desde 2018) que a empresa ainda não comentou a situação.
Os mangás Vagabond e Sword Art Online – Phantom Bullet também não ganharam nenhum volume, pois estão parados há vários anos no Japão. A edição clássica de Berserk já alcançou a publicação japonesa e também não teve lançamento este ano. Por fim, D.Gray-Man teve um volume lançado no Japão, mas ainda não houve tempo de sair no Brasil.
DETALHANDO A EDITORA JBC
A editora JBC publicou durante o ano 50 volumes de mangás, divididos por 19 séries diferentes. The Seven Deadly Sins foi o título com mais tomos publicados, com o total de 5. Slime e Vigilantes tiveram 4 cada um.
A Heroica Lenda de Arslan | #03 e #04 |
Battle Angel Alita Last Order | #07 e #08 |
Cardcaptor Sakura Clear Card Arc | #04 ao #06 |
Cavaleiros do Zodíaco – Kanzenban | #17 e #18 |
Cavaleiros do Zodíaco – The Lost Canvas | #16 ao #18 |
Fire Punch | #07 e #08 (Final) |
Fruits Basket Edição de Colecionador | #03 ao #05 |
Hokuto no Ken | #06 ao #08 |
Hunter x Hunter [Edição em Offset] | #01 e #02 |
I Sold My Life | #01 ao #03 (Final) |
My Hero Academia | #25 e #26 |
Saintia Shô | #12 e #13 |
Sakura Wars | #01 e #02 |
That Time I Got Reincarnated as a Slime | #01 ao #04 |
The Seven Deadly Sins | #37 ao #41 (Final) |
The Seven Deadly Sins – Seven Days | #01 e #02 (Final) |
Ultraman | #11 e #12 |
UQ Holder! | #17 e #18 |
Vigilante: My Hero Academia Illegals | #01 ao #04 |
Das 19 séries publicadas, seis estrearam em 2020, a saber: Sakura Wars, Vigilante, The Seven Deadly Sins Seven Days, Slime, I Sold My Life, e a reposição em offset de Hunter x Hunter. Além disso, quatro séries foram concluídas: Fire Punch, I Sold My Life, The Seven Deadly Sins e The Seven Deadly Sins Seven Days.
As seguintes séries não tiveram nenhum volume publicado durante o ano: Blue Exorcist, Cavaleiros do Zodíaco – Next Dimension, Edens Zero, Freezing, Gangsta e Platinum End. Também não tiveram volumes, os mangás Terra Formars, X-1999, Bastard! e NANA, pois a JBC já lançou todos os volumes existentes. D.N.Angel igualmente não teve nenhum volume publicado.
DETALHANDO A EDITORA NEWPOP
A editora NewPOP publicou durante o ano um total de 23 volumes de mangás, divididos por 12 séries diferentes. Given e No Café Kichijouji foram os títulos com mais tomos editados, com 4 cada um. Happiness, teve três.
A Besta | Volume Único |
A Voz do Silêncio – Edição Definitiva | #01 |
Citrus | #06 e #07 |
Cutie Honey | Volume Único |
Devilman | #02 (Final) |
Given | #01 a #04 |
GTO | #13 e #14 |
Happiness | #08 a #10 (Final) |
Joy Second | Volume Único |
Made In Abyss | #07 e #08 |
Mulheres e Seus Segredos | Volume Único |
No Café Kichijouji | #01 a #04 (Final) |
Das 12 séries da NewPOP, 7 foram lançamentos, sendo 4 volumes únicos (A Besta, Cutie Honey, Joy Second e Mulheres e Seus Segredos) e 3 mangás mais longos (No Café Kichijouji, Given e A Voz do Silêncio – Edição Definitiva). Por fim, três obras foram concluídas, Devilman, Happiness e o próprio No Café Kichijouji.
Durante o ano, a NewPOP não lançou nenhum volume dos mangás Shakugan no Shana (parado desde outubro de 2019) e Loveless (parado desde agosto de 2016). Também não tiveram nenhum volume publicado durante o ano os mangás Log Horizon, No Game No Life e Gate 7, os três porque não existe mais volumes no Japão para serem lançados e a editora precisa esperar as obras voltarem por lá.
DETALHANDO AS OUTRAS EDITORAS
Além de JBC, NewPOP e Panini, tivemos mangás publicados por outras quatro editoras, Darkside Books, Devir, Pipoca & Nanquim e Todavia. Ao todo, elas publicaram 17 volumes, divididos por 10 séries diferentes. Satsuma Gishiden (PN) e Astra Lost In Space (Devir), foram os que tiveram mais volumes editados, com um total de 3 cada um.
A Menina do Outro Lado (Darkside Books) | #04 |
Astra Lost In Space (Devir) | #01 ao #03 |
Deathdisco (Darkside Books) | #01 e #02 |
Dementia 21 (Todavia) | Volume Único |
O Gourmet Solitário (Devir) | Volume Único |
Recado a Adolf (Pipoca & Nanquim) | #01 e #02 (Final) |
Rohan no Louvre (Pipoca & Nanquim) | Volume Único |
Satsuma Gishiden (Pipoca & Nanquim) | #01 ao #03 (Final) |
Sunny (Devir) | #01 |
The Ancient Magus Bride (Devir) | #08 e #09 |
Das 10 séries publicadas por essas editoras, 8 fizeram sua estreia em 2020, sendo 3 volumes únicos (Dementia 21, O Gourmet Solitário e Rohan no Louvre) e 5 obras mais longas (Astra Lost In Space, Deathdisco, Recado a Adolf, Satsuma Gishiden e Sunny). Os únicos a serem concluídos foram Recado a Adolf e Satsuma Gishiden, ambos pela Pipoca & Nanquim.
Nenhum mangá dessas empresas ficou sem ganhar volume novo durante o ano.
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Em comparação com 2019, o ano de 2020 teve mais séries e mais volumes publicados por essas empresas. Em contrapartida, um número menor de editoras lançaram volumes.

Para terminar, acerca dos títulos novos, em 2019 foram 7 títulos. Já em 2020, 8 obras estrearam por essas empresas fora do trio JBC-Panini-NeWPOP.
Retrospectiva é uma série de postagens que fazemos todos os anos para relembrar o que de melhor e pior aconteceu no mercado brasileiro de mangás, além de outras notícias relacionadas ou não ao nosso país. Para ver todas as postagens deste ano, clique aqui.
Parabéns pela matéria!! E também pelo site que é excelente!
Que baita análise, deu até gosto de ler…obrigado pelo excelente trabalho!
Queria muito que publicassem logo a data que sairá o mangá de hanako kun, estou ansiosa 😊❤❤
O dólar(ou o banco central, no caso) e a panini concorrem lado a lado para ver quem vai zoar mais o brasileiro. O primeiro fez o valor do real despencar, aumentando o preço de praticamente tudo, aí veio a panini e começou a lançar e transformar séries bimestrais em mensais.
As únicas obras atuais que eu acompanho são Citrus, Made in Abyss, Quíntuplas e We Never Learn. Quanto às duas da newpop é sem medo, a primeira já terminou no Japão e custa baratinho, a segunda ainda acontece no ritmo que deus quiser e também não custa muito, o preocupante são os dois da Panini. We Never Learn eu fui sagaz e assinei(18,30 por volume), já as quíntuplas… 29,90. Botei como regra a mim mesmo: não pagarei mais de 25 reais em mangá, ainda mais sem nem página colorida(como foi quíntuplas volume 4), assim como irei parar de comprar caso o volume suma. Se a panini quiser insistir nessa política imbecil, problema dela, eu paro de ler e fico só no anime.
Muito interessante! Mas senti falta de quantas páginas foram publicadas por ano, para se ter uma noção mais exata do crescimento ou declínio das publicações (afinal, somente com alguns dos lançamentos da P&N e Panini já se vão milhares de páginas, contra centenas, dos lançamentos mais “normais”). Algo tipo o que esse blog faz, só que com revistas italianas: http://texwillerblog.com/?p=94653
Isso é inviável, pois os dados não são confiáveis. Mesmo as editoras já divulgaram várias e várias vezes uma quantidade de páginas errada em seus mangás.